Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Eduardo Amorim sonha com Valadares vice e André no grupo
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Eduardo Amorim: afunilando o destino e as convicções

“Nesta hora, precisamos de diálogo, respeito em torno de um projeto maior, que é o de ganhar o Governo do Estado. Buscamos fortalecer este projeto. E nós vamos continuar conversando, buscando entendimento entre os partidos e os nomes que possam compor a chapa majoritária”, disse Valadares Filho.

Com outras palavras, este é também o itinerário de Eduardo Amorim. “Eu espero que 8 de fevereiro, de hoje a um mês, a gente tenha a confirmação de todos os cenários, e isso vai depender da intensidade das conversas. Para Eduardo Amorim, o grupo tripartite - ele, André Moura e Antônio Carlos Valadares - deve permanecer ativado, uníssono, e anexar as melhores probabilidades eleitorais possíveis.

“Eu torço que não precisemos ir para a sucessão divididos. E para isso a gente tem conversado. Eu converso muito com Valadares Filho, com André Moura e com o senador Antonio Carlos Valadares também. Neste recesso de saúde dele, eu fui tomar café com o senador Valadares em sua casa na véspera de natal. No que depender de mim, vou trabalhar para essa unidade dos três”, disse Eduardo Amorim.

O senador do PSDB diz não sofrer de preocupação desatada com a intenção de André Moura em experimentar uma candidatura majoritária. “Não sei que ele quer. Cada um segue o caminho que quiser seguir. Estamos conversando” diz.

Maleável, Eduardo faz até uma leitura não tão ruim para o futuro de André Mouro pelo fato de ele ser o alter-ego do Governo de Michel Temer. “Eu não vejo prejuízos para André em função da sua atividade do líder do Governo. Eu vejo é que André tem ajudado muito ao Estado, e a gente não pode negar isso”, diz.

“Será que na hora H as pessoas só vão lembrar de Temer e não das coisas boas que André fez? Vão lembrar só das coisas ruins? É bom deixar claro que, no período da eleição, Temer já acabou. Já terá ido. A pergunta que vai restar é a seguinte: André Moura ajudou Sergipe? Trabalhou por Sergipe? Fez alguma coisa?”, provoca Eduardo.

E ele mesmo vem em resposta positiva. “Claro que fez. Veja: até o governador do Estado está indo atrás dele, tirando proveito. É provável que algumas defesas ruins feitas, que não deveriam ter acontecido, também apareçam. Mas aí é só trabalhar para dizer: “olha, o que eu fiz de bom foi superior e acima do que eu deveria fazer”, disse ele.

Durante um almoço nesta segunda-feira, no Ferreiro do Jardins, com os deputados federal Valadares Filho e estadual Luciano Pimentel, ambos do PSB, o senador Eduardo Amorim, PSC, disse para esta coluna Aparte que “é mais candidato ao Governo do que antes”, e defendeu que o agrupamento tenha os pés no chão e que preserve a unidade que ele acha que existe hoje.

“Sim, estou convencido de que serei o candidato ao Governo do Estado, e isso é um ponto de vista cada dia mais forte. Por que? Porque está chegando a hora. E devo dizer que não estou só. Tenho de anteparo um grupo com todo um apoio que a gente tenta manter”, afirmou o senador.

“Sinto nesta sucessão uma coisa diferente da de 2014: os diálogos estão ocorrendo bem mais cedo, e melhores. E isso é bom. Por exemplo: em 2014, eu mesmo só vim a ter um candidato a vice-governador no dia da convenção. Estou certo de que agora não vai acontecer isso. Sinto muito mais maturidade e consciência nas coisas hoje”, completou.

Aliás, o senador Eduardo Amorim nunca escondeu de ninguém sua pretensão de ir à eleição numa aliança com os Valadares. E mais que isso: tendo o deputado federal Valadares Filho como o candidato a vice-governador. 

“Eu tenho que tomar cuidados com determinados ciúmes, mas a minha pretensão é ter Valadares Filho como candidato à vice. Seria uma chapa de arromba. Excelente. De por mim, eu teria Luciano Pimentel candidato a deputado federal e Valadares Filho, a vice-governador. Devo admitir que não é a única. Temos hoje a possibilidade de seis composições”, disse o parlamentar. Ele recusou-se a fazer o projeto dos seis tipos.

Nos bastidores da oposição, há uma quase convicção de que o senador Valadares não aceitaria a indicação do nome de Valadares Filho para vice. Ontem, na mesa do Ferreiro, o próprio Valadares Filho tratou disso.    

O parlamentar federal descartou que o encontro-almoço tivesse a finalidade de fechar entendimento por uma chapa majoritária. “A nossa pauta aqui foi exclusivamente política, mas genérica. O nosso trabalho é pela unidade e pelo entendimento do grupo, e nossa conversa aqui rolou em torno disso”, disse Valadares Filho.

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