HERÓIS ESQUECIDOS
Por O Globo | 06 de Mar de 2019, 18h12
Com homenagem a Marielle, Mangueira vence Carnaval do Rio
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Com homenagem a Marielle, Mangueira vence Carnaval do Rio

Vice-campeonato fica com a Unidos do Viradouro, até o ano passado na Série A

No carnaval do Rio, triunfaram o samba, o discurso e a emoção da Estação Primeira de Mangueira. A verde e rosa conquistou seu vigésimo campeonato num desfile sobre os heróis esquecidos da história do Brasil. A apresentação marcou ainda com uma homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em 14 de março do ano passado.

A Mangueira liderou junto com a Viradouro até o terceiro quesito (mestre-sala e porta-bandeira). A escola de Niterói, no entanto, perdeu um décimo em alegorias e adereços. A Mangueira, que tinha perdido pontos no quesito ano passado, garantiu as notas 10. E manteve a primeira posição de forma isolada.

Este ano, a agremiação investiu na contratação do casal Priscilla Mota e Rodrigo Negri, criadores de aberturas famosas, como a da mudança de roupas da Unidos da Tijuca, em 2010. Na Verde e Rosa, ele apostaram numa coreografia em que mostrava figuras históricas pequenas diante de índios e negros. Tinha ainda a menina Cacá Nascimento que abria uma faixa com a palavra "presente", em referência à vereadora assassinada Marielle Franco.

A Vila Isabel, que tinha perdido um décimo por ter estourado o tempo limite de desfile em um minuto, chegou a assumir a vice-liderença. Mas, em samba-enredo, a Vila ficou para trás, ao perder três décimos. Viradouro também saiu do quesito com dois décimos a menos. Mas depois saiu ilesa da apuração, e garantiu o vice-campeonato, após ter sido campeão da Série A em 2018. 

Antes da apuração, já era previsto o duelo entre Mangueira, Vila Isabel e Viradouro. A Velha Manga, com sua versão não oficial da história do país, exaltando os heróis esquecidos do Brasil, como Luisa Mahin e Chico da Matilde. Já a escola do bairro de Noel trazia o Brasil dos imperadores. Se na primeira a Princesa Isabel era retratada de forma caricata, a segunda a mostrava com pompa. Já a Viradouro, que contratou Paulo Barros, apresentou os contos infantis. 

 
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