(IN)SEGURANÇA
Por | 03 de Dez de 2018, 19h15
GSI recomenda cautela à equipe de Bolsonaro em cerimônia de posse
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GSI recomenda cautela à equipe de Bolsonaro em cerimônia de posse

Cautela da equié é reflexo do atentado que Bolsonaro sofreu

Após Jair Bolsonaro ter levado uma facada durante a campanha eleitoral, o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Sérgio Etchegoyen, recomendou cautela à equipe do presidente eleito durante a cerimônia de posse.

Em evento, no Palácio do Planalto, ele afirmou nesta segunda-feira (3) que ainda não foi tomada a decisão sobre se o capitão reformado desfilará em carro aberto e relatou que novas ameaças ao militar foram identificadas no mês passado.

"Neste momento, eu recomendaria que todas as medidas tomadas fossem presididas por cautela", disse. "Eu posso falar até quinze dias atrás: houve mais ameaça", acrescentou.

Segundo o ministro, os detalhes da cerimônia de posse estão sendo tratados entre o encarregado pela segurança do presidente eleito, hoje feita pela Polícia Federal, e a secretaria de coordenação e segurança presidencial.

 ​"É óbvio que a segurança sempre assessora, mas a decisão será do presidente", acrescentou.

"Nós temos um presidente que sofreu um atentado, que vem sofrendo agressões frequentes, basta ver nas mídias sociais, e a quem tem de ser dada as garantias das melhores condições de governo", destacou.

Na avaliação dele, certamente a segurança do capitão reformado exigirá "cuidados mais intensos e precisos" do que a do presidente Michel Temer durante o exercício do mandato.

O ministro participou nesta segunda-feira (3) de evento em comemoração aos 80 anos do GSI. Segundo ele, as crises mais sensíveis enfrentadas durante a sua gestão à frente da estrutura foram a greve dos caminhoneiros e a migração em massa de venezuelanos.

Em discurso, Etchegoyen afirmou que, em um momento de tantos obstáculos, o país nunca precisou tanto da "grandeza de seus homens públicos". Para ele, as divergências políticas não devem se transformar em trincheiras.

"É para frente que temos de seguir. Só avançaremos se nos guiarmos por faróis potentes que iluminem o futuro, não por retrovisores trincados que distorçam o passado", disse.

No mesmo evento, o general Augusto Heleno, indicado para comandar o GSI no futuro governo, afirmou não ser provável que Bolsonaro anuncie nesta segunda-feira (3) o nome de um novo ministro.

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