De agosto a outubro, o total de óbitos em estradas federais aumentou 2% , comparado ao mesmo período do ano passado
Após a retirada de radares móveis de estradas federais do País em agosto, cresceu o número de mortos e feridos em acidentes nas rodovias, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal - PRF - compilados pela organização SOS Estradas.
De agosto a outubro, o total de óbitos aumentou 2% e o de machucados, 9,1%, ante o mesmo período do ano passado. A mortalidade na malha federal apresenta tendência de queda desde 2011. A Justiça mandou o governo retomar, no dia 14 deste mês, a fiscalização com equipamentos móveis, mas nesta segunda-feira, 16, esse prazo foi adiado para o dia 23.
De janeiro a março, os registros de violência no trânsito estavam em queda: de 7% nos óbitos e de 4,3% nos feridos, ante o mesmo período de 2018. De abril a julho, quando foi suspensa a instalação de equipamentos fixos de fiscalização, o total de mortes já havia aumentado 2,7%, na comparação com os mesmos meses de 2018.
Ao mandar suspender o uso de radares móveis, em 15 de agosto, o governo Bolsonaro justificou que o objetivo era "evitar o desvirtuamento do caráter pedagógico e a utilização meramente arrecadatória dos instrumentos e equipamentos medidores de velocidade".
A PRF informou que os dados de acidentes serão analisados após o fechamento do ano. Já o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes - Dnit -, do Ministério da Infraestrutura, disse que os índices ainda estão sendo coletados.
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters