Aparte
Dirigente jovem do PDT critica polarização e defende maior participação da Juventude na política

Wilhelm Valente: “o resultado do voto personalista e de raiva fez com que Bolsonaro fosse eleito”

Dirigente da Juventude do PDT no município de Aracaju, Wilhelm Marques Valente, estudante de Direito, entende que a participação da juventude na política costuma se intensificar nos momentos de crise, como os de hoje. 

Foi assim com a marcha dos jovens que venceu a ditadura, que levou Fernando Collor de Mello ao impeachment e fez tantas outras mudanças na história do país. E, para Wilhelm Valente, não será diferente agora.

“O que precisamos e precisaremos sempre é de um envolvimento maior, de um comprometimento maior da juventude, porque o objetivo central da política, que é de corrigir as injustiças, passa diretamente pelas nossas mãos”, garante ele. 

Exatamente por isso, Valente afirma que o Diretório Municipal, que já saiu fortalecido da última eleição, quando o partido elegeu três vereadores e o prefeito Edvaldo Nogueira, deve continuar nessa empreitada. 

“A especulação sobre uma possível candidatura de Edvaldo ao Governo é natural, pela forma como ele vem conduzindo a capital, mas ainda é uma especulação. Tenho certeza de que todo o foco do prefeito está na conclusão da imunização dos aracajuanos e que quando tudo isso passar, poderemos sentar e discutir o futuro do Estado com calma e responsabilidade”, pondera. 

Valente explica que o PDT tem duas bandeiras históricas e inerentes ao partido, que são o trabalhismo, estampado na sigla, e a educação, que remonta a época de Darcy Ribeiro, idealizador das escolas de ensino integral no Brasil. 

Com a chegada de Ciro Gomes ao partido, em 2015, o Desenvolvimentismo se tornou o terceiro pilar da sigla. “O PDT se sustenta nesses pilares e no Projeto Nacional de Desenvolvimento, capitaneado por Ciro e composto por segmentos do partido, intelectuais, e segmentos da sociedade civil. Em Aracaju também seguimos esse mesmo “modelo”, fundado num projeto e distante do personalismo que assevera a polarização política”, explica. 

Para ele, essa polarização política que se instalou no Brasil, prejudica não apenas o país, mas também os seus eleitores. “O resultado do voto personalista e de raiva fez com que Bolsonaro fosse eleito, sem um plano, sem projetos, sem um norte para mais de 200 milhões de brasileiros. Já passou do momento de tirarmos um pouco o coração do centro da discussão política e debatermos projetos, como o defendido por Ciro”, opina.

Quanto à eleição local, Valente acredita que não haverá muita influência do cenário nacional, já que as figuras que já se colocam como candidatas são o que ele chama de “carimbadas”. “A insistência em não dialogar, os projetos pessoais de poder e a ambição ao cargo acima dos interesses da população já não têm espaço nesse Estado. Vimos isso em 2018, dois grupos políticos perderam tudo ao insistir demasiadamente nos seus projetos de poder”, relembra. 

 

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