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Por CMP | 15 de Mai de 2020, 08h30
Vereadores de Propriá abrem CPI contra prefeito
Áudios foram gravados por um morador da cidade e relatam uma série de condutas repreensíveis adotadas pelo gestor
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Vereadores de Propriá abrem CPI contra prefeito

Segundo os parlamentares, o objetivo da CPI é averiguar os indícios de possíveis fraudes e irregularidades

No mês de março, a página Tribuna do Velho Chico noticiou o vazamento de áudios atribuídos ao prefeito de Propriá, Iokanaan Santana, PL. De acordo com a publicação, os áudios foram gravados por um morador da cidade e relatam uma série de condutas repreensíveis adotadas pelo gestor no exercício da administração. 

A notícia destaca que os áudios são ricos em detalhes e possuem semelhança com o timbre, entonação e sotaque do prefeito. No texto, os responsáveis pela página afirmam ter recebido mais de dez áudios em que Iokanaan, supostamente, narra atos ilegais. Em um deles, o gestor estaria ensinando como driblar a Receita Federal e no outro ele acaba revelando um plano para arrecadar recursos públicos provenientes de locação de imóveis à prefeitura usando "laranjas" indicados nominalmente. 

Preocupados com a gravidade do caso em questão, vereadores da Câmara Municipal de Propriá abriram na noite dessa quinta-feira, 14, uma Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI - para analisar todas as informações presentes nos áudios e na matéria divulgada pela Tribuna do Velho Chico. 

Segundo os parlamentares, o objetivo da CPI é averiguar os indícios de possíveis fraudes e irregularidades em cobranças de impostos e beneficiamento ilícito; abuso de poder e apropriação indébita; tráfico de influência na administração pública;  falta de controle e cuidado com a coisa pública e danos ao erário; além de apurar responsabilidades quanto ao desvio de finalidade de conduta do prefeito.

Presidida pela vereadora Dilma Gomes, que protocolou requerimento solicitando a abertura da CPI, a Comissão terá participação dos vereadores  Heldes Guimarães (relator) e  Pequeno (membro). Também assinaram o documento os vereadores Jairo Lemos e Nêgo de Marli. 

A composição da CPI obedecerá o princípio de proporcionalidade e a Comissão terá um prazo de 60 dias, prorrogáveis por igual período, para concluir as investigações e apresentar um relatório sobre o processo.

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