Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Edvaldo Nogueira candidato a governador em 2022. O que ele pensa e acha disso?
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Edvaldo Nogueira: como se fosse um signatário fiel e absoluto do Eclesiastes

Para muitos observadores da cena política sergipana, o prefeito reeleito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, PDT, 60 anos, é o nome melhor formatado e mais apropriado para concorrer à sucessão do Governo do Estado de Sergipe no ano que vem, apoiado por todo o grupo que faz o Governo de Sergipe hoje.

A tese de quem pensa assim obedece a dois pilares básicos para um páreo desse. Um no campo político, outro no de gestão.

Do político: duas vezes vice-prefeito e quatro prefeito de Aracaju, Nogueira teria a expertise e o couro grosso para cair em campanha, apoiado pelo grupão que comanda Sergipe, em busca do mandato de governador.

O da gestão vem da cepa do pilar político. De todos os mandatos obtidos nessas cinco eleições, Edvaldo Nogueira teve a chance de colocar em cena uma reconhecida capacidade administrativa na maior cidade de Sergipe, o que o catapultaria à possibilidade de tocar o Estado se o Estado lhe caísse em mãos via uma eleição.

Simples assim. Mas tente tratar de tudo isso com Edvaldo Nogueira e você vai encontrar nele um silêncio mais lacrado e escorregadio do que o de uma ostra.

No entorno dele, no entanto, há quem acenda chamas da possibilidade de ele disputar a sucessão de Belivaldo Chagas, sim.

Mas “acende chamas” com o mesmo DNA do próprio Nogueira. Como este ou esta falante em off a Aparte, uma Coluna que não alimenta muito as falas em off - mas, nesse caso, em face do natural silêncio de Nogueira frente ao tema, vá-se lá.

Ou seja, “acende-se chamas” cheio ou cheia de dedos. “Edvaldo Nogueira também está seguro e ciente de que se mais adiante o nome dele for um consenso entre todos, como a opção para disputar o Governo do Estado e manter o atual projeto intacto, ele não se recusará a essa tarefa”, diz a fonte ligada ao prefeito aracajuano.

Isso é falado sob a precedência de uma conjunção adversativa “mas” quase em caixa alta. Do tipo, “mas Edvaldo não está tomando a dianteira de nada” no terreno da sucessão.

Bem literalmente assim: “O prefeito Edvaldo Nogueira continua com aquela mesma posição: sabe que o foco dele agora é o da administração municipal da cidade de Aracaju e o do enfrentamento às demandas da Covid-19”.

Ou mais esse: “Edvaldo Nogueira sabe que têm outros nomes do grupo na frente dele, e ele tem por certo que não adotaria nenhuma posição que fosse pela desunião desse grupo, porque a principal bandeira dele nessa quadra é a da unidade dos que comandam Sergipe”.

É isso. Aliás, o “mas” é uma condição básica e natural em tudo que envolva Edvaldo Nogueira. Ele é um dos políticos sergipanos que mais levam ao pé das letra tempo e espaço apropriado para se pronunciar sobre disputas eleitorais.

Só o faz no exato do oportuno, como se fosse um signatário fiel e absoluto do Eclesiastes que, não por acaso, é o livro mais sabido da Bíblia.

 

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