CAPELA
Por Ascom | 11 de Jan de 2018, 19h00
Governador defende manutenção do Projeto Carnalita
Empresa adquiriu a Vale Fertilizantes e sinalizou a manutenção das operações e perspectiva de crescimento em Sergipe
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Governador defende manutenção  do Projeto Carnalita

Governador foi informado da manutenção das operações e perspectivas de crescimento da empresa em Sergipe

O governador Jackson Barreto recebeu, no Palácio dos Despachos, nesta quinta-feira, 11, o presidente da Mosaic Brasil, Rick McLellan e o diretor de Sustentabilidade, Arthur Liacre. A Mosaic Fertilizantes, maior produtora global de fosfatados e potássio combinados, concluiu, nesta semana, o processo de aquisição da Vale Fertilizantes, que pertencia a Vale S.A. Em Sergipe, a venda envolve o projeto Carnalita e a Usina Taquari-Vassouras. Foram investidos US$ 2,5 bilhões na aquisição.

Na oportunidade, o governador foi informado da manutenção das operações e perspectivas de crescimento da empresa em Sergipe. “O grupo Mosaic adquiriu a Vale Fertilizantes e veio aqui para se apresentar e conversar um pouco conosco sobre o mercado nacional e internacional e as perspectivas de futuro. O governo fez um apelo, primeiro com a preocupação da manutenção e ampliação do projeto, da garantia dos investimentos, principalmente dos empregos e, também, cobramos para que o projeto Carnalita se transforme em realidade. Eles acenaram que vão estudar o projeto neste ano, tanto com relação ao mercado, como a operacionalização do projeto, comparar a produtividade da empresa aqui com o padrão nas demais unidades que eles têm espalhadas no mundo. Estamos aqui, enquanto governo, para nos colocar á disposição para que, no que for possível, esse empreendimento se fortaleça e ajude a fortalecer nossa economia e insistir que a empresa coloque em seus planos futuros o projeto  Carnalita, que é muito importante para nosso estado”, disse Jackson.

O presidente da Mosaic Brasil, Rick McLellan, explicou que, nos próximos dez meses, o grupo avaliará os projetos da empresa de fertilizantes em Sergipe.  “Gostamos da área. Temos uma companhia focada na área de fosfato e potássio globais, no Canadá, Estados Unidos, Arábia Saudita, Peru, Paraguai e aqui no Brasil. Investimos mais de US$ 2 bilhões para comprar a Vale Fertilizantes e precisamos avaliar os projetos para analisar a ideia da Carnalita. Aproximadamente daqui a um ano, poderemos falar com mais precisão sobre este projeto”.

Atualmente, a Mosaic tem a principal mina de Carnalita em operação no mundo. A expertise da empresa poderá facilitar a produção em Sergipe. “Temos outra mina de Carnalita no Canadá. Por mais ou menos 35 anos produzimos o mesmo tipo de mina de solução, mas a situação com o potássio aqui é diferente de lá, mas sistema é o mesmo. Isso vai nos ajudar a analisar a viabilidade do projeto aqui”.

Segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedetec), José Augusto Pereira, a chegada da Mosaic no estado, assumindo a operação da Vale Fertilizantes, é muito positiva. “É uma notícia boa para o nosso estado, pois a Mosaic é focada na produção de fertilizantes, o que esperamos é que essa produção seja mantida e, mais que isso, ampliada”.

José Augusto Pereira informou que outro fator que pode contribuir com a produção de potássio em Sergipe por meio da Carnalita é a oferta de gás no estado. “Sergipe hoje conta com uma nova oferta de gás, não só pela chegada da térmelétrica, mas também pela Petrobras que possui novos poços para exploração. E o gás para fertilizante é decisivo, por causa do custo da produção do potássio. Minas como as nossa, de Carnalita, precisam de muito gás para viabilizar economicamente a sua operação. Outro ponto importante para um país agrícola, um estado agrícola é a produção de ureia, que é basicamente gás. Então, a chegada do gás pode viabilizar o aumento na produção de ureia em longo prazo, ou seja, dos três componentes principais do fertilizante, Sergipe já contaria com dois desses componentes, o potássio e a ureia. Isso pode ser decisivo para o estado e pode ser um grande colaborador para a agricultura brasileira, pois, hoje, 90% do potássio utilizado na agricultura do Brasil ainda é importado. A previsão é que, ao longo de 2018, eles irão analisar a instalação da nova mina, dar continuidade a atual e a chegada do novo projeto da Carnalita”, expôs.

Para Jackson, o projeto Carnalita vai fortalecer a cadeia produtiva em Sergipe e a geração de empregos para os sergipanos. “Assim como é a termelétrica e a Petrobrás, trabalhamos para viabilizar o projeto da Carnalita por sua importância para o futuro do estado e para que essa junção de forças se amplie cada vez mais. Em cima dessas bases, a gente terá tranquilidade para ver o futuro do nosso estado. Mesmo longe do governo, pois não serei mais governador a partir do próximo ano, quero ver o projeto Carnalita realizado, disso não abro mão”, defendeu o governador.

Presenças

Participaram da reunião, o assessor especial do Governo, Oliveira Júnior, o assessor econômico do Governo, Ricardo Lacerda, o superintendente executivo da Sedetec, Carlos Augusto Franco e o diretor da Codise, Eugênio Dezen. Assim como, membros da Mosaic Fertilizantes.

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