
[*] Antonio Passos
Por que será que os moradores e empreendedores localizados em um determinado trecho da longa Rua Urquiza Leal estão merecendo o menosprezo do poder público municipal em comparação com o restante dessa mesma rua?
Urquiza Leal é o nome dado a um pedaço de uma daquelas longas vias que atravessam bairros e integram grandes distâncias na capital sergipana. Começando ao norte, na esquina com a Avenida Coelho e Campos, a via recebe o nome de Siriri e assim continua até chegar à Praça da Bandeira, tornando-se, após cruzar a Av. Barão de Maruim, Rua Zaqueu Brandão.
Com o segundo nome, no sentido norte-sul, essa via segue até encontrar com a Campo do Brito. Daí para a frente, na direção do bairro Grageru, recebe a terceira denominação: Rua Urquiza Leal - e assim vai até tocar a lateral do grande círculo batizado como Cidade dos Funcionários.
Pois bem: não faz muito tempo, a Rua Urquiza Leal recebeu mimos da Prefeitura: o asfalto foi renovado e foi gravada no novo pavimento uma vistosa sinalização horizontal de trânsito.
Alto lá! O asfalto sim, mas a sinalização não. Até o cruzamento com a Av. Francisco Porto, tudo bem, o serviço foi completo. Porém, da Francisco Porto em diante, até o final da sua numeração, o novo pavimento da Rua Urquiza Leal continua incompleto, como uma boca banguela, desprovido da dentição reluzente composta por faixas de pedestre e linhas pontilhadas que delimitam áreas de estacionamento e de circulação.
Chegou até a ser feito um pontilhado guia para a aplicação da sinalização, mas sinalização horizontal mesmo, que é bom, nada. O que teria acontecido com esse trecho final da Rua Urquiza Leal para merecer tal desprezo e tratamento desigual e inferior em relação ao restante da rua?
Por acaso, são os moradores e os empreendedores que estabeleceram seus negócios naquele trecho menos cidadãos que os demais? Será que está nos rondando o fantasma das obras que são pagas por inteiro e realizadas apenas aos pedaços?
Curiosamente, nesse mesmo trecho da Urquiza Leal para o qual foi esquecida a sinalização horizontal de trânsito, é notório o grande acúmulo de lixo nas calçadas, como se por ali não passasse o serviço de coleta nem outros cuidados urbanos.
Chega a destoar: até o cruzamento com a Francisco Porto a Urquiza Leal é uma, dali pra frente é outra, agravando-se o descaso à medida que a rua avança para o seu final. Com a palavra, os fiscais dos serviços e obras públicas.
[*] É policial rodoviário aposentado e jornalista.
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