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Por Portal Terra | 30 de Out de 2019, 16h16
Frota sugere impeachment de Bolsonaro em CPI das Fake News
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Frota sugere impeachment de Bolsonaro em CPI das Fake News

\"Isso fera a lei que trata do crime de responsabilidade administrativa\", disse o deputado sobre perfis bolsonaristas nas redes sociais

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) afirmou, nesta quarta-feira (30), que o presidente Jair Bolsonaro mantém uma rede de perfis falsos nas redes sociais para atacar opositores. A declaração foi dada durante a CPI das Fake News. De acordo com o parlamentar, que era um aliado próximo da base do governo antes de romper com Bolsonaro, o presidente e o filho Carlos são responsáveis por manter um grupo de "terroristas virtuais".

"Sabemos que esse grupo trabalha com injúria, ódio, calúnia e ideologia. Acho que tudo isso atrapalha nossa democracia", declarou Frota. Durante o depoimento, ele ainda conta que já viu Carlos e outros homens apontados como administrados de perfis bolsonaristas nas redes sociais dentro do gabiente do presidente. "Eu sou a maior testemunha", disse."A deputada Joice Hasselmann declarou que existem cerca de 1,5 perfis falsos. Acredito que seja até mais", completou o deputado.

"A liberdade de expressão não apresenta um falso-conduto para divulgar fake news", arrematou Frota, que ainda criticou o filósofo Olavo de Carvalho, apontado como guru ideológico da família Bolsonaro. "Foi responsável por atacar os colegas da ala liberal", explicou.

Após as críticas à rede de apoiadores do presidente na web, o parlamentar acusou Bolsonaro de pagar pelas postagens. "Isso fere a lei que trata do crime de responsabilidade administrativa, de improbidade administrativa e de segurança nacional. Pois ele aumenta, ele estimula, ele bate palmas, ele ri e ele paga", disse o deputado, sugerindo que a suposta manutenção dos grupos poderia causar o afastamento do presidente do cargo.

O crime de responsabilidade é o mesmo que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. No caso da petista, as "pedaladas fiscais" foram consideradas como uma quebra das leis orçamentária e de improbidade administrativa.

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