Maisa Mitidieri: “As mulheres precisam ser ouvidas e se envolver com a política”

Entrevista

Jozailto Lima

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Maisa Mitidieri: “As mulheres precisam ser ouvidas e se envolver com a política”

“É um erro grotesco considerar depressão como “besteira” e “frescura””
13 de setembro - 8h00

Se durante esta pandemia algumas pessoas não estão prestando a devida atenção no agravamento dos problemas emocionais, que resvalam para ansiedade, depressão e suicídios, a biomédica, advogada e deputada estadual Maisa Mitidieri, PSD, está.

Maisa Mitidieri, 41 anos, está mais do que atenta. Está promovendo intervenções sensatas e objetivas na esfera do Setembro Amarelo, uma Campanha que ela amarrou na cintura do seu mandato e da sua pessoa física, e faz disso uma missão.

“De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Hoje são crescentes os casos de crianças, jovens e adultos com quadros de ansiedade, depressão, bipolaridade, entre outros transtornos”, constata a parlamentar. 

Cedo, mesmo antes da pandemia, Maisa Mitidieri já entendia que as chamadas instabilidades psíquicas careciam de um olhar mais sensato e intervencionista. Foi daí que, como deputada estadual, ela conseguiu, mesmo num ano atribulado, transformar em obrigatoriedade uma atenção maior à “questão da saúde mental”.

“Ela [a lei] busca orientar, conscientizar, promover palestras na educação básica sobre depressão, bipolaridade e suicídio. O grande problema é que por diversas vezes não são levadas como uma doença e não são procurados tratamentos adequados para isso”, diz ela.

“Na verdade, muitas das vezes não dão a devida importância, deixando para perceber e tratar após muito sofrimento. Sobre a saúde mental, embora seja uma questão de saúde pública, ainda há muito preconceito na sociedade, muitos mitos, muita falta de informação, o que agrava mais ainda essas doenças”, reforça Maisa.

Como presidente da Frente Parlamentar dos Direitos das Mulheres e do PSD Mulher do Estado de Sergipe, este é um outro tema que o mandato de Maisa Mitidieri deu muita atenção neste ano.

“Por estar aqui [na Alese], me dou por muito feliz, pois o número de mulheres aumentou na Alese, mas ainda há uma necessidade de mais mulheres na política”, cobra ela.

Nesta Entrevista, Maisa Mitidieri faz uma espécie de prestação de contas do mandato, diz que o pai, o ex-deputado estadual Luiz Mitidieri, é sua principal referência política e de vida, faz considerações sobre o irmão deputado federal Fábio Mitidieri e considera que Katarina Feitoza, PSD, é excelente escolha para a disputa do mandato de vice-prefeita de Aracaju ao lado de Edvaldo Nogueira, PDT.

Maisa Cruz Mitidieri nasceu no dia 15 outubro de 1978, em Aracaju. Ela é filha de Luiz Antonio Mitidieri e de Sonia Maria Cruz Mitidieri.

Divorciada, ela é mãe de Lucca Mitidieri Huff, de 18 anos, e de Sonia Beatriz Mitidieri Huff, de 17. Ela tem formação acadêmica em Biomedicina pela Unimar - Universidade de Marília, no Estado de São Paulo - e em Direito por uma universidade sergipana. Maisa Mitidieri começou a trabalhar muito cedo nas empresas da família.

Luiz e Maisa, na boa cumplicidade familiar: “Meu maior mentor, o que sempre me orienta, me guia seja em qualquer sentido da minha vida, é o meu pai
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ELO ENTRE OS MANDATOS DOS DOIS MITIDIERI
“Andamos sempre juntos, até porque fomos eleitos para ajudar o povo sergipano. Então unimos forças e esforços para trazer benefício para nosso Estado. Atualmente, Fábio é um dos maiores políticos de Sergipe. Muito nos orgulha e sempre discutimos todos os assuntos e decidimos tudo junto”

JLPolítica - Até onde a senhora acha que vai o projeto de intenções majoritárias de Fábio Mitidieri para 2022?
MM -
Como já dito, Fábio é um nome que vem crescendo a cada dia. Hoje considero-o como um dos grandes nomes da nossa política e que trabalha muito em prol dos sergipanos. Acredito que as pretensões para 2022 serão discutidas na época e no momento certos.

JLPolítica - Como a senhora encara as informações de que ele quer mesmo é ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado?
MM -
Eu sei que Fábio continua trabalhando em benefício do povo sergipano que foi para isso que fomos eleitos. O futuro a Deus pertence.

JLPolítica - Qual é a fotografia que a senhora espera para o PSD depois das eleições municipais deste ano?
MM -
Espero a fotografia de um PSD cada vez mais forte em todo o Estado.

JLPolítica - Neste tempo pandêmico, como a senhora se vira para atender aos aliados Sergipe adentro que disputam eleições de prefeito, vice e vereador?
MM -
Fiquei afastada, de forma remota, pois tenho problemas respiratórios e tenho muito receio. Mas tenho a ajuda de Fábio, que sempre atende pessoas ligadas a mim também. De modo que estamos levando atenção a todos os nossos municípios.

Mandatos de mãos dadas com o irmão Fábio Mitidieri, deputado federal: “Fábio é um nome que vem crescendo a cada dia”

NADA DE “BESTEIRA” E NEM DE “FRESCURA”
“Ainda é um tema complicado para a sociedade. A depressão é considerada por muitos como uma “besteira”, uma “frescura”, ou um fato que logo vai passar. Um erro grotesco pensar assim. Se é assim com a depressão, imagina em relação ao suicídio”

JLPolítica - Há um elo entre os mandatos de Maisa Mitidieri e de Fábio Mitidieri, federal, ou eles andam desgarrados?
MM -
Há um elo sim. Andamos sempre juntos, até porque fomos eleitos para ajudar o povo sergipano. Então unimos as forças e os esforços para trazer e fazer benefício para nosso Estado. Atualmente, Fábio é um dos maiores políticos de Sergipe. Muito nos orgulha e sempre conversamos, discutimos todos os assuntos e decidimos tudo junto.

JLPolítica - O que levou o PSD a concentrar sua indicação para a candidatura a vice de Edvaldo Nogueira na figura de Katarina Feitoza?
MM -
O PSD é um partido grande, forte e com vários possíveis nomes. É normal que alguns dentro do partido tenham as suas preferências, mas em prol da união do partido foi discutida e escolhida a indicação de Katarina Feitoza, uma mulher competente em tudo que faz, uma pessoa carismática, trabalhadora e que nós temos certeza que fará um bom trabalho ao lado de Edvaldo, ajudando a administrar a nossa cidade. O conceito que tenho do nome dela é de que é um dos melhores. Somos mulheres querendo contribuir com a sociedade e vendo na política a melhor maneira. Inclusive Katarina é uma das que defendem a causa do Setembro Amarelo.

JLPolítica - Por que a senhora não avançou no debate em torno do seu próprio nome para vice de Aracaju?
MM -
Porque estou muito satisfeita com o meu primeiro mandato como deputada estadual e acho que ainda tenho muito o que realizar no Poder Legislativo.

JLPolítica - Na sua visão, Jorginho Araújo deve voltar a compor o Executivo com Edvaldo Nogueira?
MM -
Jorginho Araújo é um jovem preparado para o que ele quiser buscar. Ele é uma grande revelação na política, fez excelente trabalho por onde passou. Então o considero qualificado tanto para uma disputa futura quanto para voltar ao posto em que se encontrava antes de desincompatibilizar. Mas nestas eleições ele vai coordenar as ações em favor das nossas candidaturas proporcionais em Aracaju.

Na batalha das frentes de campanha: “Meu pai sempre me disse que política é coisa séria, que precisa ser estudada, analisada e vivenciada”

PARA DESMISTIFICAR E EVITAR O SUICÍDIO
“A Campanha Setembro Amarelo acontece desde 2015 e tem como objetivo conscientizar a prevenção do suicídio, fazendo com que as pessoas tenham coragem de falar sobre o assunto, desmitificando assim o tema”

JLPolítica - A sociedade e as diversas áreas médicas estão preparadas para as questões ligadas à depressão e ao suicídio?
MM -
Ainda é um tema complicado para a sociedade. A depressão é considerada por muitos como uma “besteira”, uma “frescura”, ou um fato que logo vai passar. Um erro grotesco pensar assim. Muitas pessoas ainda relutam em aceitar que depressão é uma doença. Se é assim com a depressão, imagina em relação ao suicídio. As pessoas têm medo de falar. Além disso, ainda há alguns pensamentos injustificáveis de psicólogo e psiquiatra são médicos de doido. Então essa é uma causa pela qual ainda tem muito o que se batalhar junto a sociedade. Em relação a área médica, essa eu considero muito preparada para as presentes questões.

JLPolítica - No seu modo de ver, esta questão é mais grave do que aparece de público?
MM -
Eu diria que sim. Até porque os dados reais não são amplamente divulgados. Existe o preconceito, o medo e, com isso, não há como aferir com precisão a devida proporção. 

JLPolítica - Por que a senhora defende a prorrogação da vigência do último concurso público para servidores da Alese? 
MM -
Devido a pandemia e a retenção de gastos públicos, a convocação dos aprovados pode ter sido prejudicada e a extensão da validade do concurso dará ao presidente da Alese uma nova perspectiva para a convocação e ampliação do quadro de efetivos da casa.

JLPolítica - Luiz Mitidieri se recolheu 100% à vida privada ou ainda atua na política em suporte aos mandatos dos filhos?
MM -
Luiz Mitidieri de fato se afastou da política, reservando-se à vida privada. Mas é claro que ele sempre dá um suporte para os filhos, sendo meu líder e quem sempre me orienta.

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UMA EXTENSÃO DE LUIZ MITIDIERI
“Meu maior mentor, o que sempre me orienta, me guia seja em qualquer sentido da minha vida, é o meu pai. Mas uma coisa é Luiz Mitidieri deputado e a outra é Maisa Mitidieri deputada estadual. Costumo dizer que sou a extensão dele”

JLPolítica - A senhora já nutria preocupação com as questões coletivas ligadas à depressão, ao suicídio, à automutilação ou só veio se apropriar desta temática depois de eleita? 
MM -
Sempre tive interesse nessas questões. Antes mesmo de assumir, já era um tema que me preocupava pelo qual sempre tive a meta de fazer algum projeto acerca. É um assunto que me chama atenção tanto no lado pessoal quanto no político. O número de complicações nessa esfera é alarmante. Os dados demonstram o quanto estão crescendo esses transtornos, porém ainda há muitos preconceitos, medos, falta de políticas públicas sobre essa questão. Precisamos falar mais, desmitificar, entender que pode acontecer com qualquer um, que é real e muitas vezes está bem próximo de nós. Precisamos ajudar essas pessoas e diminuir esses números.

JLPolítica - Até que ponto a Unale, que adota esta mesma bandeira, lhe influenciou na abertura de olhos?
MM -
 Na verdade, eu fico muito feliz que a Unale também adote essa bandeira, pois quanto mais pessoas adotarem, lutarem, mais nós vamos diminuir esses números. Mas na verdade, como disse, esse já era um desejo meu antes mesmo de adentrar na política.

JLPolítica - Mas qual é a real gravidade das doenças de ordem psíquicas sobre a sociedade?
MM -
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Hoje são crescentes os casos de crianças, jovens e adultos com quadros de ansiedade, depressão, bipolaridade, entre outros transtornos. O grande problema é que por diversas vezes não são levadas como uma doença e não são procurados tratamentos adequados para isso. Na verdade, muitos ainda não a consideram como doenças e muitas das vezes não dão a devida importância, deixando para perceber e tratar após muito sofrimento. Sobre a saúde mental, embora seja uma questão de saúde pública, ainda há muito preconceito na sociedade, muitos mitos, muita falta de informação, o que agrava mais ainda essas doenças.

JLPolítica - Qual é o contributo da pandemia do coronavírus no agravamento deste quadro?
MM -
Com o distanciamento social, o isolamento, a ansiedade e a solidão aumentaram muito. O medo e a perda de muitos entes queridos, inclusive próximas, mexeram muito com a mentalidade das pessoas, com a saúde mental de muitos cidadãos. A falta do contato com os amigos, com a família, com o lazer, a forma limitada de viver, agravaram. E a consequência, com certeza, foi o agravamento desse quadro, o que torna mais importante ainda demonstrar que mesmo distante estamos sempre juntos. 

Maisa Mitidieri: “Meu primeiro ano de mandato tem sido de muitas experiências e aprendizados. Acredito que estamos fazendo um bom trabalho”

EXPERIÊNCIAS DO PRIMEIRO ANO DE TRABALHO
“Meu primeiro ano de mandato tem sido de muitas experiências e aprendizados. Acredito que estamos fazendo um bom trabalho, lutando em prol de todos os sergipanos, lutando por algumas causas essenciais”

JLPolítica - Qual é a análise que a senhora faz do primeiro ano do seu mandato? 
Maisa Mitidieri -
Meu primeiro ano de mandato tem sido de muitas experiências e aprendizados. Teve a fase de adaptação, porque embora já acompanhasse meu pai, mas quando se está na linha de frente as coisas se tornam um pouco diferentes. Acredito que estamos fazendo um bom trabalho, lutando em prol de todos os sergipanos, lutando por algumas causas essenciais.

JLPolítica - Quais delas, por exemplo? 
MM -
A do combate à violência contra a mulher, a busca pelos seus direitos, uma vez que sou presidente da Frente Parlamentar dos Direitos das Mulheres, a questão da saúde mental, que tenho como um tema de suma importância e em nome da qual apresentamos um projeto de lei que já foi aprovado e sancionado, tornando-se a lei 8606/2019. Ela busca orientar, conscientizar, promover palestras na educação básica sobre depressão, bipolaridade e suicídio. Buscamos ajudar todos os municípios em todos os órgãos a fim de ter melhorias para nossos cidadãos. Temos várias indicações, moções. Enfim, creio que tem sido um mandato bastante produtivo.

JLPolítica - A pandemia do coronavírus atrapalhou em que grau o desempenho do mandato da senhora e de todo o Poder Legislativa? 
MM -
A pandemia foi e é um problema sério, mudou a vida de todo brasileiro e não seria diferente de nós que fazemos a Alese. Continuamos trabalhando, alguns de forma remota, outros presenciais. Mas buscando ajudar o Governo, os municípios e, enfim, a todos os sergipanos.

JLPolítica - Quais as principais diferenças sentidas entre exercer influência marcante sobre os mandatos do seu pai, Luiz Mitidieri, e de ser a senhora própria a titular do mandato?
MM -
 Há realmente uma certa diferença. Meu maior mentor, o que sempre me orienta, me guia seja em qualquer sentido da minha vida, é o meu pai. Mas uma coisa é Luiz Mitidieri deputado e a outra é Maisa Mitidieri deputada estadual. Costumo dizer que sou a extensão dele, porém sob uma forma de atualização, pois estamos em época diferentes, temos alguns pensamentos diferentes e hoje ele se afastou muito da política e deixou algumas decisões para os filhos.

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É GRAVE SUBESTIMAR AS DOENÇAS PSÍQUICAS
“São crescentes os casos de crianças, jovens e adultos com quadros de ansiedade, depressão, bipolaridade, entre outros transtornos. O grande problema é que por diversas vezes não são levadas como uma doença e não são procurados tratamentos adequados para isso”

JLPolítica - Até que ponto a Lei 8606, de sua autoria, que prevê medidas de prevenções com um olhar público, poderá ou já estaria ajudando?
MM -
Toda forma de prevenção tem relação direta com a educação. Entendo que a educação deve andar junto com a saúde. Suicídio, depressão, ansiedade, bipolaridade, automutilação, transtorno de déficit de atenção, enfim, todos os transtornos mentais, sejam eles o mais simples ou o mais complexos, precisam ser antes de qualquer coisa, conhecidos, diagnosticados e enfrentados. E, lógico, só quem dá o diagnóstico é o profissional da saúde, mas na percepção de que algo está diferente, devemos fazer com que a sociedade, as escolas em especial identifiquem que aquele aluno precisa ser encaminhado para um psicólogo, pois não está com tanta concentração, que muitas vezes se isolou. Enfim, orientar como proceder nesses casos. E indo além disso através de cartilhas, de palestras. Muitas vezes a própria criança, o jovem, se identifica e com isso poderemos aumentar o número de diagnósticos, consequentemente de tratamento e a diminuição nesse número tão alarmante de suicídios que em muitos casos os jovens não chegaram nem a ser diagnosticados quando se trata de um transtorno.

JLPolítica - Que impacto positivo põe em prática sobre esta causa a Campanha Setembro Amarelo que o mandato da senhora desenvolve?
MM -
Contribui muito. Essa campanha só enriquece o meu mandato e mais ainda o meu desejo pessoal de lutar pela vida desses que muitas vezes sofrem calados. Acredito que como agente pública, posso fazer muito mais, e é essa a minha intensão. 

JLPolítica - Em síntese, qual é o formato do Setembro Amarelo?
MM -
A Campanha Setembro Amarelo acontece desde 2015 e tem como objetivo conscientizar a prevenção do suicídio, fazendo com que as pessoas tenham coragem de falar sobre o assunto, desmitificando assim o tema. Foi escolhido o mês de setembro, uma vez que 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

JLPolítica - Mas a senhora tem noção de que a causa demanda campanhas continuadas e persistentes?
MM -
Sim, com certeza. Essa é uma causa que deve ser levada a sério todos os dias, todos os meses. Tanto que na lei sancionada de minha autoria não se limita ao mês de setembro. Como disse acima, setembro é só um mês para intensificar as ações. Mas devemos combater o comportamento suicida rotineiramente. 

Maisa Mitidieri tem a saudável mania de levar a pessoa humana a sério

DA ARTE DE FAZER CAMPANHA SOB PANDEMIA
“Fiquei afastada, de forma remota, pois tenho problemas respiratórios e tenho muito receio. Mas tenho a ajuda de Fábio, que sempre atende pessoas ligadas a mim também. De modo que estamos levando atenção a todos os nossos municípios”

JLPolítica - A senhora se acostumou sem as rotinas da Plamed?  
MM -
A Plamed é uma empresa que está na família Mitidieri há mais de 37 anos e com certeza é especial. Mas tudo tem seu tempo. Quem sempre ficou à frente dela, no entanto, foram meus pais e a minha cunhada.

A trinca Mitidieri – Luiz, Fábio e Maisa: eles têm fama de levar a política ao pé da letra

DO PROJETO DE FÁBIO PARA 2022
“Fábio é um nome que vem crescendo a cada dia. Hoje considero-o como um dos grandes nomes da nossa política e que trabalha muito em prol dos sergipanos. Acredito que as pretensões para 2022 serão discutidas na época e no momento certos”

JLPolítica - A senhora se dá por contente por ser somente uma em apenas mais cinco mulheres num Legislativo Estadual de Sergipe composto por mais 18 homens?
MM -
Por estar aqui, me dou por muito feliz, pois o número de mulheres aumentou na Alese, mas ainda há uma necessidade de mais mulheres na política.

JLPolítica - Há um culpado por haver tão poucas mulheres sergipanas em mandatos eletivos?
MM -
Acredito que existe ainda uma cultura muito machista. Mas cada dia que passa essa nossa luta tem aumentado e mostrado para as mulheres que elas precisam ser ouvidas, precisam falar e precisam se envolver com a política.

JLPolítica - A senhora encontrou meios para dar ao PSD Mulher de Sergipe tempo que esta causa requer e merece?
MM -
Ah, sim, graças a Deus. O PSD é um partido que valoriza muito as mulheres e tenho dado um incentivo e uma assistência especial às mulheres. Temos, inclusive, um grupo de Whatsapp, mas claro que precisamos continuar com esse trabalho, intensificar cada vez mais e incentivar e encorajar as mulheres.

JLPolítica - Quando será que as péssimas condições das estradas estaduais de Sergipe deixarão de ser pauta de indicação de reparos ao Governo por parte de deputados e de deputadas estaduais?
MM -
 Realmente essa é uma demanda de todos, e confio que logo que o governo puder fazer, fará, e será resolvido. Já começaram algumas ordens de serviço e esperamos que comecem a ser realizadas.

Maisa é filha de Luiz Mitidieri e de Sonia Maria Cruz Mitidieri, e mãe de um casal de adolescentes. Aqui, com o irmão Fábio e cunhada Érica
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