Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Governistas avançam sobre a lentidão dos oposicionistas
Compartilhar

André Moura, veja: uma terceira via dentro da oposição 

A turma da oposição - simbolizada pelos senadores Eduardo Amorim e Antônio Carlos Valadares e pelo deputado federal André Moura -, que quer ganhar o Governo de Sergipe ano que vem e que até aparece liderando as probabilidades neste sentido, não emite sinais claros de que esteja preocupada em ser passada para trás.

Enquanto a turma governista - simbolizada pelo próprio governador Jackson Barreto e pelo seu pré-candidato Belivaldo Chagas - bota o pé na estrada, apresenta à sociedade o principal, que é um nome definido para a disputa, os oposicionistas estão em fase de banho-maria e de ver a lua.

Escoaram-se, os oposicionistas, num discurso de que as coisas só devem começar depois do carnaval. Bem, em tese, teriam razão. Mas desde que os que fossem à contenda eleitoral de 2018 com eles estivessem parados, também mirando a lua. Mas não é o caso.

Ao contrário. Aliás, bem contrário. Entre os governistas as coisas estão bastante avançadas. Eles já roçaram, araram, gradearam o terreno e estão na base de selecionar as sementes para a semeadura. Quase jogando ao solo.

Os oposicionistas estão na fase escolha do terreno onde deverão fazer a plantação. Sim, quem será o candidato ao Governo, entre Eduardo Amorim, Antonio Carlos Valadares e André Moura? Quem será o líder final? Que atos fizeram até agora? E quais farão?

Sinta a diferença: desde o dia oito de outubro os governistas já fizeram quatro atos garbosos em nome de Belivaldo: Jackson reuniu-se com todos os governistas, disse que a opção será Belivaldo e prefixou que até 31 de dezembro todos os partidos da base aliada devem, em suas células internas, fazer encontros em nome de Belivaldo. E assim três já agiram: o PT, o PMDB do próprio pré-candidato e o PSD.

O que os oposicionistas fizeram até agora é visível como um quase nada. Assim como também é visível que no território deles há uma enorme dificuldade de se mirar a liderança-em-chefe. Sim, quem é o nome que amalgama entre eles? Quem sela as coisas? Quem ali diz pão-pão, queijo-queijo?

Portanto, entre os oposicionistas, a visão preponderante é a de uma Torre de Babel. Falam-se mil e uma línguas entre eles. Isso é fatal em política. Enquanto isso, Belivado Chagas vai unificando todas as línguas em torno dele e, sem sacrifício e nem sombras ou sobressaltos, constituindo-se na “pessoa de um projeto”. Isso é fatal em política.

Entre os governistas, já existe um marqueteiro como Carlos Cauê concebendo um projeto de marketing; já há uma série de executivos da política com agendas se encaminhando para o quê-fazer da pré-campanha.

Numa comparação pertinente, é como se os oposicionistas estivessem se preparando para chegar, enfim, a uma pré-candidatura daqui a alguns dias, enquanto os governistas já tenham deixado isso para trás e estejam surfando numa candidatura. E em política, isso faz a diferença. E é fatal.

Deixe seu Comentário

*Campos obrigatórios.