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Por | 11 de Dez de 2017, 09h49
Focco/SE identifica 97 falhas no Huse e no Hospital de Cirurgia
Hospitais passaram por auditoria
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Focco/SE identifica 97 falhas no Huse e no Hospital de Cirurgia

O Auditor Federal de Finanças e Controle da CGU/SE, José Leonardo Ribeiro Nascimento

O Hospital de Cirurgia e o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) realizam o primeiro tratamento oncológico num prazo médio de 119 dias, contrariando a lei federal que prevê o tratamento em até 60 dias a partir do diagnóstico da doença. Esta é uma das 97 falhas identificadas na Auditoria Conjunta na área de Oncologia realizada pelo Fórum Permanente de Combate à Corrupção de Sergipe (Focco/SE). 

“A auditoria foi bem ampla e propôs diagnosticar vários problemas de gestão. O passo seguinte é monitorar estes gestores para tentar melhorar o atendimento na área da oncologia”, declarou o Procurador da República e Coordenador do Focco/SE, Heitor Alves Soares. A auditoria, que levou em consideração o período de 1º de janeiro de 2015 a 31 de julho de 2017, contou com o trabalho de campo composto pelas equipes da Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e Tribunal de Contas do Estado, baseada na competência de cada órgão.

Falhas no HUSE e no Cirurgia

O Auditor Federal de Finanças e Controle da CGU/SE, José Leonardo Ribeiro Nascimento, apresentou uma palestra divulgando a lista de falhas encontradas na auditoria. Em relação à Estrutura da Rede de Atenção Oncológica do Estado, as irregularidades são extensas. No HUSE, há insuficiência da quantidade de salas cirúrgicas disponibilizadas para cirurgias oncológicas e insuficiência de leitos na UTI exclusivos para a oncologia. Existe subutilização de leitos da Ala 500 por falta de planejamento adequado e não realização de cirurgias reparadoras para pacientes de câncer de mama.

Sobre a Fundação de Beneficência do Hospital de Cirurgia, ficou constatado que a funação não está executando o contrato na forma prevista no instrumento contratual e na legislação pertinente. Além disso, os quantitativos de serviços estão superestimados; há suspensão de cirurgias, interrupção de radioterapia e quimioterapia; e não existe regulação para tratamento de quimioterapia. Para piorar, o convênio para aquisição de equipamentos - no valor superior a R$ 5,5 milhões – contém falhas graves. O Acelerador Linear ainda não foi adquirido e o Tomógrafo e Ressonância recebidos em julho de 2016 ainda não foram instalados, perdendo a garantia. No tratamento humanizado, o índice de suspensão de cirurgias agendadas oncológica de urologia é de 70%.

Focco/SE

Criado em 2015, o Fórum é formado por representantes dos Ministérios Públicos Federal, Estadual e Especial de Contas, Tribunais de Contas da União e do Estado, além das Controladorias-Gerais da União e do Estado. As instituições atuam de forma integrada na busca de práticas uniformes para o diagnóstico, prevenção e repressão à corrupção.​

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