Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Rejeição a Danielle Garcia dispara, vai a 25 pontos e é um aviso de febre na candidatura dela
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Danielle Garcia: mais rejeição que acolhimento  

A segunda pesquisa de intenção de voto contratada pela TV Sergipe ao Ibope, divulgada na noite desta quinta-feira, 22, pela afiliada da Rede Globo, apresenta um crescimento acentuado, de 12 pontos percentuais, na rejeição dos eleitores da capital ao nome da candidata do Cidadania à Prefeitura de Aracaju, Danielle Garcia.

No quesito rejeição, a candidata do partido presidido em Sergipe pelo senador Alessandro Vieira foi a que mais cresceu entre a primeira e a segunda pesquisa do Ibope. No dia 9, 13% dos entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum em Danielle, percentual que saltou para 25% neste segundo levantamento.

A rejeição à candidata Danielle Garcia foi detectada também na pesquisa estimulada, quando são apresentados aos entrevistados os nomes dos 11 candidatos que disputam a Prefeitura de Aracaju e eles respondem em quem votariam. Aqui, as intenções de voto para Danielle recuaram de 21% para 19%. É pouco, mas é queda – e isso a afasta de Edvaldo em quatro pontos percentuais, já que ele subiu de 32% para 34%.

Os demais candidatos de oposição também avançaram no terreno da rejeição. Lúcio Flávio, Avante, foi o que mais cresceu nesse quesito, saltando de 7% para 14% - 100%. Mas com 47%, o mais rejeitado, Almeida, PRTB, é seguido de perto por Rodrigo, PTB, que foi de 25% para 31%.

(Esse bloco, aliado a Danielle e Paulo Márcio, compõe a nova direita empedernida de Sergipe - Almeida Lima é o mais novo deslumbrado entre eles, e você poderá constatar isso numa das Entrevistas Domingueiras desta semana. Nesta reta final de campanha, o JLPolítica está fazendo duas Entrevistas por semana. A outra é com Lúcio Flávio, que quase atira pedra de tão extremado e descompensado politicamente).   

Marcio Macêdo, PT, viu a rejeição a seu nome saltar de 16% para 22%, enquanto Edvaldo apenas oscilou dentro margem de erro, e tem 28%. Com isso, o prefeito Edvaldo, que disputa a reeleição, abre vantagem de 15 pontos percentuais à frente da segunda colocada e consolida a liderança isolada da disputa.

Num hipotético segundo turno entre Edvaldo e Danielle, de acordo com os dados do Ibope, o prefeito venceria com 13 pontos de vantagem. Avalia-se que as alianças de Danielle e a estratégia maniqueísta da campanha dessa candidata na propaganda eleitoral no rádio e na TV tenham contribuído para ampliar a rejeição à candidatura do Cidadania na capital. 

Mas, seguramente, a estratégia maniqueísta do marketing, que trata Danielle como uma xerifona do bem, bruta e insolente perante os demais concorrentes - ou mais especificamente a um deles – é o que mais está castigando a candidata do Cidadania. O que mais a deprecia.

O idiota que “vende” politicamente Danielle Garcia enquanto “produto de marketing” parece desconsiderar as carências de uma comunidade de quase 800 mil habitantes, como é a de Aracaju, crítica e ativa, e que espera de quem pretende lhe dirigir um tom mais justo e mais equilibrado do que pretende fazer do futuro.

Nem o mais imbecil dos delegados de pulíça sonha que seja possível tornar-se prefeito de Aracaju apenas batendo na bigorna a fatigada palavra corrupção. Mas é exatamente isso o que levaram Danielle a fazer. E levaram-na de maneira ranzinza, com armas de grosso calibre no coldre e nas mãos, como se ela não estivesse bem com Sérgio Moro, com Jair Bolsonaro, com Alessandro Vieira e, sobretudo, com ela mesma.

Há, portanto e então, alguma dúvida do porquê de a bacana Danielle Garcia ser lembrada como opção de voto por 19% dos de quase 800 mil habitantes de uma Aracaju crítica e ativa e ser rechaçada por 25%? Pois é. Claro está que há febre nesse organismo político. E como sabem até os mais leigos, se há febre há algo errado no corpo.

Bem, a pesquisa do Ibope está registrada na Justiça Eleitoral sob o número de identificação SE‐08376/2020, e tem de margem de erro 4 pontos percentuais para mais ou para menos e nível de confiança de 95%. O instituto entrevistou 504 eleitores aracajuanos entre os dias 20 e 21 deste mês.

 

 

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