CONGRESSO
Por PCdoB | 18 de Nov de 2017, 13h36
Manuela é aclamada pré-candidata pela militância do PCdoB
Pré-candidata à Presidência da República durante a abertura do 14º Congresso da legenda
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Manuela é aclamada pré-candidata pela militância do PCdoB

Congresso decide pelo nome de Emanuela

Manuela disse que o seu partido tem proposta e, citando o governador do Maranhão, Flávio Dino, disse que o PCdoB também demonstra na prática que os comunistas sabem governar. “Flávio comprova que a experiência dos comunistas garante boa gestão, ou seja, eficiência do estado comprometida com a existência do Estado para os que precisam”, declarou.

Durante entrevista coletiva, quando questionada por jornalistas sobre quais seriam os pontos que poderiam unificar os partidos numa frente ampla, ela apontou: “Acredito que são os partidos que têm compromisso com a justiça social, com investimentos em políticas públicas que diminuam as desigualdades e que o Estado seja o motor do desenvolvimento”.

A pré-candidata comunista resgatou o papel do PCdoB nos governos Lula e Dilma que, segundo ela, ajudou a construir “mudanças importantes no Brasil” e disse que a crise política desencadeada desde o golpe de 2016 deve se encerrar com as eleições de 2018.

“Não pode ser momento de mero debate sobre o passado. Nós não queremos fazer da eleição um momento de acirramento da crise econômica e política. Nós queremos fazer da eleição um momento de construção de saídas”, defendeu.

Segundo ela, o golpe e a agenda de retrocessos aos direitos de Michel Temer criaram um clima de incertezas, levando o povo a sentir “medo do futuro”.

“Nós precisamos fazer com o que o nosso povo sonhe novamente e que compreenda que, como diz o nosso hino, o ‘Brasil é um sonho intenso’. É isso que eu estou falando, o Brasil é um sonho porque o Brasil é uma bela realidade, mas o Brasil ainda é também um projeto”, argumentou.

Tripé econômico

Manuela defendeu “mudanças radicais na economia”. “Hoje o Brasil é vítima de um tripé macroeconômico que tem como objetivo remunerar o rentismo, retirar as riquezas do trabalho para transferi-lo para o mercado financeiro”, salientou.

E acrescenta: “É preciso mudar essa realidade. Juros, câmbio e inflação: a gestão desses três preços macroeconômicos têm que ser feita, mas tendo como lógica o desenvolvimento do país e não os interesses do rentismo. Esse foi o caminho trilhado pela China, país que tem um projeto de nação e que colocou esse projeto como o meio de resolver os seus problemas sociais. Um câmbio para tornar a nossas exportações competitivas; juros baixos que incentivem o investimento produtivo e tornem o crédito barato e o ‘fim do medo-pânico’ paralisante do crescimento da inflação são a base para que voltemos a crescer”. 

Ela voltou a denunciar o desmonte promovido pela governo Temer e classificou a “destruição da indústria brasileira” como a principal tragédia dos últimos tempos.

“Hoje, quando olho pra esse plenário, vejo vários produtos que poderiam ser fabricados pelo nosso país, mas são feitos por indústrias estrangeiras. Quando eu falo de indústrias, não estou falando somente daquelas indústrias mais simples, essas nós até mantemos. Falo das indústrias de ponta, aquelas mais capazes de agregar valor.”

Ela aponta que a precarização do trabalho e o desemprego são algumas das consequências desse processo de desindustrialização. “Faz também com que fiquemos para trás na inovação, na medida em que um país sem indústrias é um país sem criatividade. Em última instância faz com que nossos jovens que se dedicam às áreas vinculadas à produção de tecnologia saiam do Brasil”, explicou. 

Segurança pública

Ao abordar o tema de segurança pública, que é uma das principais preocupações do brasileiro diante da escalada da violência, Manuela rebateu o que chamou de candidaturas que “se forjam apenas organizando e agudizando o medo”.

“Falar em segurança é falar em política pública, em criação de ministério, em investimento federal, em modernização e inteligência, em fiscalização das polícias, em valorização dos policiais. Falar em combate à violência e falar em viver em paz é o esforço para a garantia do respeito a quem nós somos, as nossas individualidades enquanto mulheres, negros, gays, jovens”, defendeu.
 

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