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Por Ascom | 21 de Out de 2017, 19h40
Aracaju é a segunda capital do país em redução de gastos
O índice total de redução em Aracaju chega a -20,50%
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Aracaju é a segunda capital do país em redução de gastos

Prefeito Edvaldo Nogueira

No atual cenário financeiro pelo qual passa o país, estados e municípios convivem, diariamente, com a árdua tarefa de "esticar" os recursos ao máximo, exatamente como faz uma dona de casa na hora de administrar o orçamento. É um tal de negociar aqui, cortar gastos ali, tudo para que ao final do mês as contas estejam pagas e, na melhor das hipóteses, sobre um dinheirinho em caixa. Quando isso acontece, seja a chefe familiar ou o gestor público, pode dizer que cumpriu o dever de casa. 

Tem sido assim na Prefeitura de Aracaju. Depois de receber a administração com total desequilíbrio das finanças, o prefeito Edvaldo Nogueira determinou a redução de todos os gastos possíveis. O resultado? "A capital é a primeira do Nordeste e a segunda do país a diminuir as despesas correntes, levando-se em conta os dados consolidados referentes ao terceiro bimestre de 2017, comparando com o mesmo período do ano anterior", informa o secretário da Fazenda, Jeferson Passos. 

De acordo com o sistema de Finanças Brasileiras da Secretaria do Tesouro Nacional (Finbra), o índice total de redução em Aracaju chega a -20,50%, ficando atrás somente da cidade de Porto Velho, que atingiu a marca de -23,27%.  "As despesas correntes são aquelas realizadas para custear o funcionamento das secretarias. Ou seja, o corte feito não influenciou no andamento dos serviços ofertados à população, mas foi fruto de um contingenciamento que identificou e reduziu gastos considerados desnecessários ou feitos em excesso. Uma prioridade da política financeira desta gestão", enfatizou o secretário. 

Corte no custeio

O controle e a melhor alocação de recursos para a efetivação dos gastos no município continuam sendo feitos de forma bastante efetiva. Para se ter ideia, nos últimos noves meses do ano, a prefeitura atingiu uma redução das despesas correntes ligadas ao custeio da ordem de R$ 49 milhões - nesta conta não estão computadas as despesas com pessoal -, de onde se pode destacar alguns exemplos que demonstram claramente como este controle vem sendo efetivado. "Computamos reduções bastante expressivas em diárias pagas, cerca de R$ 400 mil (o equivalente a 67% de economia);  materiais de consumo, onde ressaltamos o corte de R$ 2,6 milhões (55%), dentre esses R$ 409 mil em combustíveis (27%); diminuição de R$ 343 mil em passagens e despesas com locomoção (67%), R$ 1,8 milhão em serviços contratados de pessoas físicas (37%), onde se inclui a economia de R$ 386 mil em locação de imóveis (26%) e R$ 773 mil em estagiários (31% a menos que no mesmo período do ano passado)", detalha Jeferson Passos. 

O gestor comenta, ainda, a redução na parte de contratação de pessoa jurídica, onde a Prefeitura de Aracaju economizou R$ 18,655 milhões neste ano (42%). "Neste seguimento, destacamos a locação de equipamentos e bens móveis, como veículos e computadores, onde reduziu-se R$ 1,8 milhão (39%), serviço de energia elétrica, economia de R$ 5 milhões (32%), R$ 3,650 milhões reduzidos em cachês para apresentação artística ( 99%), R$ 4 milhões em serviços de Publicidade e Propaganda (70%) e R$ 685 mil em serviços de telecomunicações (28% de economia)". 

Dívidas herdadas 

Esses números mostram que, aos poucos, a administração de Edvaldo Nogueira vem conseguindo reequilibrar as contas. No entanto, é importante ressaltar que o recurso proveniente desta economia tem sido usado, como esclarece o secretário da Fazenda, para continuar quitando as dívidas herdadas pela gestão anterior. "A retomada dos investimentos que vem ocorrendo é fruto de recursos já captados por convênios e operações de crédito com o Governo Federal, pois quase que a totalidade do valor economizado é direcionado para o pagamento dos débitos deixados pela antiga administração", pondera. 

Ainda segundo ele, os efeitos destas dívidas serão sentidos, muito provavelmente, pelos próximos quatro anos. "Inclusive, este é o prazo que nós temos parcelado as dívidas com fornecedores", complementa Jeferson Passos, enfatizando que não há recursos disponíveis para expansão de serviços. "A relação de normalização no pagamento dos salários dos servidores e de negociação com os fornecedores é fruto deste contingenciamento. No futuro, teremos a retomada do equilíbrio, mas o nível de dificuldade continua elevado", alerta.

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