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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Benedito Figueiredo pode deixar Governo por suplência de senador; ou ficar na Supersecretaria
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Benedito Figueiredo: opções sem agonia

Na convergência dos que defendem que o secretariado de Jackson Barreto deva pedir, coletivamente, renúncia a partir do dia 19 de março, quando ele deixará o Governo definitivamente em mãos de Belivaldo Chagas, Benedito Figueiredo, secretário de Estado de Governo, está numa situação curiosa. Curiosa, porque ele se depara com três probabilidades. Duas delas, convergentes.

Primeiro, acha que pode deixar o posto para poder ficar livre e trabalhar mais e melhor pela candidatura do filho Alexandre Figueiredo, MDB, a deputado federal e ser melhor ouvido no âmbito do MDB. “Isso poderia ser para me sentir livre e fazer a campanha de Alexandre, mas também para poder saber como vamos decidir as cosias dentro do MDB, porque eu vou querer ser ouvido mesmo. Eu não vou aceitar só ouvir, e aí, como secretário, fica um pouco difícil”, diz. 

Segundo, para ancorar uma candidatura de suplente de senador na chapa de Jackson Barreto e, terceiro, até permanecer no “novo” Governo, em suporte a Belivaldo, quem sabe para servir a uma tal supersecretaria que viria por aí. “Não tenho intenção de pleitear a candidatura de suplência, mas se vier eu agradeço de bom grado. Não vou correr atrás. Eu estou querendo é caminhar, manter a saúde e trabalhar pelo meu filho Alexandre”, diz ele.

Benedito Figueiredo é obviamente otimista quando fala da pré-candidatura de Alexandre Figueiredo à Câmara Federal. “Eu nunca vi uma pessoa trabalhar tanto, fazer tanto e buscar tanto. Aliás, nesse sentido, ele imita a mim. Quando disputei mandato de deputado federal em 1990, não tive apoio de ninguém, nem de Jackson Barreto, e trabalhei muito. Como ele faz agora”, diz.

Mas, no aspecto desincompatibilização, Benedito insiste: “Desincompatibilizar está no meu pensamento. Há diversas razões que eu vou ter que analisar. Mas eu também posso ser chamado para uma missão maior, numa junção de Secretarias. Enfim, vamos aguardar as coisas, porque pela primeira vez na vida não estou agoniado”, ressalta. Ele é um grande artífice do projeto do filho Alexandre, mas nem isso o leva à agonia.

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