Padre Inaldo: “Adotei uma postura do menos falar e do mais fazer”

Entrevista

Jozailto Lima

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Padre Inaldo: “Adotei uma postura do menos falar e do mais fazer”

Publicado em  5  de maio de  2018, 20:00h

“Sabíamos que Socorro se encontrava abandonada”

Ele é tímido e às vezes de pouco diálogo. Mas nem isso o impediu de chegar lá: em apenas 14 anos, Inaldo Luis da Silva, 48 anos, PCdoB, foi de pároco a deputado estadual “pelo” município de Nossa Senhora do Socorro.

Sim, por Socorro, porque toda a vivência desse alagoano de Colônia Leopoldina está circunscrita a essa que é a maior cidade de Sergipe, depois de Aracaju. E esses feitos dele em tão curto espaço de tempo, sem dúvida, têm méritos.

Muitos méritos. Os oponentes até tentam desqualificá-lo, mas o que vale é o extrato obtido por ele em três eleições: Padre Inaldo vai à primeira delas disputando justamente a Prefeitura da cidade com o prefeito Fábio Henrique em 2012 e saiu de lá com 32.835 votos. Ou 43,65% dos votos válidos. Perdeu, obviamente.

Mas isso foi fermento para que dois anos depois ele se elegesse deputado estadual. Teve somente14.510 votos. Mas 9.323 deles vieram dos socorrenses. E esses 14.510 votos de novo foram fermento para que Padre Inaldo obtivesse em 2016, enfim, o mandato de prefeito. Aqui, já com 35.190 votos, ou 73,12% dos válidos.

Ainda pela linha da timidez e do pouco diálogo, pouco se sabe das virtudes da gestão do Padre Inaldo e mais dos problemas que ele enfrentou em Nossa Senhora do Socorro nesses quase 17 meses de Governo. Nesta entrevista ao Portal JLPolítica, no entanto, o padre prefeito abre o peito e diz alto das duas coisas: os problemas e as soluções.

Para começo de conversa, aponta que Fábio Henrique não foi um bom gestor nem nas finanças nem na realização de obras. “Nós recebemos uma dívida de cerca R$ 211 milhões. Uma situação que nos deixou totalmente engessados no primeiro ano de gestão, até porque parte dessa dívida tivemos que negociar e pagar”, diz ele.

“Fábio Henrique e os aliados dele dizem que a sua administração se limitou a inaugurar obras que a então gestão dele deixou iniciadas. Isso procede?”, cutuca-lhe o JLPolítica. “As obras são do município e a gestão dele não teve nem a capacidade para tocá-las. Por exemplo, havia esse projeto de construção de creches no município que estava paralisado. Essas obras não saíram do papel de jeito nenhum”, responde o padre prefeito.

“Em apenas um ano de gestão, resolvemos o problema delas - rescindimos o contrato com a empresa antiga, licitamos uma nova construtora, demos a ordem de serviço, iniciamos as obras e já vamos concluir e entregar à população quatro novas creches”, completa.

Segundo Padre Inaldo, além de equacionar as dívidas passadas, a sua gestão deu aumento aos servidores, fez obras e comprou uma série de veículos para atender às demandas da administração municipal.

“Nesse quase um ano e meio de gestão, enfrentamos muitos desafios e realizamos grandes feitos em benefício do povo de Socorro. Começamos 2018 com o pé direito, colocando em prática projetos importantes para garantir a qualidade de vida do povo socorrense”, pontua.

“Graças à contenção de despesas, a Prefeitura conseguiu garantir ainda a renovação da frota de veículos com a aquisição de seis novas ambulâncias com recursos próprios e 24 carros para realização dos serviços administrativos. Ao todo, 31 veículos novos passaram a reforçar a frota municipal no último ano”, aprofunda o prefeito.

Nesta entrevista, Padre Inaldo diz que não tratou de apoio na sucessão estadual a nenhum grupo político, revela não saber em quem votará para deputado federal e nem estadual, mas deixa claro que não ficará, obviamente, à margem do processo.

Inaldo Luis da Silva é o filho primeiro do casal Cícera e José Luís. Ele teve uma infância humilde juntamente com seis irmãos na cidade de Colônia Leopoldina, em Alagoas, onde nasceu no dia 3 de setembro de 1969. Seu lado político vem da Igreja.

HERANÇA DA GESTÃO DE FÁBIO HENRIQUE
“Nós recebemos uma dívida de cerca R$ 211 milhões. Uma situação que nos deixou totalmente engessados no primeiro ano de gestão, até porque parte dessa dívida tivemos que negociar e pagar”

Deixou a batina, mas não deixou o batismo: segue católico praticante
Nasceu na cidade de Colônia Leopoldina, em Alagoas, no dia 3 de setembro de 1969

“COMEÇAMOS 2018 COM O PÉ DIREITO”
“Nesse quase um ano e meio de gestão, enfrentamos muitos desafios e realizamos grandes feitos em benefício do povo de Nossa Senhora do Socorro. Começamos 2018 com o pé direito”

JLPolítica - Qual foi a herança que o senhor recebeu da gestão do prefeito Fábio Henrique?
Padre Inaldo -
Nós recebemos uma dívida de cerca R$ 211 milhões. Uma situação que nos deixou totalmente engessados no primeiro ano de gestão, até porque parte dessa dívida tivemos que negociar e pagar.

JLPolítica - Qual o balanço que o senhor faz deste ano e meio da sua gestão?
PI -
Muito positivo. Nesse quase um ano e meio de gestão, enfrentamos muitos desafios e realizamos grandes feitos em benefício do povo de Nossa Senhora do Socorro. Começamos 2018 com o pé direito, colocando em prática projetos importantes para garantir a qualidade de vida do povo socorrense. A nossa principal meta é servir a população da melhor maneira possível, trabalhando com as Secretarias para desenvolver ações que tragam melhorias e benefícios efetivos para os cidadãos. Trabalho esse que foi o nosso foco desde o primeiro dia de gestão e que nos garantiu a possibilidade de realizar tanto pelo povo socorrense, a exemplo da reforma da Unidade de Básica de Saúde e do Centro de Especialidades Odontológicas Mugival Messias Santos, que entregamos à população no último mês de fevereiro.

JLPolítica - Mas os recursos estiveram à altura das necessidades do município?
PI -
Não. Aliás, o principal desafio que precisamos vencer, com criatividade e trabalho, foi exatamente o da queda dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios, o FPM, e garantir o pagamento das dívidas herdadas pela cidade, para que possamos nos dedicar cada vez mais à saúde, ao saneamento básico, educação e assistência social. Mas, mesmo com todos os problemas, conseguimos garantir o pagamento do piso dos professores, o reajuste de 7,58% para os servidores, a manutenção dos pagamentos rigorosamente dentro do mês, o pagamento do 13º salário, além da atualização salarial dos médicos do município e a execução de obras e serviços no município. Ou seja, nosso primeiro ano de gestão foi realizado de forma que pudéssemos arrumar a casa.

Fala pouco, mais diz ter recebido Socorro abandonada

DESAFIO DA QUEDA DOS REPASSES DO FPM
“O principal desafio que precisamos vencer, com criatividade e trabalho, foi exatamente o da queda dos repasses do FPM, e garantir o pagamento das dívidas herdadas pela cidade”

JLPolítica - Mas foi necessário cortar gastos?
PI -
Cortar despesas foi uma prioridade, e o maior exemplo disso foram as medidas de economicidade adotadas pela Secretaria Municipal dos Transportes - Semtran -, que reduziu em mais de R$ 2,4 milhões os custos com transporte no município.

JLPolítica - Em que esferas?
PI -
Só com o combustível, conseguimos economizar mais de 45% em comparação ao ano de 2016. Seguindo o princípio da economicidade, a Semtran traçou metas no sentido de diluir as despesas, sempre priorizando a equação custo-benefício descrita no plano de ação iniciado em 2017. Em um ano, no comparativo de despesas, relacionadas aos exercícios de 2016 e 2017 quanto a combustível, serviços e aquisição de peças, observa-se uma economia de R$ 3,2 milhões. Ou seja, em 2016 o valor gasto neste setor foi de R$ 6,98 milhões; já em 2017, caiu para R$ 3,74 milhões.

JLPolítica - Deu para mexer na frota municipal de veículos?
PI -
Sim. Graças à contenção de despesas, a Prefeitura conseguiu garantir ainda a renovação da frota de veículos com a aquisição de seis novas ambulâncias, adquiridas com recursos próprios, e 24 carros para realização dos serviços administrativos. Ao todo, 31 veículos novos passaram a reforçar a frota municipal no último ano, oferecendo à população socorrense melhores condições de atendimento, além de trazer mais dignidade no dia a dia de trabalho dos próprios servidores municipais.

É do PCdoB e nele chegou a prefeitura de Nossa Senhora do Socorro

“NÃO PENSEI SER MAIS FÁCIL GERIR SOCORRO”
“Sabíamos que a situação em que Socorro se encontrava era de abandono e complicada
. Apesar de termos controlado as coisas, ainda é um grande desafio estar à frente da Prefeitura” 

JLPolítica - Depois desses 17 meses, o senhor conclui que teria pensado ser mais fácil gerir Nossa Senhora do Socorro?
PI -
Não, de jeito nenhum. Nós sabíamos que a situação em que Socorro se encontrava era de abandono e bastante complicada. Eu, enquanto morador do município há quase 20 anos, sei bem quais os problemas da cidade. Sempre acompanhei tudo de perto. Hoje, apesar de termos controlado as coisas em Socorro, ainda é um grande desafio estar à frente da Prefeitura da cidade.

JLPolítica - Como é que foi a sua relação com o Governo do Estado sob Jackson Barreto nestes primeiros momentos?
PI -
Foi boa. Sempre tivemos o governador Jackson como um aliado. É claro que esperávamos mais benfeitorias para Socorro durante o tempo em que ele esteve no Governo e eu na Prefeitura, o que não foi possível. Mas também temos a compreensão de que a crise atrapalhou bastante.

JLPolítica - É possível tocar Nossa Senhora do Socorro sem um apoio amplo e irrestrito do Governo do Estado?
PI -
É muito difícil, apesar de estarmos tocando muitos projetos com recursos próprios. Por exemplo, conseguimos comprar ainda no primeiro ano de gestão as seis novas ambulâncias com recursos próprios de que falei há pouco; também com nosso próprio dinheiro, conseguimos dar contrapartida para diversas obras (como as das creches) e reformar unidades escolares e de saúde. Mas, de qualquer forma, é muito importante e necessário atuarmos em parceria com o Estado e a União.

E para 2018, ainda não fechou apoio a ninguém

RENOVAÇÃO DA FROTA DE VEÍCULOS
“Graças à contenção de despesas, a Prefeitura garantiu a renovação da frota de veículos com a aquisição de seis ambulâncias com recursos próprios e 24 carros para os serviços administrativos”

JLPolítica – E na esfera de obras, Socorro teve algo a contar nesses 17 meses?
PI -
Teve e tem. Graças aos esforços da gestão, também foram retomadas as construções de três creches no município, serviço que beneficiará centenas de cidadãos, e que estavam paradas. A assinatura das autorizações foi realizada no último mês de janeiro, e contemplará as demandas existentes nos Conjuntos Marcos Freire II e III, no Mutirão dos Conjuntos João Alves e Fernando Collor. Outra importante melhoria ofertada à população socorrense é a construção de 75 novos abrigos de ônibus. 

JLPolítica - A cidade estava carentes de novos abrigos?
PI -
A iniciativa de substituir os abrigos se deu em virtude da necessidade enxergada por nossa administração em oferecer estrutura mais adequada e confortável aos cidadãos que utilizam o transporte público, gerando acessibilidade e mobilidade para população. A obra está orçada em R$ 488 mil, e o projeto arquitetônico primou pela acessibilidade. Estamos também em fase de conclusão das obras de construção da primeira Unidade de Pronto Atendimento do município que funcionará no Conjunto Jardim. É uma obra de grande importância para a população. Pronta, essa unidade beneficiará uma média 50 mil cidadãos residentes nessa localidade, além de no Parque dos Faróis e dos povoados Bita, Oiteiros, Lavandeira e Quissamã, funcionando 24 horas, com médicos, enfermeiros e todo atendimento de primeiros socorros. Essas são apenas algumas benfeitorias das tantas que a nossa gestão está realizando.

JLPolítica - Fábio Henrique e os aliados dele dizem que a sua administração se limitou a inaugurar obras que a então gestão dele deixou iniciadas. Isso procede?
PI -
As obras são do município e a gestão dele não teve nem a capacidade para tocar. Por exemplo, havia esse projeto de construção de creches no município que estava paralisado. Essas obras não saíram do papel de jeito nenhum. Em apenas um ano de gestão, resolvemos o problema delas - rescindimos o contrato com a empresa antiga, licitamos uma nova construtora, demos a ordem de serviço, iniciamos as obras e já vamos concluir e entregar à população quatro novas creches. A mesma coisa eu digo da UPA que fica no Conjunto Jardim: a ordem de serviço desta obra foi dada em março de 2014. Quando chegamos na Prefeitura em 2017 havia sido executada apenas 6% e estava paralisada. Eles estavam arrastando e não deram importância para a obra. Em apenas um ano avançamos a obra e já está 95% concluída. No início do segundo semestre vamos inaugurá-la. Esses são apenas os exemplos mais claros da situação. Mas há outros piores.

Mas, como o camarada Edvaldo Nogueira, não se constrange em bater nas portas dos gabinetes do Governo Temer com o líder André Moura

JACKSON FOI UM ALIADO, MAS TEVE A CRISE
“Sempre tivemos Jackson como aliado. Claro que esperávamos mais benfeitorias durante o tempo em que esteve no Governo, o que não foi possível. Temos a compreensão de que a crise atrapalhou”

JLPolítica - O seu governo tem sido propositivo na apresentação de pleitos e projetos aos Governos do Estado e da União?
PI -
Sim. Na verdade, nós temos muitos projetos já prontos e estamos lutando para que os recursos venham e nós possamos tirar eles do papel. Eu mesmo tenho ido regularmente à Brasília e conversado nos diversos Ministérios.

JLPolítica - O senhor espera ter melhor tratamento da parte de Belivaldo Chagas na comparação com o que teve de Jackson Barreto?
PI -
Não reclamo do tratamento de Jackson Barreto, mas quanto mais bem tratado formos pelo Governo, melhor para Nossa Senhora do Socorro, porque o nosso objetivo com a parceria é trazer investimentos e obras para o município.  

JLPolítica - Qual é a explicação para a adoção de uma postura tão calada e tímida como a sua enquanto chefe do Executivo da segunda maior cidade de Sergipe?
PI -
Não existe postura tímida. Foi apenas a adoção de uma postura do menos falar e do mais fazer. No primeiro ano de Governo eu estava preocupado demais e agindo no sentido de desembaraçar os nós que haviam em Socorro.

Em 2014, sobretudo pelos braços de povo de Socorro, conquistou uma das 24 cadeiras da Alese

“TRATAMENTO DA PARTE DE BELIVALDO”
“Quanto mais bem tratado formos pelo Governo, melhor para Nossa Senhora do Socorro, porque o nosso objetivo com a parceria é trazer investimentos e obras para o município”  

JLPolítica - E por que o senhor concedeu tão poucas entrevistas até agora?
PI -
No início da gestão nós concedemos bastante entrevista. Logo depois ficamos debruçados em, como eu falei, resolver os problemas que existiam em Socorro. Já no final do ano, fomos novamente à mídia para informar como encontramos a Prefeitura, o que havíamos feito e o que já conseguimos resolver. Para o Portal JLPolítica mesmo concedi uma breve entrevista que foi muito importante. Também estivemos nas TVs e rádios. Tenho muito respeito pela imprensa e confio muito no trabalho dela.

JLPolítica - Em 2017 e 2018, Socorro foi contemplada com alguma emenda significativa para obras ou serviços?
PI -
Tenho desde 2016, logo após o fim a eleição, lutado para que Socorro seja contemplada com recursos de emendas parlamentares. Em 2017, lutamos por uma emenda coletiva impositiva. Para 2018, nós já conquistamos duas emendas coletivas: uma de R$ 5,6 milhões para infraestrutura urbana e outra de R$ 5 milhões para a saúde. Conseguimos também emendas individuais, para pavimentação de vias e para melhoria dos serviços de saúde. Somando, temos cerca de R$ 15 milhões. A nossa luta agora é conseguir liberar estes recursos. Estamos empenhados nisso.

JLPolítica - Prefeito, qual é a previsão orçamentária do município de Socorro para o exercício de 2018, e isso é o suficiente para realizar o quê?
PI -
O nosso orçamento para 2018 é de R$ 266,5 milhões. Infelizmente, nosso município não tem uma capacidade de arrecadação que consiga atender às nossas reais demandas. Para você ter uma ideia, o orçamento de Aracaju é nove vezes maior que o nosso, enquanto que a população da capital é somente três vezes maior. Mesmo assim, nós temos feito esforços no sentindo de reduzir gastos e garantir investimentos como os que eu já citei.

Em 2016, a militância comunista e o povo o fez chegar a prefeitura de Socorro

NÃO FOI UM CALADO POR TIMIDEZ
“No início, concedemos bastante entrevista. Depois ficamos debruçados em problemas que existiam. No final do ano, fomos à mídia informar como encontramos a Prefeitura, o que havíamos feito e o que resolvemos”

JLPolítica - Quanto monetariamente o município espera arrecadar com o IPTU de 2018?
PI -
No orçamento de 2018 está prevista uma arrecadação de R$ 5,5 milhões. Porém, estamos construindo e atualizando nosso cadastro imobiliário e temos como meta aumentar o que foi previsto e chegar a arrecadar até R$ 12 milhões com o imposto.

JLPolítica - Qual foi o desempenho dos pagantes até agora?
PI -
Até o momento podemos verificar uma grande aceitação dos contribuintes, visto que eles têm comparecido ao setor tributário ou solicitado por meios eletrônicos a guia para pagamento.

JLPolítica - Até que ponto as lideranças do PCdoB no Estado de Sergipe lhe ajudam na resolução dos problemas de Socorro?
PI -
Nós temos um quadro de lideranças do nosso partido muito qualificado em Sergipe. Eles, sem sombra de dúvidas, são muito importantes. Conversamos bastante e regularmente.

O seu partido administra apenas duas cidades: Aracaju e Socorro. Mas é o suficiente para ser o partido que toca os destinos da maior parcela da população sergipana

EM BUSCA DE EMENDAS PARLAMENTARES
“Tenho, desde 2016, lutado para que Socorro seja contemplada com recursos de emendas. Somando, temos cerca de R$ 15 milhões. Nossa luta agora é conseguir liberar. Estamos empenhados nisso”

JLPolítica - O senhor não acha que falta uma maior unidade dos quatro municípios da Grande Aracaju no enfrentamento aos problemas comuns dos seus habitantes, como transporte, saúde e segurança?
PI -
Não vejo assim. Acredito, inclusive, que temos uma boa parceria e tentamos sempre resolver os problemas desta que é a região mais populosa do Estado. Inclusive, atualmente, nós, os quatro prefeitos da região, estamos numa conversa muito importante sobre o Consórcio Metropolitano de Transportes da Grande Aracaju. Além dessa, outras questões são sempre debatidas entre nós.

JLPolítica - Eleitoralmente, qual vai ser a opção de prefeito Inaldo neste ano? O senhor vai com os governistas ou com os oposicionistas?
PI -
Há muitas conversas ainda a serem realizadas. Confesso que a minha total preocupação ainda é com a administração do município de Nossa Senhora do Socorro. Sobre as arrumações políticas, estamos conversando e vamos nos posicionar na hora certa no lado que for melhor para Socorro.

JLPolítica - No Governo do Estado, que lhe tem como aliado, há queixas de que o senhor tem frequentado eventos do lado da pré-candidatura de Eduardo Amorim. Isso procede?
PI -
Não procede. Certa ocasião eu fui convidado pelo deputado federal André Moura para prestigiar um ato. Só foi isso. O que não significa que eu tenha optado por qualquer lado.

\"Começamos 2018 com o pé direito\", aposta

ORÇAMENTO BEM AQUÉM DAS NECESSIDADES
Nosso orçamento para 2018 é de R$ 266,5 milhões. Para ter uma ideia, o de Aracaju é nove vezes maior que o nosso, enquanto que a população da capital é somente três vezes maior”

JLPolítica - Jackson Barreto, ou Belivaldo Chagas, já lhe convidou para discutir política eleitoral?
PI -
Já conversamos muito sobre política. Porém, quando estamos juntos, o assunto que mais faço questão de tocar é sobre os investimentos para Nossa Senhora do Socorro.

JLPolítica - Maria do Carmo Paiva vai ser sua candidata a deputada estadual ou não?
PI –
Não, e nem sequer existe mais esta possibilidade, já que o período para desincompatibilização já acabou e ela continua sendo nossa secretária de Assistência Social. Inclusive, ela vem fazendo um trabalho excepcional à frente da pasta.

JLPolítica – Mas a quem o senhor vai apoiar para Alese?
PI -
O nosso grupo está conversando sobre o tema para adotar a definição de um nome e na hora certa anunciaremos.

“Nós recebemos uma dívida de cerca R$ 211 milhões\", reclama da gestão de Fábio Henrique, seu antecessor

UNIDADE DOS GESTORES DA GRANDE ARACAJU
“Temos uma boa parceria e tentamos sempre resolver problemas desta que é a região mais populosa. Estamos numa conversa muito importante sobre o Consórcio Metropolitano de Transportes da Grande Aracaju”

JLPolítica - Em quem o senhor pretende votar para deputado federal?
PI -
Ainda não há definição sobre isto. Estamos conversando.

JLPolítica - O casal Fábio Henrique e Sílvia Fontes tem alguma ação de atrapalho à sua gestão?
PI - Cada um para o seu lado. Eles lá e eu cá.

Conta que vai entregar quatro creches, obra que, segundo ele, Fábio não teve a capacidade de tocar
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