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Ana Alves deputada federal é um desafio para João e Maria

Ana Alves: na sombra forte do pai e da mãe

Quais as chances de alguém se eleger deputado federal por Sergipe em 2018 lançando-se neste propósito somente no começo deste ano de 2017? Aparentemente, são poucas.

Poucas, porque as oito vagas para a Câmara Federal parecem bem demarcadas por pessoas em campanha há anos, a começar pelos oito que estão lá e que querem voltar. E alguns deles certamente voltarão.

A jornalista Ana Maria Alves, DEM, é um dos nomes a se lançar somente este ano. Ela tem pretensão de em 1º de janeiro de 2019 tomar posse como consequência de uma eleição no ano que vem. Mas a dificuldade eleitoral que enfrenta um “mortal comum” neste objetivo deve ser atenuada no caso desta moça.

O sobrenome Alves que Ana Maria carrega diz muito. Potencializa-a. Ela é filha de João Alves e de Maria do Carmo Alves. Ele, duas vezes prefeito de Aracaju e três vezes governador de Sergipe; ela, três vezes senadora. Sim, e isso é garantia absoluta de alguma coisa? É e não é. Mas que serve de atenuante, ah serve.

A própria Ana Maria sabe que chegou tarde ao processo e tem convicção de que a esta altura a quase totalidade dos prefeitos está de braços dadíssimos com candidatos a deputado federal. Ela diz não se importar com isso. Vai tentar usar, com naturalidade e com todo o direito que lhe cabe, os crachás da mãe e do pai - sobretudo o de Maria.

E esse é um crachá vistoso. Respeitável e polpudo. Há pouco menos de três anos, esta senhora obteve nada menos do que 448.102 votos dos sergipanos - ou 48,91% dos válidos - para se reeleger ao terceiro mandato de senadora. Com 20% disso - o que daria cerca de 90 mil votos - far-se-á um federal “com os pés nas costas”.

Mas, e é fácil assim transferir voto? Claro que não. Considerando-se ou não uma capitania hereditária, tem-se ainda o poder de João, que pode arranjar, mesmo que no avulso e no a granel, um bom punhado de voto para uma filha.

João e Maria terão o atenuante de dizer que estão quase fechado as portas de suas carreiras políticas que que só agora param para pedir um voto por um do sangue deles. No que não estarão mentindo. E se souberem pedir, poderão ser ouvidos.

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