Opinião
Por | 20 de Nov de 2019, 14h19
A consciência negra e a busca de uma verdadeira humanidade
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A consciência negra e a busca de uma verdadeira humanidade

[*] Jefferson Lima

Hoje é um dia de reflexão e de luta por igualdade e justiça social. Dia da Consciência Negra. A data foi escolhida por coincidir com o dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Essa data nacional foi estabelecida pelo projeto Lei n.º 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. No entanto, somente em 2011 a lei foi sancionada (Lei 12.519/2011) pela presidente Dilma Rousseff.

Infelizmente percebemos ainda o racismo institucional, o racismo social, a violência e o preconceito contra os negros e negras do nosso país. No Brasil, os negros sofrem não só a discriminação racial devida ao preconceito racial e operada no plano privado, mas também e sobretudo o racismo institucional, que inspira as políticas estatais que lhes são dirigidas e se materializa nelas.

O racismo constitui, como se sabe, um mecanismo fundamental de poder utilizado historicamente para separar e dominar classes, raças, povos e etnias. Seu desenvolvimento moderno se deu com a colonização, com o genocídio colonizador. O racismo é, como disse Foucault, “o meio de introduzir […] um corte entre o que deve viver e o que deve morrer”. É inadmissível que ainda impere a filosofia de que há uma raça inferior e outra superior. Isso gera guerra e desigualdades. 
É muito importante a celebração dessa data, também com o intuito de conscientizar a população para a importância do povo negro na formação social, histórica e cultural de nosso país.

[*] É presidente do PT de Aracaju.

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