Aparte
COMUNICAÇÃO: Luciano toca Secom da PMA entre “suplementações, ética e humildade”

Luciano Correia: Transparência, ética, respeito, firmeza, coragem, humildade, enfim, qualidades que devem presidir a relação, para que o diálogo seja direto e fluente

Adaptar para sobrevier. Esta tem sido a dinâmica do secretário de Comunicação Social do Governo Municipal de Aracaju, jornalista e professor da UFS, Luciano Correia.

“O orçamento foi reduzido drasticamente, de modo que temos que negociar periodicamente suplementações para atender cada demanda”, diz Correia.

Mas segundo ele, isso não impediu de tocar o projeto em frente e atender as demandas que ligam sociedade e Governo.

“Para que o diálogo seja direto e fluente”, Luciano Correia diz que a pasta que dirige estabeleceu uma interlocução marcada por “transparência, ética, respeito, firmeza, coragem, humildade, enfim, qualidades que devem presidir a relação”. Veja esta breve entrevista que ele concedeu nesta quarta à coluna Aparte.

Aparte – A crise de que se queixam os setores públicos, atinge também a comunicação social?
Luciano Correia – Sim, porque a comunicação pública é parte da instituição que, como você disse, vive uma crise de recursos nos variados planos da administração.

Aparte – Qual a saída para estabelecer a boa interlocução entre a imagem do poder público e os espaços de mídias?
LC – Transparência, ética, respeito, firmeza, coragem, humildade, enfim, qualidades que devem presidir a relação, para que o diálogo seja direto e fluente, levando informação, por parte do poder público, e acolhendo as demandas externas com o mesmo espírito dos critérios elencados acima.

Aparte – O senhor encontrou a Secom com orçamento e infraestrutura boas?
LC – O orçamento foi reduzido drasticamente, de modo que temos que negociar periodicamente suplementações para atender cada demanda. A comunicação pública funciona para cumprir suas missões precípuas, de produzir jornalismo cidadão, publicidade pública, pautas, briefings, campanhas, eventos etc., com uma boa parte dessas ações sendo executadas pelas empresas legalmente licitadas para fazê-lo. Assim, boa parte da infraestrutura é delegada a tais prestadores, portanto, dependente apenas das condições financeiras para mantê-las. No âmbito das ações internas, estamos avançando para ampliar as condições de funcionamento, diante da necessidade de atualização tecnológica e do conjunto de metas da gestão.

Aparte – A cultura, a ação e a imagem dos diversos agentes públicos sob sua jurisdição ajudam a materializar bem o trabalho?
LC – Sem dúvidas. A comunicação eficaz só se materializa em cima do concreto, da realidade. Caso contrário, seria farsa – e se desmoralizaria, resultando no efeito contrário. Aqui nós temos um governo que se apresentou com um plano de trabalho que já tinha sido aprovado na gestão anterior, pela capacidade do gestor e pela experiência que, na eleição de 2016, foi fundamental para a população fazer sua escolha. Daí o gestor escolheu uma equipe competente, correta e legitimada socialmente para os desafios de suas respectivas pastas. Todos esses ingredientes juntos ajudam a projetar uma imagem extremamente positiva da gestão.

Aparte – As novas tecnologias de comunicação já foram todas devidamente apropriadas pela Secom do Governo da Capital?
LC – Sim. Nós temos consciência de que o “mundo velho”, analógico, resiste em guetos e enclaves, com os quais temos de manter nossa interlocução, como ente público que representa a municipalidade e, portanto, deve se dirigir a todos, indistintamente. Mas o conjunto de nossas ações parte da ideia de convergência dos meios, onde os atores tradicionais e suas linguagens específicas perdem terreno e começam a migrar para as plataformas digitais com as novas gramáticas desse universo. Cada vez mais nós procuramos comunicar sob o espírito dessa convergência, rompendo tradições e imprimindo novos elementos, sobretudo no campo do audiovisual.

Aparte – Qual a justificativa para a quase total ausência do prefeito Edvaldo Nogueira nos eventos de Lula em Sergipe?                        
LC – Ele esteve presente na recepção em Aracaju e participou de um jantar, junto com outros membros do governo, porque era um evento de boas-vindas à cidade. De confraternização. Mas a participação na agenda política não cabia neste momento em que o calendário eleitoral não está colocado e o partido dele, o PCdoB, ainda não definiu seus candidatos para 2018. Além disso, a Prefeitura exige a presença diária do prefeito na solução dos inúmeros problemas deixados pela gestão anterior.

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