ATO EM ARACAJU
Por Portal Infonet | 08 de Mar de 2018, 10h59
Mulheres pedem políticas públicas para a causa feminina
Centrais e movimentos também irão entregar carta ao Governo, no Palácio dos Despachos
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Mulheres pedem políticas públicas para a causa feminina

Mulheres se reuniram no Viaduto do DIA (Fotos: Portal Infonet)

Mulheres de movimentos sociais e centrais sindicais estão concentradas, nesta quinta-feira, 8 de março, no Viaduto Jornalista Carvalho Déda, localizado no Distrito Industrial de Aracaju (DIA), para destacar a luta das sergipanas por direitos e democracia e contra a violência. Ainda hoje elas devem entregar um cartão no Palácio dos Despachos solicitando melhorias das políticas públicas para a classe feminina.

“As Margaridas” foi um dos movimentos que se somou à causa. O grupo representa, principalmente, as mulheres que atuam na zona rural e homenageia Margarida Maria Alves, uma paraibana que morreu por defender as causas do campo. “Por conta da luta e das conquistas dela no campo os usineiros programaram sua morte. Hoje nós reivindicamos melhores condições de vida para o campo e também dialogamos com mulheres da cidade”, explica Aires Nascimento, representante do movimento que soma mais de 1 milhão de adesões em todo o país. “São mulheres emponderadas buscando acessar direitos e ter melhores condições de vida”, reforça.

No meio do movimento, homens apoiavam a luta, a exemplo de Pedro Santos. “Me sinto muito feliz em estar nessa luta. É muito importante os homens estarem presente”, ressalta.

Carta ao Governo

Saindo do Viaduto, as mulheres seguem em marcha para o Palácio dos Despachos, com o objetivo de entregar uma carta ao Governo solicitando melhorias no âmbito da segurança e do emprego. “Na carta que vamos entregar há uma demanda efetiva de funcionamento das unidades móveis [de segurança] de atendimento do campo, garantia que o IML [Instituto Médico Legal] realize exames de corpo delito no mesmo dia da ocorrência, políticas públicas de desenvolvimento econômico cultural e social que priorize as mulheres”, informou Sônia Meire, militante do Partido Socialismo e Liberdade. De acordo com o movimento, houve mais de 5 mil e 200 casos de violência contra a mulher. Em pauta, também estão políticas para mulheres negras e trans.

O IML informou que, nos casos de estupro, o exame é realizado no mesmo dia do fato, já em casos de lesão corporal há agendamento. De acordo com o instituto, mesmo não sendo realizado no mesmo dia, o perito consegue analisar como e quando ocorreu a lesão.

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