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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Nesta terça-feira, CPI da Covid-19 ouve ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich
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Nelson Teich será ouvido a partir das 14h; Mandetta, na parte da manhã (Fonte: Agência Senado)

Passada a eleição do comando e a definição do plano de trabalho, a Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI - criada para apurar as ações e omissões do Governo Federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19 começa a ouvir os depoimentos de ex-ministros da Saúde na gestão do presidente Jair Bolsonaro.

Os dois primeiros a falar aos senadores serão Luiz Henique Mandetta, na terça-feira, 4, às 10h, e Nelson Teich, a partir das 14h. A convocação dos ministros atende uma série de requerimentos aprovados na semana passada.

O relator, Renan Calheiros, MDB-AL, o vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues, Rede-AP, e o senador Alessandro Vieira, Cidadania-SE, são autores dos pedidos.

Segundo eles, os depoimentos dos ex-ministros devem ajudar a esclarecer se o Brasil poderia ter tomado outro rumo no enfrentamento à pandemia e freado o número de mortes – hoje superiores a 410 mil. 

Mandetta foi demitido do cargo no dia 16 de abril de 2020, no início da crise da pandemia no Brasil. Naquela data o Brasil registrava 1.924 mortes. Hoje, o país tem mais de 410 mil óbitos por covid-19.

Seu substituto, Nelson Teich, permaneceu menos de um mês no cargo. Segundo Randolfe, a constante troca de ministros da Saúde em meio à pandemia é, por si só, um enorme problema para a gestão do Ministério, e “pior ainda são os motivos para essas trocas”.

“O senhor Luiz Henrique Mandetta foi exonerado do cargo de ministro da Saúde justamente por defender as medidas de combate à doença recomendadas pela ciência”, aponta Randolfe nos pedidos.

“O presidente defendia mudanças nos protocolos de uso da hidroxicloroquina no tratamento do novo coronavírus, mas o Nelson Teich era contra. Infelizmente, sabemos o rumo que a gestão da pandemia tomou no país”, reforça o senador Randolfe. 

ROTEIRO DA SEMANA - Ainda nesta semana, são aguardadas as oitivas do general Eduardo Pazuello, que esteve por mais tempo no comando do ministério desde que a pandemia começou, e do atual ministro, Marcelo Queiroga.

O primeiro falará na quarta-feira, 5, enquanto que o segundo deverá prestar esclarecimentos na quinta-feira, 6, mesmo dia em que está agendada a oitiva do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa -, Antonio Barra Torres. Todos vão comparecer ao Senado na condição de testemunhas.

OUTROS REQUERIMENTOS - A CPI da Pandemia pode votar em seguida a convocação de ministros de outras pastas, governadores e prefeitos brasileiros. 

Os parlamentares sugerem a convocação dos ministros Paulo Guedes, Economia, Walter Braga Netto, Defesa e ex-Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, Casa Civil e ex-Secretaria de Governo, entre outros.

Há ainda requerimentos para a convocação do ex-ministro Ernesto Araújo, Relações Exteriores, e do atual chanceler, Carlos Alberto Franco França.

A CPI da Pandemia pode votar ainda a convocação dos governadores João Doria, São Paulo, Wilson Lima, Amazonas, Rui Costa, Bahia, e Hélder Barbalho, Pará. Wellington Dias, do Piauí, é convidado como representante do Fórum de Governadores. (Agência Senado).

Imagem: Montagem sobre foto de José Dias/PR e Marcello Casal Jr./Agência Brasi

 

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