8 DE MARÇO
Por Agência de Notícias Alese | 08 de Mar de 2018, 10h40
Papel da mulher na luta pela democracia é tema de palestra na Alese
Inciativa foi da deputada Ana Lúcia e palestra foi ministrada pela jornalista Claudia Santiago
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Papel da mulher na luta pela democracia é tema de palestra na Alese

Debate ocorreu na tarde desta quarta, 7 (Foto: Habacuque Villacorte)

Dentro de uma propositura da deputada estadual Ana Lúcia (PT), a jornalista, historiadora e coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), Claudia Santiago Giannotti, ministrou uma palestra no plenário da Assembleia Legislativa, na tarde dessa quarta-feira (7), sob o tema “O papel da mulher na luta pela democracia no Brasil e na América Latina”. O vereador Iran Barbosa (PT) representou a Câmara Municipal de Aracaju (CMA) durante a audiência pública.

A vice-prefeita de Aracaju, Eliane Aquino (PT), também prestigiou o evento. “Nós temos que ficar atentas sempre. Hoje nós temos um retrocesso. É preciso deixar de ser natural esse processo de subordinação da mulher no meio social. Temos inúmeras mulheres que fizeram história no nosso tempo, aqui no Brasil, que lutaram pelo fim da ditadura e contra a carestia dos produtos. Chegamos ao 8 de Março, dia Internacional da Mulher, graças às greves”, defendeu a palestrante.

Em seguida, Cláudia Santiago colocou que “as mulheres não são inferiores aos homens e queremos manter uma relação de respeito e amor. É isso que vai tornar as relações igualitárias. Quem se relaciona com mulheres mais livres e felizes a vida torna-se muito mais agradável. Aristóteles já dizia que nós éramos inferiores e nós não somos. Não podemos jamais naturalizar a violência contra a mulher”.

Por sua vez, a deputada Ana Lúcia avaliou o debate como muito proveitoso, dizendo que “nossa intenção era promover um grande debate para discutir o nosso papel enquanto mulher e o processo de democratização da América Latina e do Brasil. Nesse momento vivemos uma profunda crise política que afeta os princípios do regime democrático. Nós conquistamos muito e o nosso papel era focado no cuidado, da família. Com a revolução industrial houve a necessidade de mão de obra e aí sai do espaço privado para o público”.

A vice-prefeita Eliane Aquino entende que vivemos em um momento crescente de incentivo das políticas públicas nas questões raciais, de gênero e políticas de empoderamento. “É inadmissível que a gente faça uma palestra dessas e não tem um homem representante desta Casa. Temos que brigar e fazer uma fala grande para os homens. Queremos empoderar essas mulheres, mas é preciso ter cuidado porque elas sofrem violências físicas e verbais e, quando saem de casa não tem para onde ir e não recebem apoio das políticas públicas.

Já o vereador Iran Barbosa pontuou que as mulheres concentram apenas 4% do total da riqueza mundial. “Fica tudo concentrado nas mãos dos homens e isso traz outros desdobramentos, com menos empoderamento feminino. Temos aqui, por exemplo, 24 assentos e são apenas quatro deputadas. Temos que discutir qual o papel que nós temos diante de uma sociedade que tem uma população feminina superior, mas os espaços de poder continuam sendo pouco ocupados por elas e com salários inferiores. Vivemos em uma sociedade profundamente marcada por violência e não temos políticas públicas na mesma proporção. Esta é uma sociedade que elimina as mulheres pelo perfil machista”, colocou.

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