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Valadares Filho: “Não sou eu que direi quem deve ser o candidato e sim a conjuntura”

Valadares Filho: “Cenário está muito aberto e estou preparado para qualquer missão que me seja confiada”

Lá se foi o carnaval de 2018, o ano político teve a Quarta-Feira de Cinzas como marco inauguratório, mas a oposição de Sergipe não desata. Não decide quem será o seu candidato ao Governo do Estado.

Um dos quatro mais vistosos políticos do grupo, ao lado dos senadores Antônio Carlos Valadares, Eduardo Amorim e do deputado federal André Moura, o deputado federal Valadares Filho, PSC, avisa que não usa o carnaval como bitola.

“Mesmo após o carnaval, o PSB continua com o mesmo objetivo de fortalecer um projeto que venha recuperar Sergipe do marasmo administrativo em que vivemos”, diz. Para ele, no momento serão preponderantes aos oposicionistas “o diálogo e a consciência de que não caberá vaidades ou interesses pessoais” para um projeto que ganhe “a confiança plena do povo sergipano”.

Valadares Filho admite que pode até disputar o mandato de governador, pede transigência e respeito para com os nomes envolvidos no processo e atenta para o aspecto democrático que deve permear a escolha. “Não sou eu que direi quem deve ser o candidato e sim a conjuntura”, avisa, nesta entrevista à coluna Aparte.

Aparte - Foi-se o carnaval, e agora: como deve se dar a arrumação da chapa de oposição ao Governo de Sergipe?
Valadares Filho -
Mesmo após o carnaval, o PSB continua com o mesmo objetivo de fortalecer um projeto que venha recuperar Sergipe do marasmo administrativo em que vivemos. Para isso, o diálogo e a consciência de que não caberá vaidades ou interesses pessoais serão preponderantes para termos a confiança plena do povo sergipano. Defendemos a formação de uma chapa com nomes de credibilidade e força eleitoral em torno de um programa de governo para o nosso Estado.

Aparte - Na sua opinião, quem, entre os senadores Antonio Carlos Valadares e Eduardo Amorim, deve ser o candidato ao Governo do Estado?
VF -
Não sou eu que direi quem deve ser o candidato e sim a conjuntura. O senador Valadares foi um grande governador, é um parlamentar que orgulha Sergipe, tem uma história na vida pública de imenso exemplo para as novas gerações e conseguiu, mesmo sendo um político experiente, se modernizar por ser um homem extremante atento ao momento. O senador Eduardo Amorim tem uma atuação no Senado muito destacada, conhece os problemas de Sergipe e é um político sério e focado. Não é à toa que com essas qualidades, os dois lideram ao meu lado todas as pesquisas para o Governo de Sergipe.

Aparte - Existiriam outros nomes no bloco com possibilidade de encabeçar a chapa?
VF -
Outras nomes podem se colocar, por que não? Mas defendo que seja sempre na premissa da credibilidade, da força eleitoral e da demonstração de preparo em uma gestão moderna que tanto precisa Sergipe. 

Aparte - Há chance, ou viabilidade, de uma chapa opositora sem que o senador Valadares não esteja na disputa de uma reeleição ou pelo Governo do Estado? Ou seja, excluindo ele?
VF -
Uma eleição em Sergipe sem a experiência, a respeitabilidade e a história do senador Valadares seria muito ruim para o nosso Estado. Principalmente nesse momento em que a sociedade estará ainda mais de olho na conduta ética e moral dos políticos. Os serviços prestados por Valadares o credenciam a disputar tanto o Governo quanto o Senado, e as pesquisas dizem isso. Consequentemente, o PSB não abrirá mão da participação do senador. 

Aparte - Volta e meia aparecem análises de mídia tentando jogar o senhor contra o deputado federal André Moura e os projetos eleitorais dele. Como o senhor vê isso e, ao seu modo, qual deve ser o espaço de André na sucessão? 
VF -
Minha relação com André sempre foi educada, cordial e de respeito. Sou vacinado contra intrigas. E é claro que ele tem e terá um papel destacado no processo eleitoral.

Aparte - O senhor não se apequena enquanto liderança política quando foca somente a reeleição para um quarto mandato de deputado federal? 
VF -
Eu sempre coloco que a minha candidatura natural é a da reeleição, mas nunca descartei enfrentar nessa eleição um outro desafio em favor do meu Estado. E quando me coloco, o faço com firmeza. Para mim, é uma honra, aos 37 anos de idade, com apenas 11 anos na vida pública, pertencendo a uma nova geração, liderar pesquisas para o Governo. Isso demonstra a confiabilidade dos sergipanos no meu trabalho como deputado federal e na trajetória que venho construindo na política. O cenário está muito aberto e o importante é que estou preparado para qualquer missão que me seja confiada. A nossa responsabilidade com Sergipe é muito grande, principalmente por estarmos vivendo o nosso pior momento administrativo, com um governo que nos atrasou em todas as áreas.

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