Aparte
Federação dos Municípios de Sergipe vê cenário crítico no pós-pandemia

Jorge Teles: municípios esperam panorama melhor a partir de 2022

Uma das maiores preocupações é com as perspectivas dos municípios para o pós-pandemia. Coordenador técnico da Federação dos Municípios de Sergipe - Fames -, Jorge Teles afirma que não se espera que as cidades voltem à normalidade que existia até dezembro de 2019. 

“Os municípios precisaram aprender a ofertar serviços públicos de outras formas”, diz Jorge Teles. Isso inclui ações como rever a infraestrutura das escolas para oferecer o distanciamento, assim como a oferta do transporte escolar e de máscaras e o treinamento dos profissionais.

Além disso, pondera ele, a própria rede de saúde passou por uma grande transformação nesse período: foi preciso capacitar melhor as equipes para o manuseio dos equipamentos e EPIs necessários e a identificação de síndromes gripais. 

“Houve toda uma mudança de protocolos, foi uma coisa que não tinha como preparar previamente, já que essa é uma crise sem pretendentes. A gestão pública teve que aprender a lidar com ela. Isso se deu na base da tentativa e erro”, avalia Jorge. 

Todo esse cenário, segundo ele, aponta para impactos permanecentes nas finanças públicas. “O Governo do Estado já determinou a prorrogação do pagamento do ICMS das empresas optantes pelo Simples, assim como o governo federal. E isso impacta diretamente no FPM e no ICMS dos municípios, gerando contingenciamento dessas receitas”, acrescenta. 

Segundo Jorge, os municípios esperam que após a vacinação em massa - que ele espera que o país alcance um patamar razoável no segundo semestre - um panorama mais tranquilo a partir de 2022. 

“Com as empresas que fecharam, há a extinção de recursos, que deixam de circular, além da tendência de queda na arrecadação e da necessidade de novos investimentos para adequar a infraestrutura e os serviços públicos a essas novas demandas geradas pela pandemia”, analisa. 

 

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