Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Presidente da CUT quer ver “Bolsonaro condenado em tribunal internacional por crimes contra humanidade”
Compartilhar

Roberto Silva: “Para nós que estamos à frente da CUT, os desafios são ainda maiores”

O professor Roberto Silva dos Santos enfrenta um dos momentos mais críticos à frente da Presidência da Central Única dos Trabalhadores - CUT - de Sergipe, com um cenário de desemprego, perda de direitos e mortes entre a classe trabalhadora. 

Este é um cenário que Roberto Silva dos Santos atribui aos Governos. “O Brasil enfrenta um dos piores momentos da sua história com o pior presidente de sua história. Bolsonaro é uma tragédia. Tenho a esperança de que Bolsonaro seja, um dia, condenando, nem que seja por um tribunal internacional, por crimes contra a humanidade”, afirma Roberto. 

Isso porque, para o presidente da CUT, a política do Governo Federal não é voltada, entre outras coisas, para as vidas dos trabalhadores.

“Prova disso são a ausência política de vacinação, o auxilio emergencial irresponsável e insuficiente, aumento da fome, ações de desrespeito às normas sanitárias, orientações de tratamento precoce sem comprovação científica, combinada com a inflação galopante. É o pior cenário que poderíamos viver”, lamenta.

Para além de tudo isso, admite Roberto Silva, os sindicatos também vivem, um processo de silenciamento compulsório.

“Os trabalhadores estão sendo atacados pelo Governo Bolsonaro e seus apoiadores, como deputados, senadores, governadores e prefeitos, ao mesmo tempo em que os trabalhadores estão sendo impedidos de realizar atos de massa contra estas medidas”, diz Roberto Silva.

“Os patrões e os governos só ouvem a voz das ruas e a pandemia tem sido usada para retirar direitos, congelar e reduzir salários mesmo num cenário de aumento da carestia, da fome e da inflação”, critica. 

Por tudo isso, o cenário é bastante grave, segundo Roberto. “Para nós que estamos à frente da CUT, os desafios são ainda maiores, pois precisamos manter a combatividade, mesmo com a pandemia”, ressalta. No entanto, as ações mais realizadas até agora são de “solidariedade, combinadas com lutas”. 

“Desde 2020, a CUT Sergipe já arrecadou, junto às suas entidades filiadas, e distribuiu aos trabalhadores desempregados pouco mais de 15 toneladas de alimentos”, revela.

Para o próximo sábado, 1º de maio, a Central está preparando uma carreata solidária junto às demais centrais sindicais, Frente Brasil e Frente Povo Sem Medo.

Com o ato, espera arrecadar e distribuir muitos alimentos e kits de higienes pessoal. A CUT também tem atuado na defesa da vacinação.

“Entendemos que é a nossa única saída para impedir mais mortes de trabalhadores. São os trabalhadores que estão sendo infectados e mortos no transporte coletivo, sendo as principais vítimas dessa doença”, afirma. 

“Os empresários, apenas preocupados com o lucro, defendem a reabertura das atividades econômicas mesmo com a pandemia matando milhares de pessoas por dia. A preocupação com a vida ficou distante de muitos. O problema real é que a política nacional de vacinação é inconsequente e sem qualquer planejamento sério”, alega. 

Foto: Portal Infonet 

 

Ω Quer receber gratuitamente as principais notícias do JLPolítica no seu WhatsApp? Clique aqui.

Deixe seu Comentário

*Campos obrigatórios.