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Pela primeira vez, Sintufs tem diretoria com maioria feminina

Leina Costa: “Há a necessidade de sermos representadas, a necessidade de termos espaço”

Desde o mês passado, com a escolha da nova Diretoria, o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFS, o Sintufs, tem 17 das 24 cadeiras de sua Diretoria, ocupadas por mulheres. 

Leina Santos Costa é uma delas. Formada em Gestão Ambiental, atualmente mestranda do Programa de Pós-Graduacão em Recursos Hídricos na UFS, ela ocupa o cargo de coordenadora-geral no Sintufs.

Segundo Leina, o estatuto do Sindicato estabelece, no mínimo, a paridade de gênero na coordenação executiva, ou seja, 50% dessa formação deve ser composta por mulheres. Entretanto, a entidade conseguiu formar e eleger uma chapa que superou essa paridade, atingindo 70%.

Mas qual a importância disso? “A representação de mulheres em cargos de liderança significa etapas de superação frente ao patriarcado. Lugar de mulher é onde ela quiser. E independentemente de estatuto, provamos que é possível enfrentar as imposições da sociedade notadamente machista e ocupar os espaços de poder decisórios”, justifica Leina.

Segundo a coordenadora, isso representa muito, pois mostra para as mulheres que podem e devem buscar seu lugar de fala, se mantendo na resistência e na luta. “Há a necessidade de sermos representadas, a necessidade de termos espaço, de ocupar lugares que antes eram inacessíveis a nós, a necessidade de fala, de fazer ouvir e sermos ouvidas”, reitera. 

Por isso, de acordo com Leina, esses 70% são resultado de um belo trabalho de articulação que envolveu diversas pessoas  e que ocorreu durante alguns meses. E que, obviamente, reverberará na atuação do Sindicato.

“A entidade terá maior representação de mulheres em espaços de fala e tomada de decisões que possam implicar em pensar ações que nos contemplem, que atendam nossas necessidades, anseios, demandas, pautas que afetam nossas vidas. Se trata de lutar por nossos direitos enquanto mulheres trabalhadoras”, resume.

 

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