O vereador de São Cristóvão, Neto Batalha, PP, disse hoje que a Prefeitura desta cidade, por meio da procuradora geral do município, Aline Magna Cardoso, solicitou ao Ministério Público a dilação de prazo para esclarecer informações no episódio que envolve a locação de equipamentos para enfrentamento da Covid-19 com preço 20 vezes acima da média de mercado, objeto de uma denúncia dele.
Em ofício enviado ao MP, a procuradora pediu 15 dias a mais para prestar esclarecimentos, haja vista o número de informações e documentos necessários. Antes, o Ministério Público ofereceu um prazo de 20 dias, porém a Prefeitura não se manifestou até o momento.
Para Neto Batalha, o pedido de ampliação de prazo é uma manobra para ganhar tempo. “Creio que será muito difícil a gestão encontrar qualquer documento que minimize o escândalo que vai se instaurar após toda a investigação do MP. Eu posso assegurar que houve superfaturamento durante toda negociação”, disse.
Segundo Neto Batalha, o montante pago no período de dois anos custou R$ 2,3 milhões, quantia muito acima quando comparada ao pagamento de produtos semelhantes em outros municípios sergipanos.
A suspeita do vereador de corrupção no governo de São Cristóvão se refere ao aluguel de grades de contenção que serviram de barreira sanitária para o controle e combate da Covid-19, no período de março de 2020 a março de 2022. Conforme o denunciante, houve uma longa e minuciosa investigação com base no Portal da Transparência, na qual apontou a locação dos materiais com preço até 20 vezes maior que a média de mercado durante à pandemia, totalizando um prejuízo aos cofres públicos acima de R$ 2 milhões.
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