Aparte
Mendonça Prado: “Nossa eleição é calculada cientificamente. Nós vamos ganhar”

Mendonça Prado: cálculos científicos para uma missão difícil (Foto: Acrísio Siqueira)

“No geral, nós estamos no segundo turno. Na Grande Aracaju, estaremos no mínimo num segundo turno, porque há possibilidade de ganharmos no primeiro. Em mais outras 15 grandes cidades sergipanas, estaremos no segundo turno sim”.

Este planejamento “vitorioso” aí acima é de Mendonça Prado, o pré-candidato ao Governo do Estado de Sergipe pelo DEM, ou Democratas. Você achou que há algo superdimensionado na fala e na esperança dele? É porque você não “viu” ainda o resto dessa novena. 

“Nós vamos ganhar esta eleição. A nossa eleição é calculada cientificamente. Não é uma eleição empírica. Nós vamos enfrentar, além dos candidatos do campo progressista, que são os do PSTU, PSOL e Rede, dois outros candidatos chapas brancas, que são Belivaldo Chagas e Eduardo Amorim”, desenha Mendonça Prado.

Naquele seu estilo pancadeiro e nada leve, Mendonça Prado é supercáustico com os dois - Belivaldo e Eduardo, pela ordem. “Um tem 15 anos de governo e nunca disse a que veio. O outro, tem 11 aos de pura inapetência política, e não sabe para onde vai”.

Todas essas declarações de Mendonça Prado foram feitas ao titular desta coluna Aparte na manhã desta terça, 9, durante o “Café com Prosa”, encontro que ele vem realizando com jornalistas políticos de Sergipe. 

O de hoje, no Restaurante do Hotel Ibis da Adélia Franco, que teve a companhia do jornalista Augusto Aranha, secretário geral do DEM e assessor de comunicação do pré-candidato, foi o quarto - ele já fez esse evento com os colegas Rita Oliveira, Habacuque Villacorte e Cláudio Nunes. 

Todo esse ânimo de Mendonça Prado nem parece ser o de um candidato de um partido isolado. Sem grupo. Sem alianças e com apenas 2,35 minutos de tempo para propaganda na televisão.

“Admito: não estou preocupado com isso não. Para mim, 2,35 minutos são excelentes. Eu fui candidato a prefeito de Aracaju em 2008 e tinha aliança apenas com o PP. Vamos usar muito as mídias sociais”, diz ele.

Outra aposta de Mendonça Prado é no “novo tempo” vivenciado pelo DEM/Democratas. Desde que ACM Neto assumiu a Presidência Nacional em 8 de março deste ano, o partido está passando por uma reforma plena. No imaginário de Mendonça Prado, isso é renovação. 

Em Sergipe, o DEM detinha diretórios municipais em 90% dos 75 municípios. Ele dissolveu todos, mas já reconstruiu 32 e os demais 43 estão todos em reanálise. Havia casos em que o pai presidia o DEM, mas tinha filhos vereadores do município por outros partidos. Para Mendonça, “isso é inaceitável”. “Vamos atualizar e queremos mais qualidade”, diz.

Para isso, ele está esquematizando o partido em núcleos significativos, como o Democratas Mulher, Democratas Jovem, Democratas Inclusão e um Democratas de uma área novidadeira que eles estão estudando ainda e preferem anunciar mais à frente. 

Mendonça Prado diz que o partido mantém abertas para composições a vaga de vice-governador e uma das duas de senador. “Para uma delas não vai ser possível o João Fontes, porque ele ficou travado no PSB”, diz. “Travado” é não ter desfeito a filiação que tinha naquela sigla. 

Desde o ano passado que Mendonça e Fontes formaram uma dupla com muita antecedência de pré-candidatos ao Governo e ao Senado pelo PPS. Como Mendonça trocou o PPS pelo DEM, a dupla esboroou. Mendonça ficou sozinho para ganhar esta eleição, que foi “calculada cientificamente”.

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