Eleições 2020
Por | 19 de Out de 2020, 10h45
Delegado Paulo Márcio rompe com o presidente do DC e mantém candidatura
Ele acusa os presidentes estadual e municipal  Airton Costa e Giovanna Rocha, marido e mulher, de "relapsos e desinteressados"
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Delegado Paulo Márcio rompe com o presidente do DC e mantém candidatura

Paulo Márcio: perigos de partido familiar

O candidato a prefeito de Aracaju pelo Democracia Cristã, Paulo Márcio, rompe com as direções das Executivas Municipal e Estadual do Partido.

Paulo Márcio acusa os presidentes estadual e municipal  Airton Costa e Giovanna Rocha, marido e mulher, de "relapsos e desinteressados" diante das necessidades dele enquanto candidato. 

Paulo Márcio sempre teve restrições ao modo narcisista de Airton tocar o partido em Sergipe.Veja a seguir as razões de Paulo Márcio na Nota Pública a seguir.

"Prezado(a) aracajuano(a),

Como todos sabem, estou disputando a Prefeitura Municipal de Aracaju pela Democracia Cristã (DC), partido presidido no município de Aracaju e no Estado de Sergipe por Giovanna Rocha e Airton Costa, respectivamente. 

Não é segredo que venho fazendo, até aqui, uma campanha franciscana, modesta, todavia bastante respeitada e reconhecida. Tanto isso é verdade que nas sondagens realizadas até o mês de agosto, sempre figurei entre os cinco primeiros colocados. 

Mas estávamos cientes de que, com o início do período eleitoral, teríamos dificuldades adicionais decorrentes da falta de participação no horário eleitoral gratuito de rádio e televisão. Daí a nossa estratégia, chancelada pelo partido (leia-se presidentes estadual e municipal de Aracaju) de intensificar nossa campanha nas ruas e redes sociais.

Lamentavelmente, na hora em que os candidatos a prefeito e vereador mais precisaram, os dirigentes partidários mostraram-se relapsos, desinteressados e totalmente descomprometidos com o projeto coletivo. 

Indicada pelo esposo para coordenar a campanha majoritária, a presidente do diretório municipal de Aracaju, Giovanna Rocha, mostrou-se inapta até para a simples tarefa de organizar um cronograma, além de ter pecado no dever de providenciar o material gráfico e de comunicação visual, entregue no 15° dia campanha com erros de impressão. 

Dos recursos destinados para Sergipe a título de fundo eleitoral, um terço foi gasto apenas com assessoria contábil. Em razão dessa decisão estranha e polêmica, o partido forneceu apenas cinco mil santinhos para os candidatos a vereador e vinte mil santinhos para a chapa majoritária, além de alguns adesivos em formato circular de péssima qualidade.

Não foram disponibilizados carro de som, bandeiras, praguinhas, pragões, adesivos vaquejada, perfurados ou quaisquer materiais imprescindíveis para uma disputa eleitoral, deixando muda e sem brilho a campanha de rua. 

Também não foram contratados profissionais como assessor de imprensa, fotógrafo, publicitário, gerenciador de tráfego na internet, editor de vídeo, etc. Mas gastou-se um terço dos recursos com assessoria contábil, como que para confirmar aquele ditado segundo o qual, na nossa campanha, é o rabo que balança o cachorro. 

Cobrado pelos candidatos a vereador por recursos e material de campanha, o presidente Airton Costa teve o desplante de orientá-los a pedir ajuda financeira a mim, sob a justificativa de que eu percebo um bom salário e, na condição de candidato a prefeito, teria a obrigação de ajudar financeiramente os candidatos ao cargo de vereador.

Mostrando uma total falta de respeito não só a mim como ao próprio partido que preside, no dia 23 de setembro próximo passado, isto é, a menos de 5 dias do início da campanha eleitoral, Airton Costa me ligou dizendo ter sido sondado por um candidato a vereador pelo PDT sobre um eventual apoio do nosso grupo a Edvaldo Nogueira no segundo turno.

Eu lhe respondi que aquela conversa não só era descabida e inoportuna, pois o primeiro turno sequer havia iniciado, como totalmente desrespeitosa, pois mostrava desapareço e menoscabo pela nossa candidatura. O presidente insistiu no assunto, alegando a necessidade de uma estrutura para o partido em um eventual segundo mandato de Edvaldo, mas eu pedi para encerrarmos a conversa e cuidarmos do nosso próprio projeto. 

Não sei se foi a minha sinceridade e clareza ao reduzir a zero as chances de qualquer acordo com Edvaldo que fez o partido abandonar minha campanha, que   segue lastreada no apoio da família e dos amigos, principalmente os bolsonaristas de Aracaju, que têm se mostrado os mais fiéis, solidários e esperançosos entre todos os apoiadores. 

Foi por isso que, na noite deste domingo, 19, ao tentar pela enésima vez afastar da minha campanha uma crítica e combativa 
bolsonarista, eu tive que fazer uma escolha: entre a cúpula do partido e meus apoiadores bolsonaristas, optei pelos segundos, não cedendo às chantagens e ameaças do presidente Airton Costa, que, inconformado, disse-me que doravante o partido estará oficialmente fora de minha campanha e não fornecerá nenhum material gráfico. Uma piada, tendo em vista a sabotagem de há muito percebida até pelos mais  ingênuos. 

Alheio a chantagens, ameacas e sabotagens, seguirei firme em minha candidatura, com o apoio dos mototaxistas, policiais civis e militares, empresários, comerciários, professores, profissionais da saúde, desportistas, servidores públicos, aposentados e pensionistas, católicos e evangélicos e dos movimentos bolsonaristas autênticos. 

Se quiserem me derrotar no tapetão, fiquem absolutamente à vontade. Mas lembrem-se da frase do moleiro de Sans-Souci, endereçada ao déspota esclarecido Frederico II da Prússia: "Ainda há juízes em Berlim."


Delegado Paulo Márcio, candidato a prefeito pelo DC"

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