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Por Ascom | 12 de Dez de 2017, 21h48
Marcio Macedo: “A reforma da previdência é presente de grego de Temer\" 
Para o vice-presidente do PT, é preciso que a população vá às ruas para barrar esta reforma.
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Marcio Macedo: “A reforma da previdência é presente de grego de Temer\" 

Márcio Macedo: reforma é presente de grego

O vice-presidente nacional do PT e ex-deputado federal Marcio Macedo reiterou na manhã desta terça-feira, 12, seu posicionamento contra a reforma da Previdência Social. O tema foi abordado durante entrevista concedida à rádio Fan FM, de Aracaju, na qual ele destacou que o déficit da aposentadoria existente no país se dá por conta da economia fraca, conduzida por um governo golpista. 

“A reforma da previdência é presente de grego de Temer para os brasileiros neste Natal. É um crime, um assalto à cidadania brasileira. Eles falam que a aposentadoria vai causar colapso e isso é uma mentira, pois, de 2002 a 2014 ela foi superavitária, visto que havia economia aquecida, empregos e um mercado interno forte. O discurso negativista é para beneficiar empresas de aposentadoria privada. É o mercado cobrando de Temer o que foi bancado para a constituição do golpe, no qual foram gastos R$ 27 bilhões para que o então presidente não fosse investigado. Gastam esses recursos para comprar deputados e não podem investir na previdência do país”, denunciou Macedo.

Para o vice-presidente do PT, é preciso que a população vá às ruas para barrar esta reforma. Ele conta que o Partido dos Trabalhadores, o PCdoB e as centrais sindicais estão empenhados para impedir a aprovação da atual proposta. “O problema da previdência não são os trabalhadores e essa mudança só será vigente se não houver mobilização”, complementou.

Marcio acredita que as agendas propostas por Temer jamais seriam aprovadas caso ele passasse por um processo eleitoral. Além da reforma da previdência que retira conquistas dos trabalhadores, o atual governo está acabando com os direitos dos brasileiros, com a mudança da CLT. 

“O Congresso está completamente subserviente e a população está em estado de letargia. Houve um movimento construído pela grande mídia. A Globo chegou a interromper a transmissão de novela para mostrar as manifestações. Houve interdição do projeto que vinha no país de consolidação de políticas do povo. No governo do Lula foi ganha-ganha, todo mundo ganhou. Pobres ascenderam e ricos aumentaram seu patrimônio. Mas as elites brasileiras não querem que o povo seja próximo delas. Sinto falta das panelas batendo. Temer tem 95% de rejeição, mas continua no governo. 89% da população disse que o país está no rumo errado e não tem nenhuma panela batendo na rua”, cobrou. De acordo com o ex-deputado federal, o país também sofre com outras questões, como o aumento da violência, a decadência da educação, e entrega da Eletrobras e do Pré-Sal aos americanos e europeus. 

A caravana

Na entrevista, Márcio também falou sobre a terceira edição da caravana Lula Pelo Brasil, da qual ele é o coordenador. Depois de passar por todos os Estados do Nordeste e por Minas Gerais, a mobilização ocorreu no  Espírito Santo e Rio de Janeiro.  “Sugeri que Lula editasse as caravanas, pois estamos num momento delicado no Brasil. O país está numa crise política e econômica sem precedentes. Por isso, é importante ir para as ruas ouvir o povo. No Nordeste foram 21 dias na estrada. Depois fomos a Minas Gerais. Por último estivemos no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.  Neste último estado encerramos a programação oficialmente na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em um ato belíssimo, muito forte, num lugar que é palco tradicional da esquerda, intelectualidade e resistência democrática do país. No dia seguinte, fora da programação oficial da caravana, houve agenda muito boa com mais 400 intelectuais e artistas para discutir um pouco a situação em que o país está”, relatou. 

O dirigente do PT acredita que a caravana se configura como um importante instrumento de diálogo de Lula com a população. “É experiência muito virtuosa. E não é pré-campanha. Também não é nada inédito, visto que Lula já fez isso em outras ocasiões”, afirmou Macedo.

Ainda falando sobre Lula, Marcio ressaltou a importância da candidatura do ex-presidente. “Ele é nosso plano A, B, C e D. Queremos que, na hora que a legislação permitir, ele seja candidato. O ex-presidente é inocente e não há nenhuma prova material contra ele. Estão querendo tirar Lula da eleição porque estão com medo. Querem destruí-lo, mas as pesquisas apontam sua popularidade”, destacou.

Política local

Ainda na oportunidade, Márcio reafirmou seu desejo de disputar uma das vagas de deputado federal por Sergipe e reiterou que o PT tende a se manter como integrante do bloco político liderado atualmente pelo governador Jackson Barreto. Ele disse também que o ex-deputado federal Rogério Carvalho é o nome do PT para compor a chapa majoritária. "Há um consenso dentro do partido pelo nome de Rogério", frisou. O vice-presidente nacional do PT afirmou ainda que a tendência é o vice-governador Belivaldo Chagas se consolidar como o nome do grupo para disputar o governo estadual. "Ele está se comportando como alguém que quer disputar a eleição e liderar este processo. Está dialogando com o povo e com os partidos", avaliou. 

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