Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Jackson Barreto diz “que muito mais da metade” do dinheiro do Finisa será aplicada num próximo Governo
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Jackson Barreto: a oposição pode relaxar com o Finisa

Em análise para a coluna Aparte, o govenador Jackson Barreto, PMDB, previu a possibilidade de que a integralidade dos R$ 560 milhões do empréstimo do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento - Finisa -, contraído junto à Caixa, jamais chegue a Sergipe dentro da sua gestão, que conta com apenas mais 13 meses para se encerrar.

Mas, adverte Jackson Barreto, isso não encerra nenhum problema ou demérito. “É bem provável que mais da metade deste recursos seja aplicada num futuro Governo, porque não dá para fazer tudo a que eles se destinam”, disse o governador, exclusivamente a esta coluna.

“Podem ter certeza de que muito mais da metade deste dinheiro vai ser aplicada num próximo Governo. Mas não há problema nisso. As obras vão andando e os Governos vão pagando, como aconteceu de Marcelo Déda para comigo. Não vejo porque a oposição ter temor de nada. O dinheiro não é para Jackson Barreto. É para o Estado”, reforçou.

Para Jackson Barreto, o que deve ser foco para políticos de qualquer lado - oposição ou governista -, são os benefícios que os recursos do Finisa poderão trazer para o Estado. “Amanhã pode ser qualquer um governador, seja ligado à situação ou à oposição, e ele vai contar com aquele dinheiro que vai dispor das condições de o Estado andar”, disse JB.

“A questão da aplicabilidade destes R$ 560 milhões não deve ser vista somente no âmbito da pessoa política de Jackson Barreto. Veja que quando Déda tomou os recursos do financiamento do Proinveste, ele fez só uma parte das obras. Coube a mim fazer o resto. Não é assim tão rápido. Não vai chegar até dia 31 de dezembro deste ano e possivelmente nem de 2018”, diz JB.

Desde que o Governo de Sergipe pleiteou a tomada desse empréstimo do Finisa, com pedido de aprovação pela Alese, ele nunca mais saiu de pauta enquanto polêmica e, pelo viés da oposição, houve condenação ao gesto do governador. “A CEF fez uma análise e mostrou que o Estado de Sergipe tem capacidade financeira de tomar este empréstimo”, reforça JB.

Para JB, a pessoa pública menos passiva de criminalização por tomadas de empréstimo em nome de Sergipe seria a dele – este é um tem preferido da oposição. “O importante nesta história toda é que se estabeleça um questionamento que é fundamental: qual foi o empréstimo que Jackson Barreto tomou? A resposta é: nenhum. Eu simplesmente só fiz pagar”, diz. 

“Se não há nenhum empréstimo tomado por Jackson Barreto, mas, caladinho, eu já paguei mais de R$ 700 milhões, mesmo com a crise, com as dificuldades, com o rombo e o déficit da Previdência. Eu vou pagando e fechando as contas da Previdência, dos salários dos servidores, do 13°, e vou fazendo obras e tocando um Estado transparente”, analisa.

“Eu paguei financiamento do BNDES, do Sergipe Cidade, Sergipe Estrutura. Do Proinveste, só R$ 240 milhões foram liberados e falta prestar contas de apenas R$ 12 milhões para a gente ter acesso à segunda parcela - e isso quero fazer até o final de dezembro deste ano. Mas esta segunda parcela não será dentro da Conta Única do Governo. Como, aliás, nem este dinheiro do Finisa, que estamos viabilizando à Caixa agora, vai ser colocado dentro do Governo. Este dinheiro fica na CEF”, informa JB.

O governador, no entanto, acredita que daqui até o mês de abril, se não sair tudo, “sairá pelo menos alguma coisa”. “O importante aí é que o Estado se beneficie. Mas não tem que necessariamente acontecer tudo até o dia 3 de abril, condicionados a se eu vou deixar ou não o Governo para me candidatar ao Senado. O fundamental é que o Estado tenha as condições de obras e nem precisa ser no meu Governo. O fundamental é que se não sair tudo, que saia alguma coisa e que o Estado se beneficie destes recursos”, avisa.

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