
Encontro em Propriá em defesa do Campus da UFS aqui: o esperança como plataforma de partida
“É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo…” Paulo Freire
Foi acreditando no esperançar defendido pelo educador Paulo Freire - 1921-1997 - que a gestão da Universidade Federal de Sergipe foi até Propriá, no Baixo São Francisco, na última quarta-feira, dia 27 de setembro, dialogar com representantes das cidades de Propriá, Canhoba, Cedro de São João, Telha, Amparo do São Francisco, Muribeca, Malhada dos Bois, Neópolis, Pacatuba, Ilha das Flores e Santana do São Francisco, todas elas pertencentes à região do Baixo São Francisco sergipano, o que não excluiu, em hipótese alguma, o lado alagoano da região, a exemplo das cidades de Porto Real do Colégio, São Brás, Penedo, Carnaíbas, Castro e outras municipalidades do Estado vizinho.
A UFS foi recebida com fogos e festas. Uma delegação da juventude indígena Xokó, de Porto Real do Colégio, dançou e cantou, dando as boas-vindas. Um jovem representante indígena pediu o microfone e lembrou: “o rio não nos separa”, para reforçar os impactos em ampla escala de uma possível chegada da UFS em Propriá.
Lideranças quilombolas de Brejão dos Negros também se fizeram presentes. Estudantes da rede básica estadual, professores, prefeitos, vereadores, representantes de líderes políticos nacionais e do governo estadual, lideranças sindicais e religiosas, ao lado de populares, desde cedo ocuparam toda a parte interna e as imediações da Câmara Municipal da cidade, para ouvir e ver, na prática, o esperançar da UFS naquela região.
Na oportunidade, vários foram os diálogos ocorridos na Câmara. Ficou mais que marcada a pertinência do apoio da comunidade propriaense para a campanha em prol da implantação de um campus na cidade, assim como de todos os gestores municipais que lá estiveram presentes.
Se for concretizada, a criação do campus do Baixo São Francisco, em Propriá, refletirá, diretamente, na economia regional, na cultura, na educação, na saúde, trazendo desenvolvimento social e humano à toda a região. Essa oportunidade ímpar está prevista no planejamento da UFS há alguns anos, sendo votada e aprovada pelos Conselhos Superiores da nossa instituição.
Portanto, falamos de um projeto abraçado pela atual gestão, em respeito também aos que nos antecederam. E, além da previsão no planejamento da UFS, a decisão do Governo Federal de novamente impulsionar a expansão do ensino superior também é fator de motivação a todos nós.
A junção de todas as forças presentes na Câmara Municipal de Propriá, sejam no âmbito municipal, estadual e federal, tendo como único intuito a disseminação da educação superior pública, gratuita e de qualidade, fez uma enorme diferença.
A notícia da união de esforços para concretizar o sonho de um novo campus foi calorosamente disseminada e muitos também foram os relatos sobre as novas oportunidades de vida, que toda a comunidade terá com a instalação de um campus universitário.
Observar a alegria, o entusiasmo e o brilho nos olhos de tantas pessoas nos leva a refletir sobre o esperançar na perspectiva de Paulo Freire. Acreditamos que, com responsabilidade, planejamento, afeto, compromisso e a união de todos viabilizaremos uma nova fase da expansão da Universidade Federal de Sergipe. E o esperançar certamente nos ajudará a transformar vidas pela educação.
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