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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Diná Almeida admite não seguir Daniele no Podemos, e nem a qualquer partido de oposição ao Governo
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Diná Almeida: analisando bem como atender às necessidades partidárias

A deputada estadual Diná Almeida, Podemos, admitiu nesta sexta-feira, 3, que não tem a menor chance de permanecer ou ir para um partido que faça oposição ao governador Belivaldo Chagas, PSD, de quem ela é signatária política desde mesmo antes de se eleger em 2018. Isso é uma confissão expressa e direta de que ela e o Podemos não terão um futuro sob o mesmo teto.

Assim que a delegada Daniele Garcia “tomou na tora” o comando do Podemos de Sergipe do deputado estadual Zezinho Sobral, Diná Almeida recebeu uma visita oficial da nova comandante do partido e disse ali que continuaria no Podemos. Soou estranho para muitos observadores da política local, uma vez que na eleição do próximo ano Daniele virá com os dois pés nos peitos do Governo de Sergipe.

“É o seguinte: como falei naquela ocasião da visita, eu continuo até hoje no Podemos. Mas devo também dizer que estou, como muita gente, avaliando como vou ficar em termos de partidos. Mas está claro que eu não vou permanecer com Daniele Garcia. Não expressamente com ela: eu não vou permanecer com um partido que faça oposição ao Governo de Sergipe. De jeito nenhum”, fundamenta a parlamentar, sem deixar espaço para dúvidas.

Para Diná Almeida, sua postura é regida por “lógica e coerência” políticas. “Não vou para a oposição porque não tenho motivos. Com que discurso faria isso, se todos sabem que eu sou uma aliada de Belivaldo Chagas? Se eu estive por esse tempo todo ao lado do governador, por que a partir de agora ele passaria a não prestar?”, ressalta a deputada.

“Me elegi por esse grupo, continua dando certo eu estar nele, não me maltrata de forma alguma e por que teria de sair? Para além disso, eu preciso dizer: o Governo de Sergipe está trabalhando direito. Nós fomos da Prefeitura de Tobias Barreto e sabemos das dificuldades de se governar hoje em dia, mas o Governo de Belivaldo está tentado pelo menos acertar as contas do Estado. Ademais, eu e meu marido somos muito grupo e pessoas de palavras”, avisa Diná Almeida.

“Na verdade, a gente tem de analisar direitinho não só a conformidade de um partido, mas quem está hoje presidindo ele. Se um partido é comandado por alguém radicalmente na oposição, não me serve, porque não faço oposição. Eu tenho que pensar num partido que me faça ganhar a eleição. Eu quero, obviamente, me reeleger e não quero ir para uma sigla oposicionista ora alguma”, diz ela.

Ao decidir que não fará do Podemos a sua morada, a deputada Diná Almeida não está na estaca zero na questão de filiação partidária. “A gente está conversando, mas está meio difícil. Já tive convites e já me aproximei de uns três partidos que se encaixam muito no meu perfil. São mais ou menos da base do Governo. Já estive, por exemplo, com a senadora Maria do Carmo Alves - não a tenho como uma aliada do Governo de Sergipe, mas sei que ela não faz uma oposição cerrada. Meu marido Diógenes Almeida continua no MDB e lá temos o compadre Sérgio Reis, que interinamente o preside. É uma possibilidade”, diz ela.

 

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