Aparte
Entrevista/Ivan Leite: “Não se pensa o Brasil a médio e a longo prazos”

Ivan Leite: parece estar havendo um início de retomada do crescimento

O engenheiro, empresário, ex-deputado e ex-prefeito de Estância Ivan Leite observa o momento Brasil num misto de tolerância, esperança e impaciência.
 
Ivan Leite tolera, por exemplo, que o Governo Temer atravesse esse deserto de problemas e vá até 31 de dezembro de 2018. “A substituição de Temer agora por um interino não terá tempo para uma troca de rumo da economia”, diz ele.
 
Mas, para Ivan Leite, o problema mais elementar estaria no pós-Temer. “Não há nenhum partido, ou instituição tipo uma universidade, uma federação de indústria, centrais sindicais ou qualquer outra organização, pensando o Brasil a médio e a longo prazo”, diz ele, num breve bate-papo com Aparte. Veja.

Aparte - Para se chegar a 2019, é pior ou melhor com Michel Temer?
Ivan Leite - Faltam poucos meses para uma nova eleição. A substituição de Temer agora por um interino não terá tempo para uma troca de rumo da economia se isto fosse o desejado. Creio que criaria incertezas ao rumo atual.
 
Aparte - O senhor vê neste momento um político, um grupo ou uma corrente com um projeto de Brasil?
IL – A sensação que se tem é de que há um grupo político coordenando as ações na área econômica no presente. Entretanto, não há nenhum partido, ou instituição tipo uma universidade, uma federação de indústria, a ESG, centrais sindicais ou qualquer outra organização, pensando o Brasil a médio e a longo prazo. Se existe, está restrito a círculos estreitos e não tem estimulado o debate público.
 
Aparte - O senhor vislumbra crescimento para o Brasil antes de 2019?
IL - Parece estar havendo um início de retomada do crescimento. Na região sul de Sergipe as cerâmicas de Itabaianinha, que se encontram fechadas em grande número, dependem da retomada da construção de casas populares para voltar à atividade.
 

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