Aparte
OPINIÃO - Pesquisa de opinião pública fortalece status quo

[*] Rubens Marques de Sousa (Professor Dudu)

Desde que as pesquisas começaram a     “medir” a intenção de voto dos sergipanos para o pleito de outubro desse ano que eu, Professor Dudu, e Joel Almeida enfrentamos problemas, uma vez que os nossos nomes só entraram nas listas de pré-candidatos depois de muita reclamação e de uma nota publicada no site JLPolítica denunciando a nossa exclusão. 

Só a partir daí o IFP passou a incluir, porém os demais institutos insistem em nos tornar invisíveis. Agora foi a vez do Dataplan realizar pesquisa e se dar ao direito de definir quem deveria entrar na lista de pré-candidatos e quem seria excluído. 

Com a democracia no Brasil aos frangalhos e com tendência a piorar com as ameaças de golpe militar a todo instante, comportamento como esse dos institutos só piora as coisas, uma vez que privilegia o famigerado “status quo”, ao dar relevo aos figurões da política e excluir quem está chegando e não pertence a nenhuma confraria.

Acho que as pesquisas devem ser acompanhadas de perto pelo Tribunal Regional Eleitoral, a quem cabe a tarefa de reunir os institutos e os partidos para definir normas que permitam combater as distorções.

Não cabe aos donos dos institutos decidirem quem teoricamente tem chance de disputar os pleitos ou não. É o eleitor que deve decidir soberanamente, no contato direto com o pesquisador.

No Brasil, infelizmente, já nos acostumamos a assistir aos institutos manipularem os resultados na tentativa de induzir o eleitorado, aproveitando-se principalmente do senso comum que leva parte dos eleitores a só votarem naqueles que estão na frente das pesquisas e, portanto, têm chances de vitória.

Quem nunca ouviu eleitor batendo no peito e dizendo que nunca “perdeu” um voto? Naturalmente, esse é o tipo que aguarda as pesquisas para definir a sua preferência, e não adianta dizer que quem vota assim é despolitizado, pois o fato é que eles existem.

Outro artifício usado pelos institutos é a validação da famosa margem de erro pra mais ou pra menos, que é utilizada a depender dos interesses. Por fim, além de repudiar a exclusão dos nossos nomes, esperamos que nas próximas garantam na lista os nossos nomes, assim: Prof. Dudu da CUT, pré-candidato ao Governo do Estado, e Joel Almeida, pré-candidato ao Senado.

[*] É professor, está presidente da CUT-SE e pré-candidato ao Governo do Estado de Sergipe.

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