Fábio Mitidieri: “Sem Belivaldo no PSD, não abriremos mão da vice”
Publicado em 3 de março de 2018, 20:00h
“Mantive a coerência. Não vendi meu voto por emendas”
Quem observa com atenção a movimentação do deputado federal Fábio Mitidieri, PSD, no cenário da política sergipana detecta de cara um certo grau de liberdade. De autonomia no que pensa, no que fala e no que faz. E tudo com uma certa iconoclastia. Uma quase rebeldia.
Apesar disso, Fábio Mitidieri é um político de grupo. Mas não engole calado o que os líderes grupais lhe impõem. É como se houvesse dento dele uma certificação de que o que ele é vale também, e muito, e deve ser respeitado por aqueles que fazem política ao seu lado e se sentem num patamar acima.
Daí que de vez em quando ele atire um tijolo verbal sobre o cocuruto de um ou de outro aliado - o governador Jackson Barreto e o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, já foram contemplados com esses drops.
Mas por trás desse ser ativo e sem fronteira ou papas na língua da política de Sergipe, há em Fábio Mitidieri, 41 anos - ele é de 24 de fevereiro de 1977 -, um camarada contemporizador. Afável, dir-se-ia, se não houvesse incômodo em tratá-lo tão levemente.
“O seu modo direto e sem rodeios de dizer as coisas na cena política mais lhe atrapalha ou mais lhe ajuda?”, provoca-lhe uma das perguntas desta entrevista. Ao que ele responde direto e ao seu modo. “Creio que ocorra um pouco dos dois. Se eu não gosto, falo. Se gosto, falo também. Sinceridade tem um preço, mas sempre escolhi pagar o de ser transparente. Acho que crio uma relação mais próxima com o cidadão”, diz.
E é a partir dessa escolha “pela transparência” que Fábio não esconde conceitos sobre nada. Admite que o PSD está de braços abertos para receber Belivaldo Chagas como filiado e diz que se ele não vir, o PSD vai manter a disputa pela vaga de vice-governador na chapa.
Acha que Jackson Barreto deixa, sim, o Governo para disputar o Senado; reconhece que não levanta petecas para André Moura por causa do Governo Temer, do qual discorda mortalmente; vê como quase uma impossibilidade a de estar ao lado das oposições nesta sucessão e reler sem remorso o rompimento com os Valadares na sucessão de Aracaju em 2016 e bota a culpa frontal nos simãodienses. “Hoje penso que eles sabem que erraram. Foi uma decisão política”, diz.
Em síntese, naquele modão dele, o administrador de Empresas Fábio Mitidieri cunha na paisagem de Sergipe a imagem de um político diferente. Fora da manada. A começar pela sua biografia, onde consta uma saída derrotado de uma campanha de reeleição de vereador em 2012 (apenas 3.518 votos, 997 a menos que a de 2008, quando se elegeu) para em 2014 catapultar-se a Brasília com 83.401 votos, e o terceiro deputado federal mais votado do Estado.
Daquele limão azedo de 2012, Fábio Mitidieri faz hoje uma limonada muito positiva. Doce e filosofal. “Cometi ali muitos erros. Só culpo a mim mesmo. Mas vejo hoje como uma grande lição: comecei como líder nas pesquisas e terminei derrotado. Poderia ter ficado em casa lamentado, culpando o mundo. Mas escolhi admitir meus erros, arregaçar as mangas e correr atrás dos meus sonhos. Me sinto mais completo depois disso. A derrota me ensinou a ser um vitorioso na vida e na política”, diz.
Fábio Mitidieri é o filho primogênito do casal Sônia e Luiz Mitidieri - este, um médico e deputado estadual com uma penca de mandatos e um bom conceito no Estado inteiro. É irmão de Luiz Júnior e de Maisa Mitidieri, a quem o pai escolheu para tentar sucedê-lo no mandato de deputado estadual nas eleições deste ano. Ela está em pré-campanha.
Maisa é uma verdadeira tiete do irmão Fábio. “Adoro ver Fábio falando. Fico babando”, disse ela, ao ler a chamada desta entrevista postada na coluna Aparte deste sábado, 3. “Eu o admiro muito. E o que mais me chama atenção no meu irmão Fábio é o caráter dele. É uma pessoa de princípios e que não tem medo de segui-los e defendê-los”, diz a moça.
Fábio Mitidieri é casado com Érica Mitidieri e é pai de três filhos: Luiz Mitidieri Neto, Ana Célia e Sophia. Ele é o entrevistado de número 57° no segundo ano da série de entrevistas domingueiras do portal JLPolítica. Sem dúvida, vale a pena lê-lo.
JLPolítica - O PSD dá por descartada a filiação de Belivaldo Chagas em seus quadros?
Fábio Mitidieri - O PSD dá como bem encaminhada a filiação de Belivaldo Chagas. Isso é um desejo da grande maioria dos partidos aliados. Belivaldo tem um perfil que combina conosco. É sério, é amigo dos amigos, competente. Tem tudo para dar certo.
JLPolítica - No PSD, no MDB ou em qualquer outra sigla, será uma tarefa fácil levar Belivaldo Chagas até o Governo de Sergipe?
FM - Não existe eleição fácil e, com certeza, essa eleição será duríssima. Mas confiamos no trabalho de Belivaldo. O momento que estamos vivendo vai pesar na escolha popular. Pessoas com o histórico de homem limpo e competente, como ele, terão uma vantagem.
DE BRAÇOS ABERTOS PARA FILIAÇÃO DE BELIVALDO
“O PSD dá como bem encaminhada a filiação de Belivaldo Chagas. Isso é um desejo da grande maioria dos partidos aliados. Belivaldo tem um perfil que combina conosco. É sério”
JLPolítica - Como é o senhor e os demais governistas devem ler as vantagens de intenção de voto que os oposicionistas levam nas pesquisas eleitorais?
FM - Vejo isso com muita naturalidade. Observe que nenhum candidato da oposição supera os 20%. Ou seja, se estamos desagastados, a sociedade demonstra que também rejeita os nomes da oposição. O desgaste é de toda a classe política, por tudo que o país atravessa, como perda de poder aquisitivo, diminuição dos postos de trabalho. Precisamos despertar nas pessoas a esperança de dias melhores.
JLPolítica - O senhor acha que vai ser uma operação política fácil acomodar tantos interesses de candidaturas majoritárias numa única chapa majoritária, como a dos governistas?
FM - Não será fácil, mas também não é um bicho de sete cabeças. A arrumação facilita com a filiação de Belivaldo Chagas ao PSD, o que abrirá mais uma vaga na chapa majoritária. Os outros partidos do agrupamento também têm o direito de pleitear seu espaço, e vamos resolver isso na base do diálogo.
O DESGASTE DE TODA A CLASSE POLÍTICA
“Nenhum candidato da oposição supera os 20%. Ou seja, se estamos desagastados, a sociedade demonstra que também rejeita os nomes da oposição. O desgaste é de toda a classe política”
JLPolítica - Se Belivaldo Chagas não se filiar ao PSD, a vaga de vice-governador deve ser o espaço pleiteado pelo grupo dos senhores?
FM - Caso Belivaldo opte por não filiar-se, o que seria normal, não abriremos mão do espaço da vice. O PSD sabe do seu valor e até por isso está buscando trazer Belivaldo e ampliar o espaço majoritário. Veja bem: não estamos impondo nada, mas, assim como os demais, vamos buscar esse espaço através do diálogo constante. O importante é a preservação da nossa unidade.
JLPolítica - O senhor não considera o pleito de vice-governador, de deputado federal e de deputado estadual, com a sua irmã Maisa Mitidieri, muito espaço político num só grupo para uma só família?
FM - Quem julgará isso é a sociedade, e o que ela decidir a gente acatará. Agora, nós construímos a nossa força e a do nosso agrupamento com muito trabalho, compromisso, ética e dedicação. Aqui, nada nos caiu do céu. Somos uma família com tradição na vida pública. Em tempos de tantos casos de corrupção, temos a honra de termos o nosso nome limpo.
DA ACOMODAÇÃO DE TODOS NA CHAPA
“Não será fácil, mas também não é bicho de sete cabeças. Os outros partidos do agrupamento também têm o direito de pleitear seu espaço, e vamos resolver isso na base do diálogo”
JLPolítica - Mesmo que Jackson Barreto não dispute o Senado, não interessaria mais ao senhor pleitear a vaga de senador?
FM - Estava muito interessado na vaga, mas a demora em se definir fez com que não me organizasse para disputar o Senado. Mas não estou descartando nada. Se o grupo nos der essa missão, vamos sentar e ver as condições.
JLPolítica - Que previsão senhor faz da possibilidade de Jackson disputar ou não o mandato de senador?
FM – Eu prevejo que Jackson Barreto será candidato ao Senado, e será um candidato fortíssimo, mesmo com o desgaste do seu governo. Ele é o líder maior do nosso agrupamento.
FAMÍLIA MITIDIERI NÃO QUER ESPAÇO DEMAIS?
“Quem julgará isso é a sociedade, e o que ela decidir a gente acatará. Agora, nós construímos a nossa força e a do nosso agrupamento com muito trabalho, compromisso, ética e dedicação”
JLPolítica - Quais as chances eleitorais dele?
FM - Voto nele e acredito em sua vitória. Não existe um único político em Sergipe com a história de vida pública dele. Sei que ele está desgastado neste momento, mas a sua vida inteira lhe credencia para esta disputa.
JLPolítica - Quais os motivos que lhe fizeram abrir 2016 apoiando o pré-candidato Valadares Filho à Prefeitura de Aracaju e terminar no apoio ao candidato Edvaldo Nogueira?
FM - A escolha de romper e ir para a oposição foi dos Valadares. Eu continuei onde estava e ainda estou. Sempre disse que minha única condição era não ir para a oposição. Não tenho mágoas. Foi uma decisão política. Hoje penso que eles sabem que erraram.
E MORREU O SONHO DO SENADO?
“Estava muito interessado na vaga, mas a demora em se definir fez com que não me organizasse para disputar o Senado. Mas não estou descartando nada. Se o grupo nos der essa missão...”
JLPolítica - Os espaços que seu grupo ocupa dentro do Governo de Edvaldo Nogueira estão à altura ou aquém do apoio que os senhores deram à campanha dele em 2016?
FM - Eu e Edvaldo temos uma relação excelente, e espero continuar assim. O PSD sempre buscará ajudar sua gestão, seja com esse espaço ou com um maior. O empenho será o mesmo. Sabemos das dificuldades encontradas e queremos ajudar a fazer de Aracaju novamente a capital da qualidade de vida. Acreditamos no trabalho de Edvaldo Nogueira.
JLPolítica - O senhor sente diferença nos tratamentos políticos dados ao seu grupo por Jackson Barreto e Edvaldo Nogueira?
FM - Sinto. Tenho uma relação mais próxima com Edvaldo, talvez por sermos mais amigos, por eu ter sido vereador quando ele era prefeito. Mas não tenho nada a me queixar da relação com JB também. Sempre nos respeitamos. Jackson faz parte da história da política sergipana.
JACKSON BARRETO E A DISPUTA PELO SENADO
“Eu prevejo que Jackson Barreto será candidato ao Senado, e será um candidato fortíssimo, mesmo com o desgaste do seu governo. Ele é o líder maior do nosso agrupamento”
JLPolítica - O senhor acha que Edvaldo excede na recepção política que faz ao deputado federal André Moura?
FM - Eu entendo a necessidade que Edvaldo tem de buscar recursos para Aracaju. Ele está no papel dele. E eu faço o meu de opositor a tudo que esse desgoverno Michel Temer representa. Veja, não tiro o mérito do deputado André Moura em usar sua força em Brasília para buscar recursos para Sergipe. Torço para que se concretize.
JLPolítica - Por que o senhor geralmente está ausente dos eventos que unem Edvaldo Nogueira e André Moura?
FM -Nunca neguei que evito participar de solenidades com André Moura. Não por ele. Nós nos damos bem. Mas pelo governo que ele representa. Ele é a favor do impeachment, da terceirização, das reformas trabalhistas e da Previdência e eu fui contra a tudo isso. Como é que vou pra solenidade com ele bater palmas?
MEMÓRIA DO ROMPIMENTO COM OS VALADARES
“A escolha de romper e ir para a oposição foi dos Valadares. Eu continuei onde estava e ainda estou. Não tenho mágoas. Foi uma decisão política. Hoje penso que eles sabem que erraram”
JLPolítica - O senhor se sentiria bem numa aliança política estadual com seu atual grupo abraçando André Moura?
FM - Existe muito folclore em relação a André e eu. Veja: somos adversários, não somos inimigos. A gente conversa, troca ideias. Mas aliança, muito dificilmente.
JLPolítica - André Moura lhe pede muito voto para os projetos do Governo Temer?
FM - André sempre respeitou meus posicionamentos. Até por isso nos damos bem. Mas se ele pedisse, seria o papel dele e o meu seria o de negar ou de concordar. Nada demais.
EDVALDO NOGUEIRA, O QUERIDINHO
“Eu e Edvaldo temos uma relação excelente, e espero continuar assim. O PSD sempre buscará ajudar sua gestão, seja com esse espaço ou com um maior. O empenho será o mesmo”
JLPolítica - As suas queixas contra o tratamento dado por JB aos seus aliados cessaram substancialmente. Ele passou a atendê-los melhor?
FM - Melhorou o tratamento, mas os problemas continuam. O Estado está passando por um momento difícil, financeiramente falando. Estamos buscando ajudar como podemos, mesmo diante das dificuldades financeiras que o Estado atravessa.
JLPolítica - O senhor ainda vê chances de candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República este ano?
FM - Sou Lula, votaria em Lula, mas acho difícil ele vir a ser candidato. Não acredito que deixarão ele se candidatar. De toda forma, a esquerda deve apresentar candidato. Eu, particularmente, gosto do nome de Ciro Gomes. Ele é uma possibilidade.
O PORQUÊ DAS RESTRIÇÕES A ANDRÉ MOURA
“Nunca neguei que evito participar de solenidades com André Moura. Não por ele. Mas pelo Governo que ele representa. Ele é a favor do impeachment, das reformas. Fui contra a tudo isso”
JLPolítica - O desempenho do seu mandato de deputado federal nestes pouco mais de três anos esteve à altura do que o senhor planejou, ou sente que poderia ter sido melhor?
FM - Sinto que perdemos muito com os processos de impeachment de Dilma Rousseff e com as denúncias contra Michel Temer. Isso prejudicou o andamento normal da Câmara e, consequentemente, de todos os parlamentares. Mas acredito piamente que tenho feito o melhor que posso até aqui. Mantive minha coerência, não cedi às facilidades de Brasília, não vendi meu voto por emendas. Mantive-me onde sempre estive. Isso pra mim não tem enorme valor.
JLPolítica - Incomoda-lhe o estágio de descrédito a que chegou a classe política brasileira?
FM - Chegamos a um ponto que ser político virou sinônimo de coisa ruim. Só conseguiremos mudar isso com a chegada de mais pessoas de bem à política. É através do voto que podemos mudar esse cenário. Acredito que o povo irá acordar e será mais seletivo em suas escolhas.
DA COERÊNCIA DO MANDATO DE DEPUTADO
“Acredito piamente que tenho feito o melhor que posso. Mantive minha coerência. Não cedi às facilidades de Brasília, não vendi meu voto por emendas. Mantive-me onde sempre estive”
JLPolítica - O senhor vê alguma chance de o seu grupo marchar com a oposição na disputa pelo Governo de Sergipe?
FM - Acho muito difícil. Temos posições bem divergentes. Nunca fecho as portas para ninguém, mas estou feliz onde me encontro.
JLPolítica - O seu modo direto e sem rodeios de dizer as coisas na cena política mais lhe atrapalha ou mais lhe ajuda?
FM – Creio que ocorra um pouco dos dois. Se eu não gosto, falo. Se gosto, falo também. Sinceridade tem um preço, mas sempre escolhi pagar o de ser transparente. Acho que crio uma relação mais próxima com o cidadão.
ENTRE OS DEFEITOS E AS VIRTUDES
“Tenho muitos defeitos, mas muitas virtudes. Procuro ouvir a família e aceitar conselhos. Tento ser mais humilde e nunca deixar o poder temporário subir à cabeça. Se conseguir, me dou por feliz”
JLPolítica - O senhor gostaria de ser diferente ou se basta assim mesmo?
FM - Não sou perfeito. Mas quem o é? Tenho muitos defeitos, mas também muitas virtudes. Procuro ouvir minha família e aceitar os conselhos. Tento ser mais humilde e nunca deixar o poder temporário subir à cabeça. Se eu conseguir tudo isso, me dou por feliz.
JLPolítica - Tanta dedicação da família à política não compromete os negócios familiares? A Plamed estaria melhor se 100% da energia dos senhores fosse carreada para ela?
FM - Pois é: a Plamed tem quase 40 anos de vida. Ali é nossa história, é a nossa família. Com certeza, se todos nós estivéssemos focados apenas nos negócios, estaríamos ainda melhores. Mas a verdade é que sou apaixonado pelo que faço. Sou político por vocação. Me orgulho do meu trabalho e tenho a consciência de que o poder sempre estará nas mãos do povo. Ele é quem escolhe seus representantes.
JLPolítica - O senhor teria hoje uma explicação plausível para a sua derrota na disputa pela reeleição de vereador de Aracaju em 2012?
FM - Cometi ali muitos erros. Só culpo a mim mesmo. Mas vejo hoje como uma grande lição: comecei como líder nas pesquisas e terminei derrotado. Poderia ter ficado em casa lamentado, culpando o mundo. Mas escolhi admitir meus erros, arregaçar as mangas e correr atrás dos meus sonhos. Me sinto mais completo depois disso. A derrota me ensinou a ser um vitorioso na vida e na política.
MEMÓRIA DA DERROTA DE VEREADOR
“Cometi ali muitos erros. Só culpo a mim mesmo. Poderia ter ficado em casa lamentado, culpando o mundo. Escolhi arregaçar as mangas e correr atrás dos sonhos. A derrota me ensinou a ser um vitorioso na vida e na política”
Assista: Fábio Mitidieri no impeachment de Dilma
Com os votos favoráveis de 367 deputados, 137 contrários e 7 abstenções, em 17 abril de 2016, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o relatório pró-impeachment e autorizou o Senado Federal a julgar a presidente da República, Dilma Rousseff, por crime de responsabilidade.
O deputado federal Fábio Mitidieri, do PSD de Sergipe, estava entre estes 137 contrários. No vídeo abaixo, você vai recordar como votou cada um dos 8 deputados federais de Sergipe e ver os seus discursos de justificativa.
Confira, assista ao vídeo: