CRISE
Por PODER360 | 11 de Dez de 2017, 20h27
Investimento público alcança nível mais baixo desde 1995
Foram R$ 127,2 bilhões investidos
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Investimento público alcança nível mais baixo desde 1995

Investimento nos 12 meses terminados em junho de 2017 atingiu menor marca desde 1995

MARIANA RIBEIRO 
11.dez.2017 (segunda-feira) - 13h21

Os investimentos públicos das 3 esferas do governo geral (federal, estadual e municipal) e empresas estatais alcançaram 2% do PIB nos 12 meses acumulados até junho de 2017. Os R$ 127,2 bilhões destinados a essa finalidade representam o nível mais baixo da série histórica, iniciada em 1995.

O dados foram divulgados nesta 2ª feira (11.dez.2017) no Relatório de Acompanhamento Fiscal (íntegra), da IFI (Instituição Fiscal Independente).

Cerca de 30% dos investimentos foram realizados pelas empresas estatais (R$ 45,6 bilhões) e o restante, R$ 81,6 bilhões, pelo governo geral. O governo municipal foi o que mais investiu, com emprego de R$ 30,4 bilhões.

Investimento público alcança nível mais baixo desde 1995

Em termos nominais (sem correção da inflação), foi o menor nível desde 2009, quando foram investidos R$ 133,9 bilhões. O auge foi alcançado em 2014, com R$ 228 bilhões.

Já quando considerado o efeito da inflação, o resultado indica 1 retrocesso ainda maior. “Quando os valores são corrigidos pelo IPCA, os investimentos públicos caíram mais do que pela metade entre 2014 e 2017, de R$ 276,0 bilhões para R$ 127,2 bilhões, e neste último ano alcançou patamares semelhantes aos de 2006 e de 1998, quando foram investidos respectivamente R$ 129,8 bilhões e R$ 128,3 bilhões”, aponta a instituição.

PROJEÇÕES FISCAIS

Na visão da instituição, há possibilidade de o governo fechar o ano com 1 deficit inferior ao esperado, de R$ 159 bilhões para o governo central e R$ 163,1 bilhões para o setor público consolidado.

Refis, leilões de usinas hidroelétricas e do setor de óleo e gás, menores gastos com subsídios, subvenções e Fies e compensação pela desoneração da folha de pagamentos foram alguns dos fatores apontados como responsáveis por essa melhora no cenário das contas públicas.

A combinação dessas surpresas positivas, tanto no lado das receitas quanto nas despesas, pode abrir relevante espaço fiscal. Nesse sentido, é possível que o déficit do governo central se situe abaixo da nossa estimativa para o ano”, colocou a IFI.

Apesar disso, a instituição enfatiza que a situação permanece desafiadora. “O resultado primário e o resultado nominal continuam fortemente deficitários: 9,2% do PIB e 2,9% do PIB, respectivamente, em outubro. A dívida bruta/PIB segue avançando, tendo atingido 74,4% do PIB no mesmo mês. Isso mostra que o ajuste fiscal deverá permanecer como prioridade da agenda econômica”, afirma Felipe Salto, diretor-executivo da IFI.

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