Aparte
Expectativa: Movimento Polícia Unida será ouvido por secretário e espera fim de impasse 

Adelmo Pelágio e categoria esperam boas notícias de audiência na Secretaria 

“O Movimento Polícia Unida constitui a união estruturada dos policiais civis, militares e bombeiros militares para a luta pela construção de uma cultura de dignidade laboral no campo da segurança pública”. Quem define isso é o delegado Adelmo Pelágio, vice-presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe - Adepol/SE. 

Luta essa que, segundo o delegado, na atualidade está densificada na justa reivindicação do direito constitucional ao adicional de periculosidade, que ele considera “um direito social fundamental inscrito tanto na Constituição Federal quanto na Constituição Estadual de Sergipe”.

“É um direito indisponível, irrenunciável e inalienável de todo trabalhador que corre perigo por conta de sua profissão. E saliente-se que, no caso do trabalhador policial, o perigo se expressa tanto no exercício da função quanto em razão da função, o que significa dizer que o policial corre risco mesmo nos momentos de folga, de licença, de férias e de inatividade. Ou seja, da subscrição do termo de posse até seu último instante de vida”, justifica Adelmo Pelágio.

O Movimento está há exato um ano - completado nesta quinta, 5 - para que o Governo do Estado encaminhe à Assembleia Legislativa um projeto de lei regulando e plenificando a eficácia das normas constitucionais que preveem o adicional de periculosidade para os trabalhadores policiais. 

Nesse período, segundo o delegado, já houve alguns avanços, como a própria união das categorias, uma vez que o histórico entre elas sempre foi o de “afastamento ou de conflito”.

Isso é importante, porque, para ele, união gera cooperativismo, que, por sua vez, gera eficiência. “A harmonia criada por nosso movimento beneficiará muito o povo de Sergipe, que contará com maior eficiência na prestação de segurança pública”, assegura. 

Outro avanço apontado por Pelágio está na luta pela justa priorização dos trabalhadores da segurança pública no processo de vacinação contra o novo coronavírus, que, de acordo com ele, resultou numa prioridade tardia, por conta da recalcitrância do Governo do Estado. “Mas, ainda assim, depois de muito esforço, alcançamos alguma prioridade”, ressalta.

Porém, no tocante à periculosidade, ainda não houve nenhum avanço concreto. “Fomos recebidos pelo governador através da intercessão da senadora Maria do Carmo. Na ocasião, ele prometeu inaugurar um diálogo sobre o adicional de periculosidade na Secretaria de Administração durante o mês de julho”, revela. 

O diálogo, no entanto, não ocorreu na data prevista e está marcado para esta quinta-feira, dia 5. “Consideramos o secretário George Trindade um homem dotado das mais nobres virtudes pessoais e profissionais, e sabemos que ele não tem poder de decisão política quanto à implementação ou não do nosso direito. A expectativa é de que ele esteja autorizado a vocalizar uma vontade política positiva quando à materialização do adicional de periculosidade em termos dignos”, argumenta. 

No mesmo dia, ocorrerá também a segunda assembleia geral do movimento Polícia Unida. Isso significa que a reunião na Secretaria de Administração será fundamental para a definição do tom da assembleia. “Obviamente que a ausência de uma demonstração concreta da vontade política de regulação das normas constitucionais que asseguram o nosso direito nos obrigará a deliberações por medidas mais enérgicas, vigorosas e duras”, avisa Adelmo.

Mas ele garante que esse não é o desfecho esperado. Até mesmo por dever de crença na consciência do chefe do Executivo quanto à necessidade de cumprimento dos mandamentos constitucionais, alimentamos a esperança de levar boas notícias para nossa categoria. Mas estamos com o espírito preparado para a energização da luta”, reforça. 

O Polícia Unida não tem nenhum viés político-partidário e um movimento eminentemente associativo e sindical em busca da materialização de um direito constitucional, reunindo nove entidades associativas e sindicais, representativas de policiais civis, policiais militares e bombeiros militares do Estado de Sergipe.

 

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