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Por Agência Brasil | 01 de Abr de 2019, 08h50
Relatório do orçamento impositivo será lido quarta-feira
Relator da proposta adianta que haverá mudança
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Relatório do orçamento impositivo será lido quarta-feira

Senador Esperidião Amin, relator, diz que da proposta engessa o orçamento

Nessa quarta-feira, 3, o relatório sobre a  proposta que transforma parte das emendas orçamentárias das bancadas estaduais em despesas obrigatórias, a chamada PEC do Orçamento Impositivo - PEC 34/19 -, deve ser apresentado à Comissão de Constituição e Justiça - CCJ - do Senado.

O relator da proposta, senador Esperidião Amin, PP-SC, adiantou que pretende “descartar” o Artigo 165 do texto aprovado em uma votação relâmpago na Câmara dos Deputados. O trecho trata especificamente do orçamento impositivo e, na avaliação de Amin, “está escrito de maneira obscura” e engessa o Orçamento.

A ideia, segundo o parlamentar, é priorizar exclusivamente às emendas coletivas de bancada e dar a elas o caráter impositivo, em um percentual que será negociado com parlamentares e com o Executivo.

Mesmo defendendo a manutenção desse percentual em 1% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, o senador é cauteloso e admite que ele pode ser maior ou menor, conforme o andamento das negociações. Para Amin, o Senado vai chegar a um termo adequado, caminho do meio, que vai aumentar a responsabilidade do Legislativo, não vai agredir nem diminuir o Executivo e nem vai desconhecer as dificuldades financeiras do povo e do governo.

Emendas

De acordo com o senador, amanhã, 2, o texto estará à disposição dos membros da comissão. Até lá, Amin, que na última quinta, 28, esteve com o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que pretende continuar ouvindo o governo e os senadores. O relator sabe que no Senado uma quantidade significativa de emendas será apresentada ao texto. “Meu papel, na verdade, é reduzir o incêndio, transformar o texto em algo que ajude o Brasil e ajude até a fazer o acordo entre o Legislativo e Executivo nesse momento crucial”.

TRAMITAÇÃO 

O clima no Senado é receptivo à proposta. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre, DEM-AP, prometeu interceder junto aos líderes para que a PEC seja votada com rapidez. Apesar disso, o relatório deve receber pedido de vista coletiva na CCJ, ou seja, de mais tempo para que os senadores analisem a proposta, podendo jogar os dois turnos de votação no plenário, se houver consenso, para depois da Semana Santa. Se confirmadas as modificações no texto da Câmara pelos senadores, a matéria volta à análise dos deputados.  

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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