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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Valberto de Oliveira Lima: “O passado de Propriá não nos move mais”
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Valberto de Oliveira Lima: Luciano tinha plano retrógrado e tentou comprar a eleição

“Eu não quero pensar na belle epoque de Propriá. A belle epoque de Propriá só serviu a mim e a alguns mais velhos do que eu. O passado não nos interessa mais nesse sentido. Não nos move mais. O que Propriá e os propriaenses devem esperar de mim a partir do dia 1º janeiro é muito trabalho. Porque Propriá está morta. Ela é uma cidade à beira de um grande e belo rio, com potencial muito grande para o turismo e para outras tantas coisas”.

É com esse espírito de ação que o prefeito eleito da cidade de Propriá, o médico Valberto de Oliveira Lima, MDB, 63 anos, compromete-se a atuar nos próximos quatro anos enquanto gestor. “O Luciano de Menininha pregava aqui que o projeto político dele era o melhor dos últimos 100 anos. E eu parti para a desconstrução dessa tese absurda dele, com o seguinte o foco: o meu não é o melhor dos últimos 100 anos. O meu projeto é o melhor para os próximos 100 anos. Isso é o que Propriá merece e necessita hoje”, completa Valberto.

Luciano de Menininha é Luciano Nascimento, DEM, 54 anos, comerciante, pecuarista, ex-prefeito e ex-deputado estadual que disputou com Valberto e ficou com 1,54% de votos atrás - foram 7.109, ou 45,86%, contra 6.870, ou 44,32% dos votos válidos. “A luta foi grande. Faltou humildade e inteligência de Luciano de ver que do outro lado tinha um cara que tem uma história de inserção e de atuação social”, diz Valberto de Oliveira Lima.

O médico Valberto acusa o oponente de ter apelado para recursos nada democráticos para tentar ganhar a eleição no tapetão da última hora. “O que Luciano Nascimento comprou de votos do sábado para o domingo foi uma loucura. Eles perderam o senso do que é o ridículo e se dispuseram a comprar voto abertamente. A gente fez uma Operação Zumbi aqui na cidade na noite de sábado. A gente cercou tudo que foi entrada”, afirma Valberto.

“De onde vem a grana? Ele tomou emprestado muito dinheiro aqui. Soube que de um dos apoiadores dele aqui - que se comporta feito um capanga e tem dinheiro -, ele mandou pegar R$ 200 mil em cima da hora. Um dos negócios desse cara é a agiotagem. Luciano tentou torrar R$ 200 mil do sábado para o domingo. Não teve como fazer no todo, porque barramos. Mas mesmo assim se livrou da vergonha de uma derrota maior, quando a pretensão dele era botar três mil votos à minha frente”, afirma.

“Eles chegaram a divulgar aqui na véspera uma pesquisa fake, na qual Luciano estava com 20 pontos de frente, e uma que foi feita poucos dias antes só me dava vantagem de um ponto percentual. Um pontinho. E de fato foi a que bateu. Foi a pesquisa certa. A que atirou no alvo: 293 votos de frente”, diz.

Para Valberto de Oliveira Lima, Propriá não seria feliz com “o melhor projeto dos últimos 100 anos” de Luciano, e nem mesmo necessitaria de algo assim. “A cidade precisa ser reconstruída, sobretudo do ponto de vista do futuro. O que vivemos de bom só serve para relembrar. Os reclamos são outros agora. Eu tenho que focar no que o povo de Propriá, principalmente os jovens, está precisando. E isso chama-se emprego”, diz ele.

“Nós temos um fenômeno aqui em Propriá que precisamos frear bruscamente: os jovens daqui literalmente fogem para trabalhar fora, e não é pouca gente não. Uma das reclamações, um dos pedidos, que nos comoviam no porta a porta das visitas de campanha era das avós e das mães por melhorias para Propriá para que seus netos e filhos retornem. Ou que pelo menos que eles não saiam mais. E eu vou começar por aí”, compromete-se Valberto de Oliveira Lima.

 

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