ALESE
Por Ascom | 23 de Nov de 2017, 09h07
Pais de família cobram do Governo empregos na termoelétrica
São 22, de pais de famílias que participam do movimento S.O.S Emprego
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Pais de família cobram do Governo empregos na termoelétrica

Famílias pedem vagas na termelétrica

O plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe – Alese – ficou lotado nesta quarta-feira, 22, de pais de famílias que participam do movimento S.O.S Emprego e que gritavam a seguinte frase: Queremos Emprego. Os trabalhadores acompanharam a Audiência Pública: ‘S.O.S Emprego e a problemática na contratação de mão de obra para a construção da Usina Termoelétrica de Sergipe’. Essa usina fica localizado na rodovia SE-100, no município de Barra dos Coqueiros. Esse debate aconteceu por solicitação dos deputados Moritos Matos (PROS) e Georgeo Passos (PTC). “De acordo com o contrato entre o Governo do Estado e a empresa ficou estabelecido que 85% das vagas de emprego da Usina Termoelétrica Porto de Sergipe – UTE – deve ser preenchida por trabalhadores sergipanos. Mas pessoas de outros Estados estão ocupando essas vagas. Realizamos esse debate para solicitar que esse contrato seja posto em prática”, enfatizou o deputado Moritos Matos, co-autor dessa Audiência Pública.

Moritos Matos revela que a empresa alega que os trabalhadores sergipanos não tem qualificação necessária para exercer as vagas nessa obra. “O que chamou mais a minha atenção foram as qualificações que vi na carteira de trabalho, profissionais capacitados e o que mais a empresa tem colocado é que eles não são. Isso é um absurdo, um desrespeito com o trabalhador sergipano. Aqui tem profissionais com mais de 15 anos de experiência na carteira e falar que não tem trabalhador qualificado é no mínimo achar que os sergipanos são bestas e otários”, afirmou o deputado. Ele acrescenta que algumas pessoas da imprensa e até mesmo do Governos tem colocado que não são trabalhadores que estão na luta. “Que alguns que estão lá querem criar baderna e atrapalhar o andamento da obra e eu vi lá um movimento pacífico. O que vi lá são pais de família. Alguns deles até estão desesperados, alguns estão desempregados há mais de dois anos. Essa é a realidade do trabalhador”, lamentou o deputado Matos.

De acordo com o Matos, o Governo de Sergipe ouviu os representantes da empresa, mas ainda não sentou com os trabalhadores. “O Governo escutou quem vai gerar os empregos, quem trouxe o investimento, mas não ouviu o trabalhadores sergipanos. Porque se ele não ouvi os trabalhadores é desrespeito a cada um dos senhores. E a vida pública do governador Jackson Barreto foi construida nesse Estado por vocês trabalhadores, então é necessário que ele ouça o trabalhador. E mais, foram feitos acordos entre os trabalhadores, através do S.O.S Emprego, e a empresa e vocês cumpriram tudo, mas a empresa não fez o mesmo”, expõe Matos.

Para o deputado Georgeo Passos a falta de emprego é um problema sério e que tem afetado muitos sergipanos. “O que está em jogo é o sustento de várias famílias. O que estamos vendo é algo bem diferente do que o Governo vem divulgando. Sabemos que a maioria das pessoas que estão lá são de fora, ocupando vagas do trabalhador sergipano. Trabalhadores que tem como única arma as carteiras de trabalho e busca por seus direitos. Pais de família que só querem trabalhar”, afirmou Georgeo Passos, durante a audiência.

LUTA JUSTA

Participam do movimento S.O.S Emprego aproximadamente 3.500 trabalhadores de 16 municípios sergipanos. E orepresentante dos trabalhadores, Clodoaldo Melo disse na Tribuna que eles fazem um movimento pacífico. “Estão usando a polícia para coibir os pais de família. Nós precisamos do emprego para comprar o pão para os nossos filhos. Porque não contratam os pais de família do nosso Estado?”, enfatizou Clodoaldo. Também se pronunciou durante a Audiência a pastora e vereadora da Barra, Salete Silva, que afirmou que a empresa não vem cumprindo o que ficou estabelecido em contrato. “Estão contratando pessoas de outros Estados”, enfatizou Salete.

O deputado Moritos Matos ressaltou que os trabalhadores apenas estão exigindo o que é de direito. “Vocês são trabalhadores, pais de família e precisam trabalhar. Essa é uma causa de direito, está no contrato que 85% das vagas são dos trabalhadores de Sergipe e a empresa tem que cumprir. Porque como a pastora Salete colocou aqui os problemas que foram criados pela termoelétrica ficarão para os sergipanos. Então é justo que a empresa cumpra o contrato”, afirmou Matos.

O parlamentar propôs que a Assembleia Legislativa de Sergipe formasse uma comissão. “Uma comissão formada pelos trabalhadores, deputados presentes e os ausentes para que exija do governador que escute os representantes do S.O.S Emprego. Todos unidos, trabalhadores, parlamentares e a própria Justiça para exigir aquilo que está no contrato, conclui Moritos Matos.

PARTICIPARAM

Prestigiaram esse importante debate os deputados Garibalde Mendonça (PMDB), vice-presidente da Mesa Diretoria da Alese, Pastor Antônio dos Santos (PSC), Jairo de Glória (PRB), Luciano Pimentel (PSB), Capitão Samuel (PSL), a vereadora Pastora Salete, representando a Câmara da Barra dos Coqueiros, o vereador Elton Lima, de Rosário do Catete, a vereadora Grace Cristina, da Barra dos Coqueiros, e o advogado Isaac, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB e os representantes do Movimento SOS Emprego. Apesar de convidadas, a Celse e a Secretaria de Estado da Indústria e Comércio não mandaram representantes para a audiência.

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