Aparte
Apoiadores de Bolsonaro acreditam na força do projeto bolsonarista em Sergipe e veem reeleição

Rodrigo Valadares: “Nos comprometemos com Bolsonaro a montar o palanque com partidos aliados”

O bolsonarismo está de luto em Sergipe com a perda de um dos seus pioneiros e mais ferrenhos defensores, o empresário João Tarantella, que morreu no último sábado, 15, após dias internado em virtude de um atropelamento que lhe causou traumatismos cranianos.

Antes mesmo da morte dele, a Coluna Aparte já estava em campo exatamente com essa pauta: como vai o bolsonarismo em Sergipe? Enquanto as pesquisas apontam uma enorme rejeição ao presidente Bolsonaro por aqui, seus apoiadores veem a reeleição dele como um fato. 

E é claro que a lacuna gerada pela morte de Tarantella tem impacto nisso, pois como bem coloca o deputado estadual Rodrigo Valadares, PTB, ele era “um dos maiores nomes da direita no Estado e sempre será lembrado”.

E direita, obviamente, virou um dos sinônimos de Bolsonaro, assim como a esquerda, sinônimo de Lula. “Desde as eleições de 2020, a direita ficou fragmentada em Sergipe, e venho trabalhando desde então para que a gente possa unir os integrantes de direita - aqueles que querem essa união, claro”, diz Rodrigo. 

Segundo ele, já há um diálogo nesse sentido com alguns representantes do movimento direitista no Estado, a exemplo de figuras como o Pastor Antônio, Evaldo Campos, o Coronel Rocha e outros nomes.

“Nos comprometemos com Bolsonaro a montar o palanque com partidos aliados. Nosso desejo é o de ter candidatos a federal e estadual, e a governador se for o interesse do presidente. Estamos aguardando as ordens do capitão”, ressalta Rodrigo. 

Ou seja, o grupo trabalha para dar sustentação à reeleição de Bolsonaro, que, segundo as pesquisas, se depender de Sergipe, não deverá ocorrer. Mas, quanto a isso, o deputado diz estranhar os números, já que, segundo Rodrigo, o presidente arrasta multidões por onde passa. 

“É estranho que Bolsonaro tenha tanta rejeição. Ele está na rua o tempo todo, enquanto o outro candidato, com suposta popularidade, não faz evento no Brasil no meio do povo. Como um é tão rejeitado e está sempre nos braços do povo e o outro é tão amado e não junta meia dúzia de pessoas?”, questiona.

Também procurado pela Coluna Aparte, o coronel Henrique Alves da Rocha, apoiador convicto do Governo Bolsonaro, que também rendeu homenagens a Tarantella, a quem ele considerou “o mais atuante e apoiador de primeira grandeza do presidente”, é bem menos pé no chão do que Rodrigo e é categórico ao afirmar que conseguirão renovar o mandato de direita e conservador do presidente Bolsonaro.

“Firme e forte. Com várias frentes, várias personalidades, vários grupos acreditando e trabalhando para a reeleição de Bolsonaro em 2022. Do litoral ao sertão, com pessoas que não são políticas levando o nome e os avanços do governo Bolsonaro. Nós, de direita, temos o maior ativismo digital espontâneo do Brasil, são pessoas sem ligações político-partidárias com determinação de construir um país melhor para os brasileiros”, justifica coronel Rocha.  

Rocha também criticou os números das pesquisas. “Estas mesmas pesquisas que colocam o ex-presidiário (referindo-se obviamente ao ex-presidente Lula) em primeiro lugar e ele sequer pode sair às ruas. Pesquisa é momento. O Governo Bolsonaro tem feito muito pelo país”, opina.

Assim como Rodrigo, ele diz que “não há um só lugar em solo pátrio ou no estrangeiro que Bolsonaro pise que não forme multidões em apoio a ele”, o que o leva a crer que essa rejeição parece mais “produzida” do que real.

“Na minha visão, o grupo que apoiou o presidente em sua primeira vitória cresceu, e vem crescendo, mas muito há o que fazer, muitos apoios a conquistar, evitar a abstenção, trabalhar ativamente contra a campanha do voto nulo, que já começa a surgir nas mídias sociais”, destaca.  

Segundo o coronel Rocha, com um projeto de direita, a estratégia deve ser conservadora. Por isso, para ele, a chapa bolsonarista em Sergipe deve ser totalmente descolada da do governo estadual. “Em minha visão, são incompatíveis candidaturas da direita em apoio, através de coligados, ao grupo de Belivaldo, Edvaldo, bem como a outros grupos e partidos de esquerda”, reforça. Agora, é aguardar para ver.

 

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