Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Opinião - Por uma OAB independente, forte e acolhedora
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[*] Danniel Alves Costa 

Sou advogado militante há 14 anos. Assim como os demais colegas, já enfrentei muita dificuldade na minha vida e sei a importância de uma OAB-SE independente, forte e acolhedora na trajetória profissional de qualquer advogado.

A OAB é guardiã do Estado Democrático de Direito e exerce papel fundamental na defesa da Constituição, dos direitos humanos, do Estado de Direito e da defesa da justiça social.

São funções subjetivas que abrem um grande leque de atuação na vida das pessoas. Nos últimos anos, a OAB tem se mostrado ineficiente para cumprir seus propósitos e seus mínimos objetivos institucionais. 

E assim a advocacia está sem um representante para gerir a Ordem em Sergipe e defender seus direitos e prerrogativas, comprometendo os próprios interesses coletivos.

Diante da inexistência de uma liderança dedicada e comprometida, a maioria dos colegas advogados e advogadas reconhece que a advocacia em Sergipe vive o seu pior momento: a advocacia se sente sem qualquer proteção institucional.

O meu desejo de ser presidente partiu do sentimento comum de insatisfação, mesmo abrindo mão de uma vida dedicada à família, ao escritório e aos amigos. 

Mas a necessidade de mudar esse cenário e o sentimento de coletividade me motivaram a idealizar um projeto que tem como objetivo primordial resgatar a representatividade da OAB.

E, ao falar de representatividade, refiro-me aos mais variados aspectos: da advocacia jovem com suas dificuldades profissionais, que são inerentes ao início da carreira, ao resgate da força da OAB como instituição, incluindo um relacionamento equilibrado com os órgãos públicos e privados.

Num momento tão difícil que vivemos, marcado por incertezas na saúde pública, a inércia da OAB em Sergipe conseguiu uma superação ainda mais negativa, afinal, durante a pandemia, manteve-se silente quanto às necessidades da advocacia, sendo incapaz de exercer um só ato administrativo eficiente que viesse a socorrer os incontáveis colegas que passaram dificuldade nesse período. 

Mesmo com escritórios fechados, com advogados e advogadas sem oportunidade de trabalho e sem qualquer aparato técnico para superar as inovações tecnológicas oriundas da pandemia, a OAB optou pelo silêncio, prejudicando nossos colegas de profissão.

A Presidência exige uma dedicação diária em prol da advocacia, mas, em contrapartida, é imprescindível manter uma instituição organizada administrativamente e ativa em todos os seus meios de atuação.
Aceitar a missão de ser presidente também se justifica pela necessidade de devolver a OAB aos advogados e advogadas, que estão longe da sua casa e se deparam com uma Ordem distante, fria e alheia às suas necessidades.

A OAB não é de nenhum grupo político e não pode ser um mero instrumento de poder para qualquer pessoa. A Ordem pertence a todos os advogados e merece ter um representante que esteja disposto a doar sua vida em prol desse projeto, sem desvirtuar seus fins constitucionais. 
 
Sinto uma vontade de mudança que pode ser percebida em todas as regiões do Estado de Sergipe. O anseio por novos tempos traz a vontade de resgatar a dignidade constitucional, institucional e ética da Ordem. 
Como advogado, jamais poderia me calar nesse momento.

Não aceito uma gestão que prefere tratar os advogados como eleitores. Não concordo em ver a minha instituição profissional se limitar a criar comissões sem fornecer a estrutura necessária para a sua atuação e entregar homenagens, apenas para manter uma imagem de atuação. 

Acho inadmissível uma gestão passar dois anos inerte e, na proximidade das eleições, patrocinar entrevistas e seminários com o intuito de atrair a atenção da advocacia.

O momento exige união sem preconceitos ou distinções. O atual cenário traduz a necessidade de melhor informatizar e modernizar a OAB, de buscar soluções eficientes para assegurar o ingresso e consolidar a profissão, enfim, de implementar ações que façam a diferença na rotina da advocacia. 

É preciso quebrar paradigmas, desenvolver novos conceitos e perceber que a advocacia jovem tem condições de exercer esse protagonismo, porque somos sinônimo de inclusão, mudança e renovação. 

Sinto-me, portanto, preparado e com a obrigação de lutar em favor da advocacia. Nosso grupo tem a missão de recuperar a importância institucional e corporativa da OAB. 

Dedico minha vida a esse projeto porque, juntos, vamos escrever uma nova história, uma nova Ordem!
 
[*] É advogado e pré-candidato à Presidência da OAB-SE. 

 

 

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