Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Jorge Alberto Prado: “A disputa pelo Governo de Sergipe é o que me motiva”
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Jorge Alberto Teles Prado: sonho embrionário, mas sonhado

“A disputa pelo Governo de Sergipe é o que me motiva. É a minha novidade. Eu pretendo disputar um novo mandato em 2022 e vou tentar viabilizar meu nome para um mandato majoritário. Afirmo que uma disputa proporcional está descartada para mim. Eu não desejo ser candidato à Câmara Federal e nem à Assembleia Legislativa”.

Essas afirmações, com muita segurança mas sem nenhuma impostação ou intransigência, vem do médico, ex-deputado estadual, federal e ex-secretário de Estado Jorge Alberto Teles Prado, 68 anos, sem partido, mas metido a antenado com a cena política sergipana.

“É a vez da minha geração. E eu diria que, do ponto de vista administrativo, estou preparado. O que nos compete agora é analisar os currículos dos demais pré-candidatos. É preciso não se esquecer de que fui secretário de Estado por seis anos e meio - quatro na Administração e dois anos e meio na Casa Civil. Eu só saí do Governo com o falecimento de Marcelo Déda”, pondera Jorge Alberto Prado, um ex-emedebista.

Antes que algum observador afetado veja assanhamento desproporcional de Jorge Alberto nesse propósito, ele mesmo espalha atenuantes. “Mas, honestamente, eu colocaria como embrionário esse meu projeto. Eu vou aguardar para ver como vai ser o desempenho desse embrião. Se ele vai crescer ou se não vai”, diz.

É bastante razoável ver mesmo tudo isso como embrionário, posto que Jorge Alberto Prado não tem sequer uma casa partidária para chamar de sua. A essa altura, ele dialoga com a coronela Maria do Carmo Alves, com o coronel José Carlos Machado e o cabo Luciano de Menininha para ver se desatarraxa o ferrolho do DEM e cai pra dentro.

“Por enquanto, não estou filiado a nenhum partido, mas tenho conversado com DEM, nas pessoas da senadora Maria do Carmo, de Luciano de Menininha e de José Carlos Machado. O DEM poderá vir a ser a minha opção partidária, porque a receptividade lá está sendo muito boa, sobretudo da parte da senadora. E isso me deixou, vamos dizer assim, mais seguro na busca por uma nova legenda que também tenha o perfil no qual me encaixe. Porque o perfil do DEM é o de um partido mais de centro, que é o que eu sou. Mas não desconsidero que tenho tido ultimamente uma excelente interlocução com Adelson Alves, do PTC”, diz Jorge Alberto.

 Mas volte-se ao projeto político-eleitoral dele em si. Como pretensão majoritária, o senhor incluiria a disputa por uma Vice-Governadoria?, provoca-lhe a Coluna Aparte. “Você faz uma pergunta interessante: eu não trabalho com essa situação. Ao contrário: eu trabalho querendo arranjar um bom nome para meu candidato a vice numa chapa encabeçada por mim. Que seja do meu perfil também”, responde ele.

Jorge Alberto também afirma não ver qualquer contrassenso no fato de o MDB de Sergipe estar sugerindo o nome de Marcos Franco, seu sobrinho e um aliado de ações políticas, para vice-governador numa chapa liderada pelos governistas, com ele ensaiando uma chapa para disputar ao Governo na oposição.

“Não, não, não. Porque acho que Marcos Franco é um sobrinho querido meu. Apenas. Agora, ele tem totais liberdade e autonomia para pleitear aquilo que achar adequado para ele. Aliás, nem tive com ele conversa alguma sobre essa minha pretensão, e nem a dele”, diz.

Muito ligado ao concunhado Antônio Carlos Franco – pai de Marcos -, Jorge Alberto Prado se elegeu deputado estadual em 1994 e em 1998 foi a federal, reelegendo-se 2002. Em 2006 ficou numa primeira suplência e chegou assumir por uma licença do deputado Jackson Barreto por cerca de 60 dias. “Tenho três diplomas de deputado federal”, ostenta.

Formando em Medicina há 41 anos pela Universidade Federal de Sergipe - foi em1980 -, hoje Jorge é um médico aposentado. “Mas não deixei de contribuir com o Conselho Regional de Medicina de Sergipe e vez ou outra presto algum atendimento. Mas não tenho vínculo com hospital e nem com qualquer serviço público de saúde”, informa.

Em 2004, na última eleição de que participou, disputou a Prefeitura de Aracaju. Passou longe. Mas não estaria enferrujado para querer sentar na janela de uma disputa majoritária de Governo no ano que vem? “Não me acho enferrujado politicamente, desde pelo histórico que tive e tenho, e porque também sempre me mantenho atualizado”, apressa-se em se defender o rapaz.

 

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Elito Hora Fontes Menezes
Esses políticos que inclusive já foram Secretários de Estado, exerceram mandatos, preferem exibir os cargos onde atuaram do que expor o que fizeram durante tanto tempo de atuação. Preferem chamar a atenção de que com quem foram parceiros influentes. O eleitor simpatiza mais com os serviços prestados e não pela manutenção de interesses de continuidade.