vacinação
Por Ascom do Município | 15 de Mar de 2021, 10h30
Edvaldo diz que pensar em eleição agora é desserviço à população"
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Edvaldo diz que pensar em eleição agora é desserviço à população"

Edvaldo ressaltou que, além da vacinação, tem atuado para ampliação dos leitos de enfermaria na capital

O prefeito Edvaldo Nogueira afirmou, na manhã desta segunda-feira, 15, em entrevista à rádio Cultura AM, que está totalmente focado na vacinação dos aracajuanos contra a covid-19 e que “não está interessado em eleição”. Para ele, quem está preocupado com a política eleitoral “presta um desserviço à população”. Edvaldo negou que tenha tratado do pleito de 2022 com aliados. O prefeito destacou que Aracaju já vacinou 5,5% da sua população, índice superior à média nacional. Ele lamentou que “falte um comando único do governo federal” para combater o coronavírus e imunizar mais rapidamente os brasileiros.

“A única coisa que está na minha cabeça é a vacinação. E acredito que todos os políticos deveriam pensar da mesma forma. Para mim, quem está interessado em eleições, neste momento, está prestando um desserviço à população. Estamos enfrentando um momento da pandemia em que todos deveriam estar unidos, em prol de uma grande campanha, que é a defesa da vacina e a busca por mais imunizantes. Se chegarmos em setembro e estivermos com 70% da população vacinada, aí sim podemos falar de política. Do contrário, para mim, não”, declarou.

Edvaldo ressaltou que, além da vacinação, tem atuado para ampliação dos leitos de enfermaria na capital. Nas últimas semanas, a Prefeitura de Aracaju ampliou em 114% o número de leitos exclusivos para o tratamento da covid-19. “Tenho muito carinho pelos meus aliados, pela coligação, mas não sentei com nenhum para conversar sobre as próximas eleições. Como disse, a vacinação exige de todos um empenho muito grande, assim como o combate à pandemia também. Além de estarmos focados na vacinação, diante do atual momento, estamos buscando a ampliação de leitos de retaguarda, estudando a possibilidade de construir um novo hospital de campanha, caso seja necessário, então estamos completamente debruçados nessa batalha”, reiterou.

Entrevistado pelo radialista Jairo Alves, o prefeito da capital criticou a falta de “orientação nacional” do governo federal para o enfrentamento da pandemia. “Não temos um comando único e isso interfere diretamente no trabalho de enfrentamento. Temos  um Sistema Único de Saúde que sabe vacinar, tem expertise em campanha de vacinação, mas não temos vacina. Já combatemos diversas doenças como a varíola, poliomielite, a febre amarela, justamente porque temos um sistema de saúde muito organizado. Mas, infelizmente, a falta de uma orientação nacional tem prejudicado o plano de vacinação. Deveríamos ter um planejamento nacional, coordenado pelo governo federal, assim como outros países, mas não temos. E estamos sentindo as consequências durante todo o processo de enfrentamento à pandemia”, disse.

“Sem fura-filas”

Questionado sobre a criação do consórcio dos municípios brasileiros para aquisição de imunizantes, Edvaldo disse que o grupo “abrirá possibilidades para que possamos avançar com a vacinação dos brasileiros”. “Não é um enfrentamento ao governo federal, mas uma maneira de unirmos formas, de nos somarmos, já que o governo federal não possui boas relações com os países produtores de vacinas. Essa política externa, de atritos, que foi criada, dificultou o processo de aquisição de doses. Com o consórcio, esperamos conseguir avançar, já que temos prefeitos com boas relações e a própria Frente Nacional de Prefeitos, que lidera o processo, também. Todo esforço é válido. No próximo dia 19 vamos eleger a diretoria e espero que possamos avançar”, declarou.

Em Aracaju, a campanha de vacinação segue em ritmo superior ao do país. Até o último sábado, dia 13, foram vacinadas em Aracaju 36.983 pessoas, o que representa 5,5% da população. Já são 17.464 profissionais de saúde imunizados e 19.519 idosos. Das vacinas recebidas pelo município para serem aplicadas como primeira dose, 95% já foram utilizadas. Das que foram recebidas para servirem como segunda dose, o índice de aplicação está em 88%.

Edvaldo reiterou que, em Aracaju, não ocorreram casos de fura-filas na campanha de vacinação, como em outros municípios brasileiros. “Em Aracaju não tivemos fura-filas. Estamos fiscalizando, fazendo um trabalho bem rigoroso. No início tivemos uma vacinação mais lenta, justamente, para não haver fura-filas. Eu mesmo tenho 60 anos e não me vacinei. Temos agido com total lisura no procedimento”, disse.

Eficiência

Na entrevista, o prefeito fez ainda um balanço das ações desenvolvidas na capital. “Em Aracaju, temos conseguido enfrentar a pandemia com eficiência, sem permitir a desassistência da população. Tivemos o primeiro momento e, agora, nessa segunda onda, estamos vivenciando novos desafios, mas atuando com a mesma efetividade. Estamos avançando com o Plano Municipal de Vacinação, já com 95% das primeiras doses que recebemos aplicadas, e estamos adotando novas medidas restritivas para conter o avanço da doença, seguindo as determinações do Estado. Neste final de semana, por exemplo, realizamos uma grande fiscalização para garantir o cumprimento das medidas, como o fechamento dos serviços não essenciais, e veremos os resultados nos próximos dias”, declarou.

Paralelo a isso, informou Edvaldo, a Prefeitura ampliou os leitos de retaguarda. "Temos hoje 28 leitos funcionando no Huse, 25 leitos no hospital municipal Fernando Franco, 33 leitos no Nestor Piva, além dos 19 contratados no hospital São José. Ao todo, são 105 leitos ativos para covid-19 em nossa capital. Também estamos abrindo mais 20 leitos no Caps Jael Patrício. Há um crescimento expressivo de casos, então precisamos estar preparados para atender a população. Mas aproveito para pedir aos aracajuanos que nos ajudem. Usem máscaras, evitem aglomerações. Essa tem sido a nossa maior dificuldade e somente com ajuda de cada cidadão, será possível avançar. Há uma resistência com relação às medidas restritivas que precisa, neste momento, ser quebrada”, afirmou.

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