Senador desde esta quarta-feira, 23.11, com prazo de validade até o dia 22 de março de 2018 - portanto por 121 dias -, o defensor público aposentado e ex-vereador de Aracaju Elber Batalha, 73 anos, não faz meia volta para sintetizar o seu sentimento por suceder o senador Antônio Carlos Valadares por este período. “Estou muito feliz”, diz.

“A minha expectativa é a melhor possível. Para mim, para o meu currículo e para a minha vida. Para minha história de vida e de lealdade para com o senador. Vou sucedê-lo no momento político em que ele atravessa, que é muito bom, e isso dignifica qualquer suplente”, festeja Elber. Ele, na verdade, é o segundo suplente de Valadares - posto obtido na eleição de 2010. O primeiro era José Eduardo Dutra, que faleceu no dia 4 de outubro de 2015.  

Brigão, mas da linha afetiva, Elber Batalha tem uma vida curiosa - é uma pessoa que veio de baixo e flerta com o topo, mas mantém-se simples. Muito simples - e zoadento. Já foi cobrador de transportes públicos, motorista de Kombi, bancário, comerciário a defensor público - está implícito que só se chega à Defensoria Pública sendo advogado.

Elber assumiu o mandato de senador para Valadares fazer uma breve cirurgia de hérnia - e nem teve o prazer de fazer um pronunciamento. Só assinou os papeis protocolares da ocasião. “Eu não discursei nesta quarta porque estava tendo sessão das duas Casas, Senado e Câmara. Mas na próxima terça, farei um discurso, no qual traçarei um perfil da minha vida”, diz.

E qual será o tom desse discurso? “Será o da minha história, que é a coisa mais linda: sou apaixonado por mim mesmo. Porque eu já fui de cobrador a motorista de Kombi, bancário, comerciário e chego neste ponto da minha vida a assumir um mandato de senador da República”, diz ele.

“Isso para minha história de vida é o topo. Eu tive três mandatos de vereador e sempre pelo PSB - toda uma vida fui do partido de Valadares. Eu já dirigi o partido muitas vezes”, diz ele. Para Elber, “o topo” é salientado ainda pelo peso da história de quem ele vai suceder momentaneamente.

“Valadares é um senador que honra a história. Valadares é um senador que é honesto não por satisfação ou decreto. Ele é honesto por natureza e não faz da honestidade uma virtude. Faz dela uma obrigação natural. E isso me dignifica, ainda mais porque sou um suplente apenas amigo dele. Não sou um suplente por ser empresário”, avisa.