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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Opinião - Bancada comunitária quer botar um pé no parlamento e vocalizar as vozes das ruas
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Pela ordem na foto: Soayan, Vinicius, Niely e Daniel de Jesus: todos por um

[*] Vinicius Oliveira

Na opinião da bancada comunitária, a primeira candidatura coletiva da história de Aracaju necessita ser construída em nome de um mandato que dialogue com as demandas imediatas da vida concreta.

Necessita ser construída em nome de um mandato que fuja do academicismo e que estabeleça um esforço coletivo, tanto para explicar as raízes dos problemas imediatos da cidade quanto para apresentar um conjunto de políticas que melhorem as condições materiais de nosso povo.

A bancada comunitária é um convite à indignação e à organização, pois só a luta coletiva muda a vida em sociedade. Um mandato coletivo deve ser um fomentador de direitos, estimulando núcleos e conselhos de atuação territorial na cidade, focando questões fundamentais como transporte, educação, saúde, moradia, segurança, saneamento e cultura. 

Depois do assassinato covarde de Marielle Franco pela milícia que governa parte do Rio de Janeiro, o PSOL entrou em outro patamar de diálogo com os mais pobres.

Apesar de poucos conhecerem de fato a história dela e do partido, é o sentimento de respeito que prevalece hoje sobre o PSOL.

Mesmo com pouca densidade eleitoral em Aracaju, realidade que nós da bancada comunitária pretendemos ajudar a mudar em 2020, o efeito de respeito, de inserção e de mobilização do PSOL é real e potente. Estamos em todas as lutas da cidade. 

Seremos firmes em nosso programa e em nossos princípios políticos, sendo pedagógicos na defesa das nossas bandeiras e no diálogo com as demais forças sociais e políticas.

Sim, mas sem abrir mão do combate firme ao bolsonarismo e suas expressões de extrema-direita. Nossa candidatura é, antes de tudo, um gesto único da história política de Aracaju. Em outras capitais, como Recife, por exemplo, esse gesto do PSOL já se tornou realidade. 

Diante do nosso ineditismo em Sergipe, é preciso explicar que um mandato coletivo não é formal. O mandato coletivo é exercido a partir do acordo entre o parlamentar eleito e o grupo.

Nesse modelo, é possível termos mais de um perfil como candidatura, construindo mais de uma figura pública, articulando diferentes bases sociais, permitindo melhor territorialização e atuação parlamentar.

No caso de nós quatro - eu, Vinícius Oliveira, Niely Santos, Daniel de Jesus e Soayan Almeida -, somos militantes ligados às lutas sociais, à cultura e às comunidades de Aracaju.

As decisões serão tomadas por maioria absoluta e com direitos políticos iguais entre os componentes, sem custos adicionais aos cofres públicos.

Nosso mandato coletivo, se eleito, se compromete a compor o gabinete com uma equipe técnica parlamentar e uma equipe de mobilização, articulados por um programa de lutas e propostas legislativas comuns.

Para isso, construiremos um Conselho Consultivo Político (com figuras reconhecidas da lutas, das comunidades e da cidade), que se reuniria a cada bimestre para ouvir as demandas e avaliar o mandato. 

Vamos tentar cativar quem conhece a liberdade sem olhar no dicionário que chega de gente mansa nos representando. É o momento de nos insurgir, de ocupar a caneta para apertar o acelerador dos direitos das comunidades.

Essa bancada está organizada para sermos eleitos, já que o PSOL Aracaju merece eleger seu primeiro mandato ou quem sabe dois. Como flores no asfalto, essa é a bancada comunitária com um pé no parlamento para vocalizar as mãos das ruas!

[*] É jornalista, mestre em Comunicação e Cidade, militante do Movimento Comunitário TUDO para TODOS, filiado ao PSOL e co-candidato da bancada comunitária para a Câmara Municipal de Aracaju.

 

 

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