Aparte
Adailton Sousa vê Valmir de Francisquinho “como um tabaréu obcecado pelo trabalho” e bom pra governar Sergipe

Adailton Sousa: “Podem chamar Valmir de Francisquinho de tabaréu. Mas um tabaréu obcecado pelo trabalho”

O prefeito de Itabaiana, Adailton Sousa, PL, está, com razão e todos os méritos, todo prosa com a aprovação dos seis primeiros meses de sua gestão acima de 70% em avaliação de pesquisa. Assim, o sujeito não parou de dar entrevistas aos meios de comunicação desde que o resultado foi tornado público na última sexta-feira, 3. Adailton, naquele jeito meio descabriado dele, está um autêntico pinto no lixo.

Mas, para além de exaltar seus números positivos, em todas as entrevistas que concede Adailton faz questão de reconhecer e chancelar a importância política e administrativa do seu antecessor e principal apoiador, o ex-prefeito de dois mandatos Valmir de Francisquinho, principal nome do PL sergipano.

E faz muito bem em assim agir, pois além da gratidão, Adailton demonstra conhecer bem e, o principal, reconhecer as qualidades e conquistas para a população de Itabaiana nas duas gestões de Valmir, um dos maiores, se não o maior, prefeito daquela cidade e de Sergipe nos últimos anos, como sabiamente os itabaianenses comprovaram nas urnas, elegendo-o e reelegendo-o e, no ano passado, elegendo Adailton o sucessor por ele apontado.

E aqui esta Coluna Aparte faz um recorte bem específico nas falas dadas por Adailton nessas entrevistas. O prefeito de Itabaiana, primeiro, lançou perguntas retóricas, aproveitando uma certa onda que parece querer arrastar Valmir para a disputa ao Governo do Estado ano que vem. “Vão chamar Valmir de tabaréu? Que o governo teria um tabaréu no palácio?”.

Como já havia confirmado anteriormente, ao defender o nome de Valmir para o governo, Adailton expressa opinião pessoal - “no que depender de mim, da minha opinião, Sergipe terá Valmir governador para que ele faça pelo Estado o que fez por Itabaiana, ajustando as finanças estaduais, pagando em dia servidores e fornecedores, e executando um conjunto de obras para entrar para a história”.

Mas quando toca, retoricamente, na questão do “tabaréu no palácio”, o prefeito itabaianense lança luzes sobre um ponto crucial: afinal, qual é o perfil perfeito para um governante? “Sim, Sergipe pode ter um tabaréu no palácio, por que não? Mas um tabaréu obcecado pelo trabalho. E é isso que o Estado e o povo precisam. Trabalho, trabalho e mais trabalho”, afirma Adailton.

O último 8 de julho, Dia da Emancipação Política de Sergipe e quando Adailton acendia esse tema, soou pertinente tocar nesse assunto por uma questão direta: não se trata de se Valmir pode ou não, de se deve ou não, de se consegue ou não ser governador. Isso é firula.

Trata-se da urgência de todos os sergipanos e da própria raça humana se despirem de todos os preconceitos. Afinal, qual seria o problema de um tabaréu governar Sergipe? E seria Valmir o primeiro? E, mesmo, qual é o arco de alcance do substantivo tabaréu?

Os sergipanos estão em vias de eleger um novo governador ou se trataria de um concurso de finesse e fru-frus palacianos? A Coluna Aparte não apoia e nem desapoia uma candidatura de Valmir de Francisquinho a governador. E nem, a essa altura, faltando tantos meses para a eleição, arriscaria um palpite de quem vai ou não vai vencer a disputa do ano que vem.

Mas, cá entre nós, também não vê problema algum em Sergipe ser governado por um tabaréu. Desde que, faça-se valer a ressalva, seja um “tabaréu obcecado pelo trabalho”, como diz Adailton Sousa.

 

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